Daniel Alves foi preso após ser denunciado por abuso sexual; investigação aponta mudança após contradição no caso
Da Redação Publicado em 28/01/2023, às 16h45
O jogador Daniel Alves foi preso após uma acusação de abuso sexual. O caso ganhou mais um ponto de investigação após um detalhe no laudo médico, que apontou que houve beijo entre o jogador e a mulher que o denunciou, contradizendo o depoimento que ela deu à polícia, como anunciou o jornal espanhol ABC, na última quinta-feira (26).
No depoimento, no último dia 2 de janeiro, a moça afirmou que ela e o atleta não se beijaram "em momento algum". Contudo, a equipe do Hospital Clínic identificou lesões ocasionadas por agressão sexual nessa região do rosto. Além do mais, a polícia coletou fluidos corporais, como sêmen, na cabine do banheiro onde possivelmente ocorreu o abuso e no vestido da jovem.
A mulher, de 23 anos, relatou à polícia que Daniel fez sinal para que ela se aproximasse de uma porta na boate Sutton, em Barcelona. Ela pensou que estaria entrando em uma área VIP do local. Entretanto, percebeu que se tratava de um banheiro apenas depois que o jogador trancou a porta. "Eu disse que queria ir embora e ele respondeu que não podia sair de lá", declarou às autoridades locais.
Em sua primeira versão sobre o caso, contudo, Daniel disse que não conhece a moça. Dias depois, em outro depoimento ao Tribunal de Justiça espanhol, ele contou que houve relação consensual. Diante da discordância de informações, o júri do caso resolveu prender o jogador brasileiro. O atleta está detido há uma semana e nega as acusações.
As imagens da câmera de segurança da balada se mostram essenciais para a investigação do caso. Elas mostraram que a mulher ficou por volta de 15 minutos dentro do banheiro e depois foi vista em situação de vulnerabilidade, segundo o jornal 'El Periodico'.
Daniel Alves contratou advogados, pois a defesa tem até a próxima terça-feira (31) para apresentar um recurso e fazer com que o atleta responda à acusação em liberdade. Caso a tentativa falhe, ele vai continuar preso até o julgamento do caso, por enquanto sem data marcada.
