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Entenda sobre alopecia, a doença que a atriz Deborah Secco luta contra

Alopecia androgenética é uma doença que afeta principalmente o couro cabeludo

Raquel Borges Publicado em 06/08/2023, às 14h30

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Saiba mais sobre alopecia androgenética - Instagram/@dedesecco / pixabay
Saiba mais sobre alopecia androgenética - Instagram/@dedesecco / pixabay

De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), homens com até 50 anos e cerca de 30% das mulheres sofrem de calvície androgenética. Nas últimas semanas, a atriz Deborah Secco, de 43 anos, compartilhou sua batalha contra a alopecia androgenética. 

Em entrevista, a artista destacou como sua profissão contribuiu para o agravamento da condição, que afeta principalmente o couro cabeludo, e contou que, diversas vezes, sofreu com a perda de cabelo por conta do uso de megahair ou transformações para novos personagens. “Eu já tingi muito o couro cabeludo, cheguei até a tatuá-lo, fiz micropigmentação... “Por conta da demanda profissional, meu cabelo não aguentou todas as transformações”, relatou. 

O especialista Marcos Leandro, criador da técnica 4D em micropigmentação capilar, que tem se mostrado uma forte aliada na recuperação da autoestima de homens e mulheres que sofrem com problemas capilares, incluindo a alopecia androgenética, explica como é feita a micropigmentação: “O efeito é de alta realidade artística em fio capilar, sendo capaz de disfarçar as falhas e proporcionar uma aparência final muito semelhante ao aspecto visual do couro cabeludo natural. E o melhor de tudo é que são necessárias apenas duas sessões”. Segundo ele, a técnica é segura e com resultado duradouro.

NÃO É SÓ COM A ATRIZ DEBORAH SECCO...

Outras estrelas já enfrentaram o problema, como a modelo Naomi Campbell e a atriz Lindsay Lohan. O assunto ainda é tratado pela personagem Marlene [Elisa Lucinda}, de Vai na Fé, da Globo, que vive o drama de ter alopecia. Dados da Fundação Nacional de Alopecia Areata (NAAF) mostram que a condição também atinge cerca de 147 milhões de pessoas no mundo inteiro. Para a biomédica esteta e imagenologista, Vanessa Noronha, é necessário perceber os sintomas desde cedo. 

Quedas e oleosidades excessivas, afinamento do fio, coceiras e vermelhidão são sinais de alerta: “Muitos homens procuram tratamento por causa da calvície, mas cada vez mais as mulheres também estão procurando ajuda no pós-parto e na menopausa, fases que mexem bastante com os hormônios”, destaca. A procura também tem sido grande por mulheres que fizeram alisamentos químicos por muito tempo, tranças e apliques. “O problema não está na lace (tipo de aplique), e sim no tipo de técnica utilizada, que pode enfraquecer o crescimento dos fios”, explica. 

Entender qual a melhor forma de lavar e hidratar o couro cabeludo e saber a periodicidade da troca do procedimento fazem parte de uma rotina para manter a saúde capilar. Tirando o fator hereditário, a alopecia pode ser evitada e, segundo o Ministério da Saúde, o acompanhamento médico é fundamental. Produtos milagrosos, que prometem estimular o crescimento dos fios, podem agravar ainda mais a situação.

SINTOMAS

Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo, mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida, podendo haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Porém, em geral, são sintomas discretos. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal (entradas).

PREVENÇÃO

Para a especialista, tratamentos com intradermoterapia e alguns tipos de laser, associados aos cuidados diários, como uma alimentação saudável, são as melhores formas de prevenção, além de respeitar as fases de nascimento, crescimento e repouso dos fios. Exames genéticos podem identificar os pacientes com maior risco de desenvolver a doença. Entretanto, não há como evitar totalmente o desenvolvimento da alopecia sem o tratamento adequado.

TRATAMENTO

“Em alguns casos, o tratamento pode ser contínuo, exigindo manutenção. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar danos permanentes. As pessoas devem recorrer aos profissionais de saúde especializados. Nas Unidades Básicas de Saúde o serviço é gratuito a toda população”, indica a doutora. Apesar de ser uma doença genética, alguns fatores podem piorar o problema, como a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos. A técnica 4D baseia-se em estimulantes do crescimento dos fios, como o minoxidil, e em bloqueadores hormonais. O objetivo do tratamento é estacionar o processo e recuperar parte da perda. Os bloqueadores hormonais são medicamentos via oral. Nos casos mais extensos, um transplante capilar pode melhorar o aspecto estético.