AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Sem balas e chicletes: saiba como acabar com o mau hálito e manter a saúde bucal

Balas e chicletes são comumentes associados ao fim do mau hálito, mas há soluções melhores

Mau hálito afeta cerca de 30% da população do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Halitose. - Cookie Studio/Freepik
Mau hálito afeta cerca de 30% da população do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Halitose. - Cookie Studio/Freepik

Está se preparando para um encontro romântico ou uma reunião entre amigos ou profissional mas sofre com mau hálito? Você não está sozinho: a halitose é mais comum do que parece. A Associação Brasileira de Halitose estima que cerca de 30% da população do Brasil seja afetada com o problema.

Mas fique tranquilo: há solução para melhorar a saúde bucal! Primeiramente, é importante identificar a origem do problema. A dentista Milene Portela, do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), explica que as causas são muitas - e distintas.

POSSÍVEIS CAUSADORES

  • Má higiene oral;
  • Cáries;
  • Dentes quebrados;
  • Restaurações inadequadas;
  • Doenças na gengiva.

O mau hálito também pode ser gerado por condições de saúde, como rinite, sinusite, amigdalite, infecções respiratórias ou doenças gastrointestinais, como gastrite e refluxo. Além disso, pessoas com diabetes também podem sofrer com variações em seu hálito.

"No geral, 90% dos casos de halitose estão relacionados a problemas de origem bucal e os outros 10% têm origem em alterações sistêmicas, ou seja, em problemas que afetam o corpo como um todo".

A especialista acrescenta outro possível causador do mau hálito: a diminuição da salivação, causada por fatores psicológicos como o estresse e a ingestão de certos medicamentos. Isso acontece porque a saliva tem um papel extremamente importante na limpeza bucal. 

COMO ACABAR COM O MÁU HÁLITO?

"O grande problema é que, na maioria dos casos, a pessoa não sente o mau cheiro vindo de sua boca, mas, sim, as que estão próximas. E, justamente, essa condição a deixa extremamente vulnerável", alerta a especialista. Por isso, a identificação do problema torna-se essencial.

Caso a origem do mau hálito seja bucal, a melhoria nas práticas de higienização torna-se fundamental. Ou seja: a realiação de uma escovação correta e completa de todas as superfícies dentárias. Além do uso diário de fio dental e higienização da língua. 

Nesta última, além das escovas, também é recomendado o uso de raspadores. O acessório de higiene, ainda que pouco utilizado, pode ser um dos principais aliados na luta contra a halitose, já que a língua é o lar de inúmeras bactérias.

Limpador de língua evita o mau hálito? Saiba como escolher e usar o objeto!

ALIMENTAÇÃO

Outro ponto comumente ignorado na luta contra o mau hálito é a alimentação e ingestão de uma quantidade correta de líquidos. De acordo com Milena, os dois pontos também devem ser considerados - junto com a higiene, claro.

Uma alimentação saudável e balanceada, de preferência a cada três horas, pode ajudar quem sofre com a halitose. Por outro lado, consumo de alimentos que intensifiquem o problema, como alho e cebola, além do consumo de gorduras e frituras, certamente irão atrapalhar.

Longos períodos em jejum também podem acarretar no mau hálito. Isso ocorre graças à liberação de ácidos graxos, que causam um cheiro ruim na boca. "Não só isso, eliminar hábitos como o consumo excessivo de álcool e cigarro faz toda a diferença", garante.

Além das medidas, podem ser necessários outros tratamentos odontológicos, como:

  • Substituição de restaurações defeituosas;
  • Remoção de tecidos cariados;
  • Restaurações de dentes fraturados e extrações 

Mau-hálito, bruxismo e dentes: veja 5 mitos e verdades sobre saúde da boca

Posso usar balas e chicletes?

Não é incomum ver balas e chicletes, principalmente os de sabores como menta e hortelã, por exemplo, associados à melhora no hálito. Os doces em questão são utilizados como formas de amenizar e esconder os odores. Porém, nem sempre essa é a melhor opção, por mais que seja mais rápida.

Na verdade, pode ser justamente o contrário. Segundo Miele, as bactérias que vivem na boca da pessoa com halitose passam a se alimentar dos açúcares presentes nesses alimentos: "Produzem ácidos que contribuem para o aparecimento de cáries e para a potencialização desse odor já existente".

"O fato torna a situação pior, na maioria das vezes", salienta. Não é contraindicação, mas a dentista reforça que, para evitar a possibilidade de agravar a halitose, a opção mais segura é optar por chicletes sem açúcar. Desta forma, ao mascá-lo, a pessoa estimula a produção de saliva e, ao mesmo tempo, as bactérias não têm acesso a glicose para se alimentar.