Condenado a 9 anos de prisão por estupro na Itália, Robinho não viu sua rotina mudar
O ex-jogador de futebol Robinho foi condenado por estupro coletivo na Itália, em dezembro de 2020, mas até hoje o desenrolar do processo do brasileiro é confuso. Em janeiro deste ano, a mais alta instância da Justiça italiana confirmou a pena de 9 anos de prisão do ex-atacante, no entanto, a mesma pede que Robinho cumpra a condenação no Brasil.
Vale mencionar que, anteriormente, os italianos solicitaram a extradição do ex-jogador para a Itália, mas como isso não é permitido pela constituição brasileira, o pedido foi negado. Por conta disso, a Justiça italiana pede, agora, que ele cumpra sua pena em território brasileiro.
O Ministério Público Federal, por sua vez, defende a prisão de Robinho, que continua solto vivendo sua vida normalmente. Vale mencionar que esta não seria a primeira vez que a Justiça brasileira executaria uma pena imposta por outro país. Isso porque, em 2021, um homem condenado em Portugal cumpriu sua pena no Brasil.
Após participar de um etupro coletivo em uma boate em Milão, na Itália, e ser condenado à prisão, Robinho vive sua vida tranquilamente em Santos e no Guarujá, onde tem propriedades. O ex-jogador de futebol, que segue sua rotina como se nada tivesse acontecido, foi visto curtindo o Carnaval na Baixada Santista — o que nos leva ao questionamento: em que pé está o caso Robinho?
Na manhã desta segunda-feira (27), novas atualizações do caso foram divulgadas. Isso porque, de acordo com informações do UOL, o Ministério Público Federal entregou à Justiça um parecer no qual defende a prisão do ex-jogador de futebol, que foi condenado a 9 anos de prisão na Itália por estupro.
Em um documento que o portal teve acesso, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos entregou quatro endereços onde Rodinho pode ser encontrado — todos eles no litoral de São Paulo. “"Nesse contexto, inexistentes quaisquer restrições à transferência da execução da pena imposta aos brasileiros natos no estrangeiro, razão pela qual o requerido há de ser citado no endereço a seguir indicado para apresentar contestação...", informava o documento.
Depois da entrega deste documento, os autos do processo foram remetidos à análise da relatora do caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ. Com isso, deve haver a chance de da defesa de Robinho se pronunciar, no entanto, como o caso já foi julgado em solo italiano, não há como a condenação do ex-atleta ser revertida. Contudo, há a possibilidade dos advogados do criminoso questionarem a transferência da pena para o Brasil.