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Homem que lançou bomba de fezes em ato pró-Lula é condenado por explosão

André Stefano Dimitriu Alves de Brito foi detido no mesmo dia do evento

Da Redação Publicado em 08/07/2022, às 14h22

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Lula ainda não havia chegado ao local na hora do ataque - Reprodução/Instagram
Lula ainda não havia chegado ao local na hora do ataque - Reprodução/Instagram

André Stefano Dimitriu Alves de Brito, suspeito de ter jogado uma garrafa de plástico contendo fezes e explosivos durante um ato pró-Lula, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro (RJ), foi condenado por explosão nesta sexta-feira (8).

De acordo com a polícia militar, que o prendeu em flagrante, o homem afirmou não ter inclinação política ou ideológica, e sua atitude se deu como uma maneira de protesto "a uma alegada polarização ideológica que prejudicaria o futuro do país".

A Polícia Civil ainda informou como foi a prisão do criminoso. De acordo com PMs do local, Brito correu em direção deles e disse que estava sendo perseguido. Momentos depois, no entanto, testemunhas relataram que ele havia atirado um objeto que explodiu durante o ato político na Cinelândia. Todos foram levados à 5ª DP (Mem de Sá).

De acordo com as testemunhas, Brito acendeu o pavio e arremessou uma garrafa PET, que continha explosivo, por cima da divisória metálica do evento e, em seguida, ele correu em direção aos policiais.

O candidato à presidência Luis Inácio Lula da Silva (PT) ainda não havia subido ao palco quando o objeto foi atirado, às 18h50. Com um forte estrondo, o artefato provocou mau cheiro no local, mas ninguém se feriu.

O lugar onde a bomba caiu foi isolado e ela foi rapidamente coletada por bombeiros civis. As atividades no palanque foram interrompidas até a chegada do petista.

A assessoria do ex-presidente negou que houvesse fezes nos artefatos, entretanto o UOL e membros da segurança do evento que verificaram o local confirmaram que se tratava de fezes.

A polícia apreendeu o objeto explosivo, que passará pela perícia para analisar a composição das substâncias. O celular do criminoso também foi apreendido e espera-se que a Justiça conceda a quebra do sigilo dos dados para comprovar como o crime ocorreu e se houve envolvimento de outros.

Brito pode pegar de três a seis anos de prisão, além de ter que pagar multa. Esta é a condenação por crime de explosão de acordo com o Artigo 251 do Código Penal, que enquadra quem "expõe a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos".

NÃO É A PRIMEIRA VEZ

Um drone sobrevoou um local onde ocorreria um movimento pró-Lula e jogou fezes e urina nos presentes, na última quarta-feira (15), em Uberlândia (MG).

O fato aconteceu momentos antes do início de um evento que selou a aliança entre o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o ex-presidente da República, Lula.

De acordo com o UOL, o modelo do drone em questão é comumente usado em produções agrícolas. Os militantes presentes na Universidade do Triângulo Mineiro, onde ocorreu o evento, se surpreenderam e desesperaram com o ataque, buscando abrigo.

Alguns, inclusive, tentaram revidar e atacaram pedras no drone, mas foram instruídos pela segurança do local a não fazer isso pois havia o risco de ferir alguma pessoa.

Veja como foi o ataque e as reação dos presentes:

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Lula se revoltou com a situação e deu declarações sobre o ocorrido ainda durante o evento: "Não pode ser um ser humano normal, um canalha que coloca um drone para jogar sujeira em cima de homem, mulher e crianças que estão aqui. Não é um ser humano normal”

O candidato à presidência ainda falou sobre sua trajetória na política. “Eu faço campanha política nesse país desde 1982, já perdi e já ganhei muitas eleições. Nunca fiz um inimigo nesse país. A prova disso é que o Alckmin foi meu adversário em 2006 e em 2022 ele é o meu vice, porque ele é um democrata, um homem de caráter, um homem decente", disse o petista.

Na ocasião, Alexandre Kalil e Lula buscaram selar uma aliança política que favoreceria a campanha eleitoral dos dois. O PSD de Minas Gerais apoia a candidatura de Lula enquanto o PT apoia o ex-prefeito de Belo Horizonte na corrida pelo cargo de governador. Depois do evento, Lula postou uma foto com o aliado reafirmando o apoio mútuo.