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Você e a garotada: a primeira despedida dói

Uma das principais angústias nesta fase é a necessidade de transferir os cuidados de um bebê tão pequeno para outra pessoa

Dra. Deborah Moss Publicado em 05/07/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Você e a garotada: a primeira despedida dói - Shutterstock
Você e a garotada: a primeira despedida dói - Shutterstock
"Está chegando o fim da licença-maternidade. Meu bebê ficará com minha sogra e estou com medo de me desentender com ela. Como deixar as coisas claras?”

J. K., por e-mail


O retorno ao trabalho é acompanhado normalmente por sentimentos contraditórios, como culpa e sensação de perda, mas também alívio em retomar a vida profissional. Uma das principais angústias nesta fase é a necessidade de transferir os cuidados de um bebê
tão pequeno para outra pessoa, seja babá, berçarista ou as avós. Separe o que é ciúme e culpa por não poder passar mais o dia
todo com ele das situações cotidianas que possam realmente te incomodar. Mas lembre-se: ninguém cuidará dele exatamente do seu jeito, o que não significa que ele será maltratado. Apenas será diferente. Separe os pontos do dia a dia que merecem atenção e que podem ser fonte de conflitos com a sua sogra e conversem com ela. Veja o que ela poderá assumir e o que não estará ao seu alcance. Assim, vocês saberão o que esperar dessa relação. É fundamental que haja flexibilidade entre as partes e que a comunicação seja constante entre todos. O risco de desentendimentos está presente em qualquer relação e é importante que pequenos problemas da rotina não se acumulem a ponto de se transformarem em um conflito de proporções astronômicas. O que é possível relevar, tudo bem; o que não dá para engolir, deve ser comunicado sempre junto com o pai, para que fique claro que o incômodo é do casal e não somente da nora. Lembre-se de que, para o bem de todos, as críticas à sua sogra precisam ser construtivas, evitando ao máximo o confronto direto.



Qualquer outra opção (babá, creche...) virá permeada de preocupações. Afinal, mãe e bebê vão passar algumas horas separados. Mas a angústia da despedida será compensada pela alegria do reencontro!


Bebês necessitam de uma rotina contínua para se organizarem durante o dia. Mais importante do que estabelecer horários, o foco deve ser na ordem das atividades.


Dra. Deborah Moss neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity
and Parenting Institute, no Canadá.