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Entrevista Cauã Reymond

"Quero mostrar que caráter e honra precisam ser apreciados"

Redação Publicado em 11/03/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Entrevista Cauã Reymond - Cadu Pilotto
Entrevista Cauã Reymond - Cadu Pilotto
O  Juliano de Cauã Reymond em A Regra do Jogo amargou dias de terror na cadeia, longe da mulher que ama. Ao ser solto, a coisa só piora... Cada barra que esse cara vive na novela! O legal é que o personagem não se corrompe, mesmo encarando os piores perrengues. Continua sendo uma figura do bem que, apesar de não  levar desaforos para casa, só deseja fazer justiça. 
“É um desafio pessoal para mim. Faz dez anos que o Brasil só aprecia vilões”, lamentou. Na vida pessoal, Cauã também banca o herói quando se trata da filha Sofia, 3 anos, fruto de seu casamento com Grazi Massafera. “Sempre arrumo tempo para ela, coloquei-a para dormir antes de sair hoje”, disse no dia da entrevista. Quem resiste?


A Regra do Jogo está sendo escrita há dois anos e seu personagem é ex-presidiário. Acha que a condição mudou

Foi curioso, porque quando meu personagem saiu da cadeia falava de uma boa fase que o Brasil estava vivendo. Isso era coerente no momento que o João Emanuel escreveu, só que já não tem nada a ver com agora. Eu tirei isso do texto, ele me deu essa liberdade. O momento do país está muito complicado, principalmente para ex-presidiários.


Qual é o lado mau de Juliano? 

Acho que o lado ruim dele vem com o desejo de vingança. Quando o Romero (Alexandre Nero) se envolve com Tóia (Vanessa Giácomo) gera uma sensação estranha, mas ele continua lutando por esse amor por um tempo.


Todo personagem nessa novela tem um lado mau. E o Cauã, também tem? Quais são seus pontos negativos?

Sim. Tenho vários, mas guardo para soltar nos meus personagens. Não vou contar para vocês agora [risos]. E Juliano é só mais um mocinho.


Você acha que ele é um herói romântico?

É aquele mocinho com caráter e hombridade. Acho muito bom fazer alguém assim neste momento que o Brasil vive apaixonado por vilões. Coloquei isso como um desafio pessoal, fazer que ele tenha uma empatia com o público. Ele é forte, um rapaz solar. Logo no começo da novela tem uma virada muito grande. Entrei nessa com força física total. E sinto uma energia muito boa.


O Juliano se parece em algo com o Jorginho de Avenida Brasil? 

Não. O Jorginho era um menino problemático e o Juliano é um homem. O Juliano tem uma base sólida, ele não é fraco. O Jorginho tinha bom caráter, queria fazer coisas boas, mas às vezes eu o achava meio perdido. Ficava em uma situação entre o pai e a família, dividido entre vários amores... Não sabia se ficava com seu amor de infância e ficava sofrendo muito por isso. O Juliano não é perdido, é pé no chão e sabe o que quer.


O que o tira do sério?

A corrupção. Eu quero mostrar com o Juliano que honra e caráter precisam ser apreciados. Já faz muito tempo que  os vilões são admirados no Brasil e uma hora isso precisa acabar.


Você e a Grazi estão trabalhando muito nos últimos anos. Como fazem para dar atenção a Sofia? 

Acho que sempre se dá um jeito. A Sofia é a prioridade. Hoje mesmo eu coloquei minha filha para dormir e depois vim trabalhar.