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Os gêmeos de Isabella Scherer nasceram de cesárea, mas será essa a única opção?

Especialistas explicam como funciona a gestação de gêmeos

Isabella Sherer deu à luz a um casal de gêmeos, Mel e Bento - Instagram/@isacherer
Isabella Sherer deu à luz a um casal de gêmeos, Mel e Bento - Instagram/@isacherer

Isabella Scherer deu à luz a Mel e Bento na última segunda-feira (29). Mamãe de primeira viagem, a campeã do MasterChef 2021 compartilhou com os seguidores que teve os bebês por meio de uma cesárea. Entretanto, existem muitas dúvidas acerca da gestação de gêmeos, principalmente em relação ao parto. Afinal, só é possível parir em gestações de múltiplos por via cirúrgica?

Não necessariamente, pois essas mães também podem tentar o parto normal. É o que garante a ginecologista e obstetra Melina Guerra. Ela ressalta que não existe uma indicação formal e absoluta para a cesariana, já que cada gestação é diferente. No entanto, para que o parto normal tenha uma maior fluidez, os gêmeos precisam estar em posição cefálica, ou seja, com a cabeça virada para baixo.

RISCOS

Se uma gravidez com um bebê gera anseios e, em alguns casos, complicações, na de gêmeos a situação pode causar ainda mais dúvidas e certos riscos, como o de um parto prematuro. Por conta disso, a paciente precisa ser muito bem acompanhada, dependendo do tipo de gestação.

“O gemelar que é dicoriônico, ou seja, são dois embriões diferentes - duas placentas e duas bolsas - tem uma evolução melhor, de maneira geral. Já quando são dois gêmeos idênticos, e que usam a mesma placenta, a mulher terá uma gravidez de maior risco, pois eles vão dividir a circulação”, esclarece o ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira.

Essa, inclusive, é uma das maiores complicações do gemelar, já que um dos gêmeos fica sem a quantidade de sangue necessária para se desenvolver. “Em casos do tipo, existe a possibilidade de uma alteração de crescimento de um dos fetos e, por isso, o parto precisa ser antecipado, pois um dos bebês não está crescendo adequadamente”, avalia. 

Outra preocupação sobre esse tipo de gravidez é o parto prematuro. Caso não consiga ser evitado, a melhor orientação, segundo Melina, é procurar um serviço de emergência especialista em gestação de alto risco, logo que os sinais de trabalho de parto começarem.

RECOMENDAÇÕES

De acordo com a ginecologista e obstetra, o parto mais indicado dependerá de como a gestação dos gêmeos está caminhando, sendo necessário analisar e acompanhar a mãe para essa decisão. 

Contudo, destaca novamente, não existe contra indicação absoluta para o parto normal de uma gestação gemelar, levando em consideração apenas o fato de ser uma gestação de gêmeos, sem outras comorbidades associadas. 

“Em geral, quando o feto mais baixo no útero (chamamos de G1) está pélvico - ou seja, com as pernas e não a cabeça no sentido do canal vaginal - optamos pela via alta (cirúrgica), mas isso vai depender da equipe que acompanha essa gestante, pois existem aquelas especializadas em partos pélvicos. Nesses casos, mesmo o G1 sendo pélvico, poderia, sim, ser um parto normal”, explica.

Por fim, Melina destaca que, em qualquer tipo de parto, seja cesárea ou natural, uma das principais necessidades é a sua humanização, pois ele não precisa ser traumático nem para a mãe e muito menos para o bebê.