Episódio marcante de Rita Lee foi exibido no 'Programa Hebe Camargo'
Redação Publicado em 09/05/2023, às 11h34
Rita Leefaleceu na noite da última segunda-feira (8), aos 75 anos. A cantora deixa para trás contribuições ao rock brasileiro, ensinamentos e histórias que definem sua personalidade livre e progressista. Uma delas foi o episódio em que rasgou a certidão do casamento com Arnaldo Baptista durante uma participação no ‘Programa Hebe Camargo’, em 1972.
Os integrantes dos Mutantes começaram a namorar em 1968, dois anos após a formação do grupo. Não demorou para que o romance evoluísse para um casamento - ao que Rita e Arnaldo se mudaram para uma casa na Serra da Cantareira, em São Paulo (SP).
Em entrevistas posteriores, Rita Lee afirmou que o casamento só aconteceu porque ela estava cansada da ‘fama de vadia’ e se sentia perseguida pelos ‘donos da moral e dos bons costumes’. Essa também foi uma forma da jovem ganhar independência dos pais, Charles Fenley Jones e Romilda Padula.
Rumores indicam que o relacionamento era conturbado, com direto a acusações de traição e falta de companheirismo entre eles. Tantas brigas levaram a um fim surpreendente na TV brasileira: os dois rasgaram a certidão de casamento ao vivo no programa de Hebe Camargo!
Na ocasião, Arnaldo debochou que gostaria de ‘dividir sua alegria’ - dando metade do documento à apresentadora e a outra metade à plateia. As cenas repercutiram entre os fãs dos Mutantes e oficializaram o fim do casal publicamente.
Não demorou muito após o divórcio de Rita Lee e Arnaldo Baptista para que a cantora saísse dos Mutantes. Ela afirmou que foi expulsa do grupo pelo ex-marido e Sérgio Dias, ex-cunhado. O motivo apontado pela artista seria o machismo dos colegas.
“‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose, e você não tem calibre como instrumentista'”, contou Lee em sua autobiografia, publicada em 2016.
Em seguida, ela completou: “Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cadela) e adiós. No meio da estradinha da Cantareira, parei no acostamento e chorei, gritei, descabelei, xinguei feito louca abraçada a Danny, que colaborava com uivos e latidos”.
