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Familiares de Moïse vão administrar quiosque onde ele foi assassinado

Moïse e sua família vieram para o Brasil em 2011 para fujir da guerra na República Democrática do Congo

Da Redação Publicado em 08/02/2022, às 12h55

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Família congolesa recebe concessão para gerir quiosque onde Moïse foi morto - Instagram/@eduardopaes
Família congolesa recebe concessão para gerir quiosque onde Moïse foi morto - Instagram/@eduardopaes

A família do congolês Moïse Kabagambe, aceitou uma proposta oferecida pela Prefeitura do Rio de Janeiro para gerir um dos quiosques na Barra da Tijuca (RJ), onde ele foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro.

Na última segunda-feira (7), a prefeitura do Rio formalizou a entrega da concessão do quiosque para a família. A notícia já tinha sido anunciada pelo prefeito Eduardo Paes em seu perfil no Instagram na manhã do último Sábado (5).

“Reparar a dor e o sofrimento da família do Moïse, especialmente de sua mãe, será algo impossível. Mas vamos mostrar que nossa cidade e nosso país não são coniventes com a barbárie e o racismo”, disse Eduardo na postagem da última segunda.

O congolês Moïse foi morto após cobrar R$ 200 de diárias de trabalho não pagas, segundo a Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro).

A família ficará isenta de pagamento de aluguel e também não irão precisar arcar com custos para revitalização do local, além disso, vão receber orientação para administrar os empreendimentos até fevereiro de 2030.

No local, vai funcionar um memorial para homenagear a cultura congolesa e africana, tornando-se um local para capacitação de pessoas em situação similar à de Moïse. As oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio.

A família de Moïse veio para o Brasil para escapar da violência na República Democrática do Congo.

ENTENDA O CASO

O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi espancado até a morte depois de cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na orla da Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite da última segunda feira (24).

As imagens gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque Tropicália, mostram que as agressões começam depois de uma discussão entre um homem que segura um pedaço de pau e o congolês. Moïse foi amarrado e espancado até a morte

Em vários momentos da gravação, é possível ver que o congolês não oferecia resistência enquanto sofria uma série de agressões físicas, incluindo golpes com um pedaço de madeira por cerca de 15 minutos.