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Bem-estar e Saúde / Saiba mais!

Mulheres e pessoas com depressão têm mais chances de apresentar Covid longa, afirma Einstein

O estudo indica que a chance das mulheres de desenvolver Covid longa é quase cinco vezes maior em relação aos homens

Mulheres e pacientes com doenças mentais podem ter Covid longa - @enginakyurt/Unsplash
Mulheres e pacientes com doenças mentais podem ter Covid longa - @enginakyurt/Unsplash

Um estudo realizado pelo Hospital Albert Einstein revelou que pacientes com indicativos de quadros depressivos têm maior probabilidade de desenvolver Covid longa. A pesquisa também pontua que pessoas do sexo feminino têm um risco maior de até 4,5 vezes, em relação ao de pessoas do sexo masculino.

A análise avaliou dados de mais de mil pacientes com diagnóstico laboratorial de Covid-19, dos quais 291 fazem parte do grupo de pessoas que foram hospitalizadas, enquanto os outros 1.118, não. Para o desenvolvimento do estudo, ambos os grupos responderam um questionário de rastreio para depressão.

Entre os internados, o risco de desenvolvimento de Covid longa nos pacientes que apresentaram rastreio positivo para depressão foi de 6,5 vezes o daqueles que não tinham a doença. Já entre os diagnosticados sem a necessidade de hospitalização com impactos na saúde mental, a chance chegou a quase 4 vezes.

“Ainda são necessários novos estudos, mas esses achados destacam a importância de uma abordagem mais cuidadosa e abrangente no tratamento e acompanhamento de pacientes, considerando não apenas as manifestações físicas, mas também os aspectos psíquicos relacionados à covid-19, a fim de se evitar maiores prejuízos causados pela doença”, explica Sabrina Bernardez Pereira, cardiologista do Einstein e autora do estudo.

É importante ressaltar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão na América Latina. Os dados indicam que 5,8% da população brasileira sofre com a doença mental, o que equivale a 11,7 milhões de pessoas.

O QUE É COVID LONGA?

A Covid longa acontece em quadros em que há manutenção ou desenvolvimento de novos sintomas três meses após a infecção inicial pelo Sars-CoV-2, com os sintomas durando pelo menos dois meses sem outras explicações. Geralmente, os sintomas duram cerca de cinco a sete dias, atingindo o pico de gravidade no 2° e 3° dia.

Também de acordo com a OMS, cerca de 10 a 20% das pessoas diagnosticadas com Covid-19, desenvolvem a versão prolongada da doença. Entre os sintomas mais comuns, estão: fadiga, falta de ar e perda de desempenho cognitivo.