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Mulher é condenada a 34 anos de prisão na Arábia Saudita por usar as redes sociais

Salma al-Shehab estudava no Reino Unido e estava apenas de passagem pelo país

Da Redação Publicado em 17/08/2022, às 13h31

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Pena inicial era de ‘apenas’ 3 anos, porém foi questionada por promotor público - Twitter/@ESOHumanRightsE
Pena inicial era de ‘apenas’ 3 anos, porém foi questionada por promotor público - Twitter/@ESOHumanRightsE

Salma al-Shehab, uma estudante de 34 anos e mãe de dois filhos pequenos, foi condenada pelo uso das redes sociais na Arábia Saudita. O motivo atribuído à pena foi que a mulher teria “causado agitação pública e desestabilizado a segurança civil e nacional” em suas publicações no Twitter.

As informações do jornal britânico The Guardian apontam que Salma estudava na Universidade de Leeds, na Inglaterra. Ela teria voltado à Arábia Saudita na intenção de levar o marido e os filhos com ela para o Reino Unido.

Foi então que as autoridades sauditas resolveram interrogá-la devido sua atuação na internet. Inicialmente, foi estipulada uma pena de 3 anos de prisão à estudante, porém a punição passou para 34 anos após o pedido de revisão de um promotor público.

Além disso, al-Shehab foi condenada a passar os 34 anos posteriores à sua saída da cadeia sem viajar para fora da Arábia Saudita.

A Organização Saudita-Europeia pelos Direitos Humanos (ESOHR) afirmou que as publicações da universitária se limitavam a questionamentos sobre a guarda das mulheres pelos maridos e pedidos pela liberação de defensores dos direitos humanos presos no país.

Vale ressaltar que Salma nem mesmo chegava a ser considerada uma influenciadora digital, com menos de 2 mil seguidores em seu perfil Twitter e cerca de 150 no Instagram.

A ESHOR reprovou a decisão da Justiça saudita, argumentando que essa foi a condenação mais longa atribuída a qualquer ativista. O órgão também questionou a imparcialidade do julgamento das mulheres no país.