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Bem-estar e Saúde / Alimentação

Carne de porco pode ser uma opção leve e saudável, afirma nutricionista

Nutricionista afirma que a carne de porco pode ser uma opção leve e saudável

Karla Precioso Publicado em 15/12/2019, às 14h00

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Um ponto importante em seu modo de preparo é que ela nunca deve ser consumida malpassada pelo risco da contaminação - Banco de Imagem/Getty Images
Um ponto importante em seu modo de preparo é que ela nunca deve ser consumida malpassada pelo risco da contaminação - Banco de Imagem/Getty Images

Se antes era alvo de recusas e críticas, hoje, a carne suína é considerada uma das proteínas animais mais consumidas no mundo todo. 

Não à toa, uma pesquisa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), realizada em junho deste ano, apontou que as exportações de suínos do Brasil (o quarto maior produtor do mundo) aumentaram 41% em relação ao ano passado. 

Mesmo assim, a carne de porco ainda é vista com desconfiança por algumas pessoas, mas está mais do que na hora de esclarecer a questão: na verdade, ela é saudável e pode fazer parte de uma alimentação equilibrada e até mesmo de uma dieta saudável de emagrecimento. 

Fonte de diversas vitaminas, como as do Complexo B – importantes para a saúde do sistema nervoso central –, os benefícios da ingestão dessa proteína vão longe. Rica em potássio, selênio, zinco e ferro, ela fortalece a imunidade, controla a pressão arterial e faz bem ao coração. 

Além disso, ainda previne anemia e melhora o aspecto da pele e dos cabelos por conta do seu alto poder antioxidante. 

“Dependendo do corte e do modo de preparo, a carne de porco pode ter mais benefícios do que o tipo bovino ou frango. Além disso, é muito versátil, saborosa e tem preço bastante razoável”, explica Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti. 

Motivos não faltam para você incluir esse excelente alimento no cardápio sem medo algum. Vem ver!

A CARNE SUÍNA DE HOJE É MUITO MAIS SAUDÁVEL DO QUE ANTIGAMENTE 
Nos últimos 20 anos, a suinocultura passou por grandes avanços, os quais resultaram em um alimento com menos gordura e calorias, e maior concentração de nutrientes importantes na dieta humana.

Se antes o rebanho de suínos era criado solto e se alimentava de lavagem, hoje em dia os animais são mantidos em instalações modernas e higiênicas, recebendo uma alimentação balanceada composta por ração à base de cereais, como milho, trigo, cevada e farelo de soja, eliminando o risco de doenças parasitárias quando a carne é bem cozida.

O resultado final é a criação de um animal com menor teor de gordura e maior quantidade de massa magra. Além disso, o peso médio de um animal para o abate passou de 300 kg para 90 kg no decorrer dos anos. Dessa forma, a carne suína de hoje apresenta uma diminuição de 31% na quantidade de gordura, 14% no total de calorias e 10% do colesterol em relação à década de 1990.

A CARNE DE PORCO É RICA EM PROTEÍNAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO 
Uma porção de 100 g de lombo suíno assado, por exemplo, fornece 36 g de proteína, enquanto a mesma quantidade de coxa de frango e fraldinha oferece, respectivamente, 15 g e 24 g desse nutriente.

Fora isso, suas proteínas apresentam alto valor biológico. Isso acontece porque, em relação à carne de outros animais, ela fornece um conteúdo maior de aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que não são produzidos pelo nosso organismo e precisam ser obtidos pela alimentação.

Para quem pratica exercícios físicos, os cortes magros fornecem energia para o corpo e ainda garantem a manutenção da massa muscular, já que, em média, 20% do peso da carne de porco são proteínas.

A CARNE SUÍNA ESTÁ ENTRE AS PROTEÍNAS ANIMAIS COM MENOR QUANTIDADE DE COLESTEROL 
Dependendo do corte, ela pode ter menos da metade do colesterol em relação ao frango, à carne bovina e até mesmo a alguns peixes e frutos do mar. Dessa maneira, a carne suína pode ser mais saudável do que as demais, pois o acúmulo de colesterol nas artérias eleva os riscos de problemas cardiovasculares como infarto e derrame. 

ALGUNS CORTES PODEM SER MENOS GORDUROSOS DO QUE O FRANGO E A CARNE BOVINA 
A carne suína consumida hoje pode fornecer um teor menor de gordura em relação a outras fontes de proteína animal. Os cortes mais magros são o lombo, a paleta e o pernil. Quando assados, uma porção de 100 g fornece, respectivamente, cerca de 6 g e 14 g de gordura, enquanto a mesma quantidade de sobrecoxa de frango assada com pele contém 15 g, a picanha oferece 20 g, o cupim tem 23 g e a costela bovina, 28 g.

ELA CONTÉM EXCELENTES QUANTIDADES DE VITAMINAS E SAIS MINERAIS 

  • Vitaminas do Complexo B: necessárias para o desempenho adequado das funções cerebrais e do metabolismo das gorduras e carboidratos; 
  • Potássio: evita a pressão alta, previne doenças cardiovasculares, contribui para o bom funcionamento dos rins e colabora com a saúde mental e muscular. 
  • Ferro: mineral imprescindível para possibilitar o transporte de oxigênio pelo sangue e evitar a anemia. 
  • Selênio: tem um grande poder antioxidante, contribuindo para a prevenção do envelhecimento precoce, de doenças cardiovasculares e do câncer. 
  • Zinco: necessário para o fortalecimento da imunidade e para o crescimento de unhas e cabelos.

ALERTA
Devemos pensar também na forma de preparo. Frituras sempre devem ser menos frequentes em nosso cardápio, não importa o corte de carne escolhido. 

DICAS DE PREPARO 
Comer carne de porco não faz mal para a saúde, desde que ela seja bem cozida, pois o cozimento adequado evita a transmissão da cisticercose, uma doença que pode atingir o sistema nervoso e causar convulsões e problemas mentais. Outro ponto importante em seu modo de preparo é que ela nunca deve ser consumida mal-passada pelo risco da contaminação. 

VÁ PARA A COZINHA! 
“Molhos cítricos à base de frutas combinam perfeitamente com a proteína suína. Além da harmonia de sabores, a mistura de ingredientes fontes de vitamina C, como a laranja e o limão, ajudam na absorção do ferro da carne”, garante Renata.