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Doença de Crohn: entenda problema que levou Evaristo Costa para UTI

A Doença de Crohn é crônica e imunomediada; ela desencadeia respostas inflamatórias anormais no trato gastrointestinal

Da Redação Publicado em 17/01/2024, às 17h00

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Evaristo Costa - Foto: Reprodução/Instagram
Evaristo Costa - Foto: Reprodução/Instagram

Evaristo Costa ficou hospitalizado devido a uma crise relacionada à doença de Crohn. Diagnosticado com o quadro inflamatório intestinal há quatro anos, ele estava sob cuidados médicos desde sexta-feira (12). O jornalista teve alta nesta quarta-feira (17).

De acordo com Paula Senger, médica gastroenterologista, em entrevista à AnaMaria Digital, é essencial identificar os sintomas precocemente e buscar o tratamento adequado para garantir maior sucesso no tratamento.

"A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica e progressiva, caracterizada por ativações imunes e consequentes inflamações no trato gastrointestinal. As principais são a retocolite ulcerativa e a Doença de Crohn", explica. 

COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR?

Os sintomas mais comuns das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) incluem dor abdominal e diarreia, sangramento nas fezes, emagrecimento, anemia e febre. Na doença de Crohn, podem ocorrer também fístulas e abcessos perianais.

O diagnóstico das DIIs é realizado por meio de uma combinação de sintomas clínicos, exame físico e exames complementares, como análises de sangue, fezes, colonoscopia, ressonância magnética ou tomografia específica para o intestino.

Embora o tratamento clínico seja a primeira abordagem na maior parte dos casos, a cirurgiã e coloproctologista Mariane Savio, também especialista em doenças inflamatórias intestinais, destaca que em alguns casos pode ser necessária a intervenção cirúrgica, especialmente em pacientes com doença de Crohn.

"Mais da metade dos pacientes com doença de Crohn precisarão de algum procedimento cirúrgico em algum momento da vida, seja para a remoção de partes do intestino ou para tratar complicações na região perianal", ressalta a médica.

No entanto, a cirurgiã enfatiza que o tratamento cirúrgico não significa o fim do tratamento, mas sim um importante passo para atingir a remissão da doença. Acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e realizar ajustes, se necessário. Ela também ressalta que a abordagem multidisciplinar, com a participação de gastroenterologistas e coloproctologistas, é fundamental para o sucesso no tratamento das DIIs.