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Além de atriz, Quitéria Chagas agora trabalha como doula: ‘‘Processo lindo’’

Quitéria Chagas se tornou doula após o nascimento da filha de parto natural

Karla Precioso

por Karla Precioso

kprecioso@editoracaras.com.br

Publicado em 21/10/2022, às 10h52

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Quitéria Chagas se tornou doula após o nascimento da filha de parto natural - Instagram/@quiteriachagas
Quitéria Chagas se tornou doula após o nascimento da filha de parto natural - Instagram/@quiteriachagas

Quitéria Chagas, além de atriz, modelo e rainha da escola de samba Império Serrano, agora também atua como doula na Itália, país em que vive atualmente. Ela conversou conosco e contou sobre essa nova experiência que mudou sua vida – e é o resultado da escolha pelo parto natural para o nascimento de sua filha, Elena, de 4 anos.

Segue alguma dieta para manter a boa forma?

Sou fã de doces, mas os cortei bastante. Não radicalizo, porém é bom lembrar que celulite é puro doce e bebida alcoólica. Faço uma dieta restritiva a hábitos que, na verdade, são mazelas para o corpo. Por isso, estou evitando açúcar, sal, álcool e gordura trans, que se aloja no corpo e não é nada saudável.

Sente falta de alguma comida aqui do Brasil?

De carne, porque aqui é complexo encontrar alimento e o custo é altíssimo. Sinto falta do churrasco, da feijoada e dos salgadinhos, aqui não tem essas coisas...

Conseguiu se adaptar aos hábitos alimentares dos italianos?

Foi difícil porque no Brasil estamos acostumados a bater um pratão, almoçar bem com arroz, feijão, salada e carne. Aqui eles não são tanto da proteína e nem do tempero. São mais vegetarianos, da comida mediterrânea. Até nas festas se controlam, comem pouco e os restaurantes têm pratos pequenos.

Você teve Elena em sua casa, com um parto domiciliar. Isso fez a diferença no nascimento dela?

Fez toda a diferença não só no nascimento, mas no desenvolvimento dela e em meu processo de autoconhecimento. Nunca imaginei que um dia iria fazer o parto domiciliar. Isso surgiu com o meu processo de busca, de como e de que forma eu queria realizar o meu parto. Sempre quis parto natural, nasci de forma natural, no hospital. E optei pelo domiciliar, que foi ótimo para a saúde dela, que raramente fica doente.

O que motivou você a se tornar doula?

Foi um processo tão lindo e de tanta entrega em meu parto, que eu queria ajudar conscientizar outras mulheres a buscarem conhecimento em suas histórias como mulher. Como doula, pude fazer isso.

Já vivenciou alguma história em especial como doula? 

Teve coisas lindas de um parto de 38 horas em que eu não saí, não abandonei a gestante nem para dormir – tem esse relato no Youtube, em que essa mulher diz que foram as melhores 38 horas da vida dela.

Pensa em ter mais filhos?

Se fosse para parir, eu queria ter muitos filhos. Amamentar, mesmo com a exaustão, enfim, a primeira experiência foi fabulosa. Porém, pensando em toda a dedicação que é preciso ter na gestação, pós-parto e amamentação, optei em não ter mais filhos. Eu quis me dedicar full time à Elena. Rejeitei até vida social em um todo depois que ela nasceu. Eu queria amamentar e estar presente em casa, quando minha filha olhasse para o lado, queria estar com o peito já ali para ela. Foi muita dedicação mesmo.

Passou a entender mais a sua mãe após o nascimento de Elena?

Sim, passei a entender muito mais. Agora vejo como a minha mãe se abdicou de coisas para cuidar de mim, e o quanto isso foi importante para eu existir e, hoje, ter esse entendimento.

Foi difícil viver longe da família quando mudou para outro país?

Aqui não me preocupo com a questão da violência, mas sinto falta da alegria e espontaneidade do povo brasileiro, dessa coisa que a vida está ótima, mesmo a gente estando sem dinheiro. Aqui as pessoas não têm essas questões, mas não são muito de sorrir, não puxam conversa nem no salão de beleza. Sinto saudade de meus pais, da quadra da escola de sampa, da comunidade...

Quando você olha para trás e vê o caminho percorrido, arrepende-se de algo?

Agradeço e não tenho o que reclamar ou me arrepender. Tudo tinha que acontecer para eu estar onde estou hoje. Todas as minhas escolhas foram importantes. Até as coisas ruins, os sofrimentos foram importantes para me fortalecer e me empoderar.

Deixe uma mensagem incentivadora para as leitoras da revista AnaMaria...

Busque tudo o que te faça feliz, que te realize, que realize os seus desejos. Onde tem desejo, tem motivação. Se ame, pois o amor-próprio vem do autoconhecimento. Busque isso. Saber a nossa própria história ajuda no nosso processo de autoconhecimento, isso é tudo na vida.