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Família/Filhos / Caso Miguel

Mãe do menino Miguel fala no ‘Encontro’ sobre viver luto do filho: “Só quando a Justiça for feita”

Miguel morreu após cair do 9º andar de prédio; Mirtes Renata, mãe do menino, participou do ‘Encontro’ desta segunda-feira (2)

Redação Publicado em 02/10/2023, às 12h56

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Miguel morreu após cair do 9º andar de prédio; Mirtes Renata, mãe do menino, participou do ‘Encontro’ desta segunda-feira (2) - Reprodução/TV Globo
Miguel morreu após cair do 9º andar de prédio; Mirtes Renata, mãe do menino, participou do ‘Encontro’ desta segunda-feira (2) - Reprodução/TV Globo

Miguel Otávio de Santana, de 5 anos, morreu após cair de um prédio de luxo no Recife, em 2 junho de 2020. A mãe do menino, Mirtes Renata, trabalhava como empregada doméstica no prédio e deixou a criança aos cuidados da patroa, Sarí Corte Real. Com a nova condenação no caso, Mirtes participou do ‘Encontro’ desta segunda-feira (2) e falou sobre a decisão da Justiça e a perda do filho.

Em 2022, Sarí Corte Real foi condenada, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz. Ela responde ao processo em liberdade. Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) condenou o ex-prefeito de Tamandaré Sergio Hacker Corte Real (PSB) e a esposa dele, Sarí Mariana Costa Gaspar Corte Real, a indenizar em R$ 2,01 milhões a família do menino Miguel por danos morais.

A ESPERA

Em conversa com Patrícia Poeta, Mirtes comentou sobre as decisões. "Todo dia fico nessa ansiedade. Que saia a decisão de que Sarí vai ser presa. Não só a sentença, não só a condenação, mas que ela realmente seja presa. Porque ela cometeu um crime. A partir do momento que saia essa sentença, ela é realmente culpada pela morte do meu filho", afirmou.

No matinal da Globo, a mãe de Miguel disse acreditar que a influência da família Corte-Real tem atrapalhado o andamento do caso em Recife. "Em Pernambuco, a Justiça pela morte do meu filho não vai ser feita. Pelo fato de ser uma família rica e influente. Só vai quando for para outras instâncias: STJ ou STF", falou.

O LUTO

Mirtes também comentou sobre a perseverança que tem em relação à resolução do caso: "É mais uma questão de incentivo. Das pessoas continuarem lutando. Mostrando que a partir do momento em que você está lutando, insistindo, você consegue. Comparado a outros casos de crianças negras, o caso do Miguel até que andou rápido. Casos de crianças brancas, a gente sabe como é. Tem caso de criança que se resolveu em um ano. E o caso do Miguel passou de três anos", disse.

Sobre isso, ela acredita que só será capaz de viver o luto pela morte do filho quando o caso estiver concluído na Justiça. "Até hoje eu não vivi o luto pela morte do meu filho. Eu não consegui parar para viver esse luto. Vou conseguir quando a Justiça for feita, quando Sarí Corte Real estiver presa. Eu sei que não vai trazer meu filho de volta, mas vai me dar a sensação de missão cumprida. Minha missão de mãe foi cumprida. E aí eu vou poder parar e viver o luto pela morte dele", afirmou no ‘Encontro’ desta segunda-feira (2).