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“Para nós, negros, ser feliz é o maior ato de resistência”, afirma Alinne Prado

Alinne Prado fala sobre como é dolorido tomar consciência política em relação à raça negra

*Marcos Michalak, colunista de AnaMaria Digital/ Colaboração: Marina Borges Publicado em 25/11/2022, às 17h09

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Alinne Prado fala sobre tomada de consciência política em relação a se entender como negro - Instagram/@beauty_aramisfreitas
Alinne Prado fala sobre tomada de consciência política em relação a se entender como negro - Instagram/@beauty_aramisfreitas

No último dia 20 de novembro, foi celebrado o Dia da Consciência Negra. Em entrevista exclusiva à AnaMaria Digital, a apresentadora Alinne Prado falou sobre o processo de tomar consciência em relação à raça.

"Todo mês da consciência é um misto de celebração pelas conquistas que o povo negro vem alcançando associado a um abalo emocional. Tomar consciência — politicamente falando — de ser uma pessoa negra é dolorido demais”, inicia ela.

“Ter noção do quanto somos inferiorizados, invisibilizados, violentados, abandonados. Ter noção do quanto essa abolição nunca de fato aconteceu e até hoje somos oprimidos por um sistema cruel. É como se o fato de nascermos de pele escura já fosse um crime. E o resto da vida somos alvos”, continua.

Por fim, Alinne Prado fala sobre como essa consciência traz, além de dores, força. “Tomar ciência disso tudo nos trás dores atávicas… dores ancestrais. Mas a força de quem veio antes também nos impulsiona. A força coletiva, o senso de comunidade, a música, a dança, a alegria típica da matriz africana me movimenta. Afinal de contas, para nós, negros, ser feliz é o maior ato de resistência”, conclui ela.