Conhece alguém que acabou de ter bebê? Descubra como se tornar rede de apoio eficaz de verdade e ofereça suporte sem julgamentos! Entenda:
Uma rede de apoio reúne pessoas que oferecem suporte emocional, prático e psicológico para alguém em momentos de necessidade. No contexto da maternidade, essa rede é crucial para ajudar as mães a enfrentarem os desafios diários e superarem as dificuldades que surgem ao longo dessa jornada.
A rede de apoio de uma mulher que acabou de ter bebê reúne diversos elementos.
AnaMaria conversou com a psicóloga perinatal, Rafaela de Almeida Schiavo, especialista em saúde mental materna. A seguir, ela conta um pouco mais sobre como ser uma rede de apoio eficaz:
Uma rede de apoio eficaz oferece suporte completo e significativo, atendendo às diversas necessidades de uma recém-mãe. Os membros dessa rede devem estar prontos para ajudar quando necessário, mostrando empatia e compreensão sem fazer julgamentos.
A flexibilidade e capacidade de adaptação dos membros de uma rede de apoio são notáveis, assim como o incentivo e reforço positivo que ajudam a mãe a se sentir valorizada e confiante. Tudo isso cria um ambiente seguro e acolhedor.
"Os principais desafios que as mães enfrentam durante a gravidez e o pós-parto são as chamadas alterações emocionais significativas, ansiedade, estresse e depressão", orienta Rafaela. Estar ao lado da mulher nas horas difíceis pode ajudar a reduzir esses sintomas e fazer toda a diferença!
Já as pressões sociais e as expectativas em relação à maternidade podem amplificar o estresse no dia a dia. Preocupações com a saúde do bebê e alterações físicas no corpo também contribuem para essa vulnerabilidade emocional.
Além dos desafios emocionais, o corpo da mulher também está se recuperando de uma jornada física intensa. A fadiga após o parto é comum, especialmente devido à interrupção do sono e às demandas físicas da amamentação e dos cuidados com o recém-nascido.
Dito isso, a rede de apoio pode oferecer diversos tipos de suporte, como preparo de refeições nutritivas, cuidar do bebê enquanto a mãe toma um banho, companhia nas idas ao pediatra, semanais no comecinho, e até um ombro amigo nos momentos difíceis.
"Rede de apoio são todas as pessoas que de alguma forma querem auxiliar a mulher, ou o casal, que acabou de ter bebê. São pessoas de fora do convívio familiar, ou até pessoas que moram ali dentro, mas que não teriam que ter essa responsabilidade com o bebê e querem ajudar de alguma forma", completa Rafaela.
O parceiro ou cônjuge não é rede de apoio, mas papel fundamental. Ele deve dividir as tarefas com a mãe e ainda oferecer apoio emocional e companheirismo.
Familiares próximos, como pais, irmãos, avós e outros membros da família, também contribuem significativamente ao oferecer ajuda prática, como cuidar do bebê e auxílio nas tarefas domésticas, além de conforto emocional.
"Às vezes a mãe quer ficar com o bebê e quer que a rede de apoio traga uma comida, ajude a lavar uma roupa ou limpar a casa, cada mãe é de um jeito diferente. Os sinais de que uma mulher está precisando de mais apoio é quando começamos a ver que essa mulher não consegue tempo para dormir ou tempo para si mesma", observa a psicóloga.
As mães que moram longe de seus familiares podem ainda participar de grupos de apoio à maternidade, tanto presenciais quanto online. Muitas vezes, a rede de apoio é à distância. Mesmo assim, cumpre papel fundamental no psicológico, ajuda no compartilhamento de experiências e na troca de informações úteis.
É crucial promover uma comunicação aberta e honesta entre todos os membros da rede de apoio. Isso permite que expressem suas necessidades claramente e compreendam melhor como podem ajudar. Se você quer ser uma rede de apoio eficaz, pergunte para a mãe do bebê como pode ajudar. Ouça, siga as instruções dela, não julgue.
"Há ainda a possibilidade de fazer cursos para aprender como a rede de apoio deve se comportar. Os psicólogos perinatais podem oferecer grupos para rede de apoio, onde o próprio psicólogo orienta o que é ser uma boa rede de apoio e aquilo que pode ser fator de risco", aponta Rafaela.
Existem ainda terapeutas especializados em saúde materna, consultores de lactação e outros profissionais que podem ajudar a mulher nessa fase.
Independentemente do tipo de rede de apoio que você faz parte, lembre-se sempre de praticar a compaixão e a empatia em todos os momentos. A maternidade pode ser desafiadora e todos precisam de apoio e compreensão.
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