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Exclusivas / Famosos

Cristina Oliveira revela exclusividades sobre vida pessoal e profissional

Cristina Oliveira abriu o jogo sobre alguns assuntos pessoais

Karla Precioso

por Karla Precioso

kprecioso@editoracaras.com.br

Publicado em 07/01/2023, às 08h00

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Cristina Oliveira foi Juma Marruá na primeira versão de 'Pantanal', em 1990 - Instagram/@oliveiracris10
Cristina Oliveira foi Juma Marruá na primeira versão de 'Pantanal', em 1990 - Instagram/@oliveiracris10

Cristiana Oliveira começou a carreira bem cedo como modelo. Antes de interpretar a premiada personagem Juma Marruá, na primeira versão da icônica novela Pantanal, em 1990, ela fez fotos, desfiles e campanhas internacionais. Mas foi um trabalho em especial, Kananga do Japão, da extinta TV Manchete, que a despontou na televisão. Vários outros papéis marcantes fizeram de sua trajetória como atriz um grande sucesso: De Corpo e Alma, Quatro por Quatro, Corpo Dourado, O Clone, Salsa e Merengue, Malhação... Tudo na Globo.

Krika, como é carinhosamente chamada, ainda emprestou seu talento ao teatro e cinema. Inquieta e apaixonada pelo trabalho, hoje, além de palestrar em todo o Brasil sobre empoderamento, relacionamento e autoestima, ela segue investindo também na carreira de empresária no ramo de cosméticos.

Pensa que para por aí? Não! Cristiana tem veia de escritora e acaba de lançar sua biografia, Versões de uma Vida: “Queria transformar minha história em uma obra que despertasse o leitor para o resgate da autoestima e o fim da incessante busca por aceitação”. Sim, a mãe de Rafaella e Antônia e avó de Miguel, aos 58 anos, é multifacetada e incansável, além de esbanjar vitalidade, beleza e, especialmente, discernimento para encarar a passagem do tempo com muita leveza e sabedoria.

Confira a entrevista exclusiva:

Você lançou Versões de uma Vida, sua primeira biografia. Foi difícil se expor publicamente?

Não foi difícil porque sou uma pessoa pública e sempre fui muito aberta. Então, não é novidade contar sobre a minha vida. Aliás, é uma vida privilegiada, apesar das dores, tristezas e fracassos. Mas também tive muitas alegrias, momentos felizes... A intenção não é criar polêmica, bem pelo contrário, é contar coisas que eu sei que poderão fazer com que muita gente se identifique, uma forma de as pessoas não se sentirem sozinhas.

Qual o momento do livro que mais mexeu com você?

Falar sobre a morte dos meus pais e meus irmãos, relatos assim mais tristes, mais doídos da minha vida. Perder uma pessoa que você ama demais é sempre uma dor, mas, mesmo no momento da perda, há um aprendizado.

Aos 58 anos, você esbanja vitalidade e beleza. Quais são seus segredos? Conte para as leitoras da AnaMaria...

Obrigada pelo ‘esbanja’ [risos], mas acho que estou no equilíbrio, tanto na beleza interior quanto exterior. Estou cheia de vitalidade. Hoje em dia, as mulheres de 58 anos estão maravilhosas. Elas se cuidam, se tratam mentalmente e espiritualmente,  cuidam da alimentação... Acho que esse século veio para isso, para ensinar a gente sobre a beleza interior, a beleza de dentro para fora, de como a gente deve cuidar do corpo e da mente. E como devemos colocar para fora essa beleza e viver muito bem. Acredito que estou muito bem agora.

O que a palavra maturidade significa para você?

Maturidade é tudo de bom, porém melhor seria chegar à maturidade sendo mais novo... Mais novo no sentido do equilíbrio que ela nos dá, o conhecimento que a gente assimila, a tranquilidade com que a gente leva a vida, como a gente começa a filtrar o que realmente é bom e importante. Se a gente tivesse tudo isso desde jovem, certamente, aproveitaria muito mais a vida. Eu acho que a vida de fato começa aos 40 ou 50 anos, quando você passa a ter a consciência de que realmente precisamos viver o melhor que a vida nos oferece.

Como é a Cristiana Oliveira mãe? Você tem uma relação aberta e franca com suas filhas?

Sou muito aberta, conversamos sobre tudo. Sempre fui mais próxima da vida delas do que os pais, na verdade. Eu criei, eduquei... Então, sempre busquei essa honestidade, sinceridade, essa compreensão mútua, entende? As duas são minha paixão, meu ar... Aliás, elas duas e meu neto. É uma relação bem bacana. E, agora, depois de adultas, nossa relação ficou melhor ainda. Somos três mulheres inteiras... E eu sou mãe inteira!

De todas as personagens que você fez na TV, com qual delas mais se identificou e qual foi a mais desafiadora?

Acho que em todas, de certa forma, encontrei alguma coisa com que eu tenha me identificado. Não lembro exatamente, mas acredito que, em algum momento, todas elas me deram algo bom ou ruim. E quando digo ruim não é a maldade, não é nada nesse sentido, e sim algum defeito que, talvez, com a personagem, eu tenha me reconhecido e, então, tentado melhorar. No geral, acho que o que mais me identifiquei foi com a pureza e doçura de algumas delas, pois sou assim na vida real. Dá para citar a Tatiana, de Quatro por Quatro e a Selena, de Corpo Dourado. A Juma, de Pantanal, tinha um lado infantil, muito parecido com o meu na época, apesar da idade e de eu já ser mãe. Eu tinha um lado menina, sabe? Penso que me identifiquei também com ela e com a Pilar, de Vila Madalena, uma mulher aventureira e que se jogava nos desafios. Tem a Rita também, de Malhação, uma dona de casa com três filhos. Todas essas tinham um pouquinho da Cristiana Oliveira...

E a Juma, de 1990, quais as boas lembranças que você guarda dessa personagem tão marcante?

Olha, eu vou te dizer que a Juma sempre esteve em meu coração. Agora, com o remake da novela, isso veio mais à tona, tem sido mais constante. As pessoas que já estavam me chamando de Cristiana Oliveira, que já tinham deixado de falar o nome da Juma, voltaram a me chamar de Juma, porque eu acho que a geração que me assistiu, em 1990, e, em 2008, quando reprisou no SBT, tem muito aquela Juma na memória afetiva. Então, quando assistem a essa nova versão, que está deslumbrante, com a atriz Alanis nesse papel, as pessoas lembram, porque ficou na memória afetiva delas. É uma personagem inesquecível mesmo, para mim e para o público.

Você é embaixadora da ONG SOS Pantanal. Qual a importância desse título para você?

Me tornei embaixadora em março deste ano, mas já era voluntária desde 2020, na época das queimadas, quando, pela primeira vez, entrei em contato com um dos diretores da ONG. Mas o que me aproximou da causa foi o momento em que fiz uma expedição por lá e pude ver de perto o quanto o trabalho deles é bacana. É um trabalho que não só engloba a questão do diálogo entre sociedade, políticas públicas e sustentabilidade, mas também preservação da natureza, do Pantanal propriamente dito, como um bioma muito importante para o Brasil. Não é só isso. A gente faz todo um trabalho preventivo, treina brigadas, ensinando as pessoas a não propagar o fogo, evitar o mesmo e até como apagá-lo, por causa das secas, desmatamentos e situações criminosas. A SOS Pantanal é uma doadora também de verbas para outros órgãos, ou seja, ela é um conjunto de ONGs com o mesmo propósito, que é manter o Pantanal como está, porque ele já foi muito destruído. Um trabalho incrível!

Em entrevistas anteriores, você disse ser uma amante das onças. Quando surgiu esse encantamento e qual a sua relação com elas?

Os felinos sempre foram os meus animais preferidos. A figura deles sempre foi muito instigante e me encanta. Quando houve esse realismo fantástico da Juma, que ela viraria onça, prestei bastante atenção no jeito da onça e, ao longo desse tempo todo, acho que passei a gostar ainda mais dos animais, tanto que tenho quatro gatos em casa. Com relação à onça especificamente, acho que o encantamento, talvez, seja por ela ser essa representação do Pantanal, da Amazônia como um todo. É um animal que representa os biomas brasileiros.

Como é a Cristiana no dia a dia? O que faz você feliz?

Olha, a Cristiana gosta de assistir a um filme, de ler, de estudar. Lógico, também gosto de ficar com as minhas filhas, o meu neto, o meu marido... Gosto muito de viajar e trabalhar. Sou uma apaixonada pelos meus ofícios. Como atriz, empresária e palestrante, todas as vertentes que escolhi seguir me dão prazer e satisfação. Então, acho que eu gosto do lazer, obviamente, mas meu trabalho também é um grande prazer. Meu dia a dia, às vezes, é bem agitado e, em outros, é em home office, para que eu possa estar com minha família, meus amigos, as pessoas que eu amo. Trabalhar é o que realmente me dá muito prazer na vida!

O que a Cristiana de ontem diria para a Cristiana de hoje?

Acho que é o inverso [risos]. A Cristiana de hoje teria muita coisa para ensinar. Ela falaria: ‘não dê tanta importância às coisas tolas, não sofra à toa, não antecipe as dores e nem sinta tanto medo’. Quando a gente é jovem, perde-se muito tempo se preocupando com coisas que supomos que vão acontecer e, muitas vezes, nem acontecem. Então, é isso: ‘é viver, aprender, estudar, se informar, ser uma pessoa com atitude’. Basicamente, o que eu ensinaria a ela é: ‘acorda, a vida é curta! Aproveite-a ao máximo’.