Em entrevista, Scooby conta que médico aconselhou interrompimento da gravidez de Cintia
Da Redação Publicado em 01/02/2023, às 15h30
Pedro Scooby decidiu falar sobre o momento difícil que passou com a sua filha recém-nascida, Aurora, no hospital. Isso porque a pequena passou por uma cirurgia assim que nasceu e ficou internada por uns dias. Após o pior passar, o surfista abriu seu coração para compartilhar como foi descobrir o quadro de saúde da caçula.
Em entrevista a Leo Dias, do portal ‘Metrópoles’, Scooby revelou como foi a luta que ele travou ao lado da esposa, Cintia Dicker, após descobrir que Aurora tinha gastrosquise — malformação da parede abdominal do bebê ainda quando a criança está na barriga da mãe.
Quando o diagnóstico foi dado, o ex-BBB contou que um médico de Portugal sugeriu que Cintia abortasse o bebê. "Um dos últimos médicos que estavam aqui [em Portugal], que a Cintia foi se consultar, falou para ela: ‘Por que você não interrompeu a gravidez?’", revelou ele.
Diante dessa situação, Scooby e Cintia decidiram deixar Portugal e procurar tratamento no Brasil. "A gente de última hora falou: ‘Vamos pro Brasil, onde as pessoas cuidam da gente, a gente tem os maiores especialistas da má-formação que a nossa filha tem’", contou o surfista.
Vale mencionar que desde o dia 10 de janeiro, após passar 16 dias internada no hospital, Aurora está em casa sob os cuidados dos papais.
Aurora, filha de Pedro Scooby e Cintia Dicker, foi diagnosticada durante a gestação com gastrosquise. A doença é uma malformação gastrointestinal congênita. A recém-nascida passou por algumas cirurgias desde o seu nascimento. A doença atinge aproximadamente 1 bebê para cada 10.000 nascidos vivos e pode levar semanas para que seja corrigida de forma definitiva.
A gastroquise consiste na malformação da parede abdominal do bebê ainda dentro da barriga da mãe, com o surgimento de um orifício geralmente localizado à direita do cordão umbilical. O conteúdo exposto pela doença quase sempre é formado pelo intestino delgado e grosso, estômago e fígado. A doença é mais frequente em bebês filhos de adolescentes. Além disso, o uso de drogas também é um fator que colabora para a ocorrência do problema.
O tratamento deve ser imediato ao nascimento do bebê e é sempre cirúrgico. O objetivo, dependendo do tamanho da gastrosquise, é que as partes dos órgãos expostos sejam reinseridas ao abdome e orifício fechado. Contudo, podem ser necessárias mais de uma cirurgia para que o problema seja solucionado definitivamente.
Além disso, bebês com a doença necessitam de uma UTI Neonatal para sobreviverem. Até mesmo os bebês com gastrosquises pequenas podem precisar ficar internados por semanas ou meses até que os órgãos possam voltar a funcionar corretamente. A gastrosquise pode causar infecções, perda de calor e necrose e perda de parte do intestino.
