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No Dia do Sexo, separamos curiosidades inusitadas sobre a hora "H"

Data sugestiva traz à tona a importância de ter uma vida sexual ativa e sadia

*Renata Rode, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 06/09/2023, às 08h00 - Atualizado às 10h34

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Toe Hefiba/Unsplash
Toe Hefiba/Unsplash

Você sabia que no dia 6 de setembro, ou 6 do 9 (isso mesmo, 69...) é celebrado o Dia Mundial do Sexo? Sim, a prática saudável é tão importante que merece um dia todo especial. A data começou a ser desenhada lá em 2008, quando uma marca de preservativos lançou uma campanha com a intenção de trazer mais informações sobre sexo saudável e seguro.

E a ideia criativa de lembrar a posição meia-nove no calendário deu tão certo que permanece até hoje. Esta, aliás, é a primeira curiosidade que AnaMaria Digital separou para você saber e - comemorar - o dia.

Vale ressaltar que transar é um hábito que vai além do prazer carnal, digamos assim. Além de trazer muitas vantagens para a saúde, pode auxiliar na prevenção de doenças, e até no alívio do estresse diário.

“O sexo é extremamente benéfico para saúde, física e mental, tanto que estudos indicam que a atividade pode, inclusive, auxiliar na redução da probabilidade de câncer. Isso porque há a liberação de serotonina e dopamina, os hormônios do bem-estar”, conta a fisioterapeuta Déa Jório, que é casada com o psicanalista Jal Reis, ambos diretores da marca LUVV de produtos sensuais.

A ideia de montar um negócio que viabilizasse maior conexão entre os casais aconteceu porque ambos são profissionais da saúde e sabem da importância de ter uma vida sexual plena, saudável, segura e ativa.

“O sexo tem muitas vertentes, pode ser feito a dois, em conjunto ou sozinho. Por isso, os acessórios são excelentes aliados do prazer, e sentir o gozo é ter mais qualidade de vida. O orgasmo, por exemplo, melhora a qualidade do sono, diminui a ansiedade e fortalece o sistema imunológico e isso é mais que comprovado”, conta Déa.

COMUNICAÇÃO É FUNDAMENTAL

Para alguns o assunto ainda é um tabu. Para outros, os prazeres podem ser explorados de diversas maneiras, tanto que a indústria de acessórios e brinquedos eróticos cresce a cada dia. Conforme o psicanalista, a comunicação entre o casal faz toda diferença.

“É preciso conversar sobre os desejos, limites e fantasias para que ambos estejam confortáveis e alinhados. Estar aberto a experimentar coisas novas juntos permite uma exploração mútua, com respeito e consentimento, é claro, além de carinho e conexão emocional, que fortalecem a intimidade, o que contribui para uma experiência mais satisfatória para ambos”, detalha Reis.

Um estudo publicado no Journal of Health and Social Behavior defende que a prática sexual cotidiana pode trazer benefícios às mulheres da 3ª idade, com destaque as chances menores de desenvolver hipertensão, quando comparadas àquelas que não faziam sexo frequentemente.

“É óbvio que é preciso salientar a responsabilidade de cuidar da saúde sexual usando métodos contraceptivos, e realizando exames regularmente para garantir a segurança e prevenção de doenças. Contudo, aprender e evoluir, estar disposto a aprender e adaptar-se às mudanças é fundamental para manter uma vida sexual saudável ao longo do tempo”, complementa.

TESTOSTERONA BAIXO

Um dos principais problemas da vida sexual costuma ser a baixa do desejo. Segundo o médico integrativo Enrique Lora, essa queda do desejo não está associada apenas à testosterona, sendo preciso investigar a alimentação, rotina e o organismo do paciente.

“Temos hormônios que estão diretamente ligados à falta de libido e outros problemas, como a falta de lubrificação,  de ereção, dificuldade de chegar ao orgasmo, dentre outros, mas é preciso enxergar o corpo humano como um todo", explica o médico.

Antigamente, os homens tinham um acentuado declínio hormonal quando passavam dos 40. "Essa idade foi reduzida para 30 anos, em média, pelo contexto inteiro, ambiental e orgânico que as pessoas enfrentam em sua rotina. Sendo assim, há dificuldades para eles e para elas e somente uma análise do quadro pode levar à reposição hormonal que, na maioria dos casos, traz uma melhora não só da vida sexual, mas da rotina”, ressalta Lora.

O médico defende que, além do acompanhamento médico de taxas, é preciso seguir uma boa alimentação e evitar a ansiedade. “Quando a gente entra no estado ansioso, nosso organismo automaticamente fica em alerta. Nesse estado de alerta, o corpo trabalha para deixar a gente pronto para enfrentar agressões, só que se isso for constante, começa a gerar reações inflamatórias, e, consequentemente, distúrbios”, lembra.

Vale lembrar que, embora muita gente não saiba, a falta de sexo pode também ser prejudicial. Dentre os malefícios estão os sintomas físicos, como problemas de autoestima. Por isso, o psicanalista salienta: “O sexo é também uma questão social. Pessoas que não se relacionam podem ficar inseguras e tristes. Além da liberação de hormônios, como já dissemos, os benefícios cardiovasculares e restauradores, a atividade pode trazer mais vitalidade para homens e mulheres”.

RELAXAMENTO

Quando a prática é percebida como prazerosa, as pessoas alcançam seu ápice de prazer e ficam mais relaxadas, felizes e abertas para a vida. Além disso, o hipotálamo produz ocitocina, também conhecida como o hormônio do prazer, do relaxamento e do amor.

“O que poucos sabem é que a ocitocina também é liberada quando tomamos vinho! Ela deixa os sentidos aguçados, relaxados e nos permite viver a experiência”, comenta Domenique Soler Rodrigues, especialista da Wine.

Com ou sem bebida (sempre moderadamente, é claro), acompanhado ou sozinho, o importante é conhecer o corpo, ser feliz e descobrir o prazer no intuito de sentir-se vivo, desejado e pleno, essa é a melhor pegada.

Mas é preciso entender as nuances antes de chegar ao êxito, ou seja, ao orgasmo. O terapeuta tântrico Silvio Sargentim lembra que o prazer feminino é diferente do masculino. “Para o homem, transar é quase sempre bom, pois ele chega a ejacular. Nos atendimentos, porém, ensino que pode ser melhor ainda, quando você cria conexão com a mulher e aprende a dar prazer a ela. Quanto mais relaxada e segura a mulher se sentir, mais facilmente ela chega ao clímax e para que isso aconteça você já começa a transar com a pessoa muito antes de estarem no ato em si: na conversa, no carinho, no olhar, no interesse pelo outro que deve ter conexão para que o sexo seja uma experiência boa para ambos”, ensina.

*RENATA RODE é escritora nata, desde os 11 anos (idade em que escreveu seu primeiro livro). Repórter, jornalista formada e curiosa, é também autora de livros sobre comportamento e ghost writer. Já foi repórter de celebridades na Record TV, colunista especial do UOL e aqui, na Revista AnaMaria vai falar sobre  assuntos pertinentes ao Universo Feminino, sempre com um toque de irreverência.
Instagram: @renata.escritora