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Como se prevenir da epidemia de sífilis

O número de casos só aumenta: fique por dentro sobre os sintomas, tratamento e prevenção da doença

Redação Publicado em 24/07/2018, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Como se prevenir da epidemia de sífilis - iStock
Como se prevenir da epidemia de sífilis - iStock

Desde 2010, o Brasil tem vivido uma epidemia de sífilis. A doença avançou de forma significativa: entre janeiro do ano citado e junho de 2017 foram descobertos 342.531 novos casos no país. “A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que se manifesta em diferentes estágios. Além da prevenção, identificar os sintomas assim que eles aparecem é fundamental para o tratamento”, orienta Alex Meller, urologista da Unifesp. Saiba mais sobre a doença e previna-se!

Transmissão
A principal forma de transmissão é por meio do contato sexual. “Isso inclui também o sexo oral se feito sem preservativo!”, alerta o especialista. Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma doença infecciosa que tem três fases de sintomas:

Fases da doença
1 Lesaõ na pele na região genital é o sintoma da primeira fase da doença. Indolor, com tamanho de 1 a 2 cm, é uma ferida aberta que se forma tanto na genitália masculina quanto na feminina. “Essa lesão aparece depois de três semanas do contato com a doença e, após uma semana, some! Como ela demora para aparecer e vai embora muito rápido, é difícil identificar a sífilis nesse estágio”, explica o urologista.

2 Cerca de um mês e meio depois do contato com a bactéria, outras lesões aparecem: erupções na pele em diferentes lugares do corpo, além de feridas na boca. Garganta dolorida e perda de cabelo também são sintomas da fase secundária da doença. “Os sintomas podem desaparecer sem tratamento após algumas semanas, mas isso não significa que a sífilis está curada! É necessário fazer o tratamento pra evitar que ela evolua para a terceira fase, que, apesar de rara, é letal”, adverte o expert.

3 A fase terciária pode levar até um ano para aparecer. “As lesões que apareciam na pele agora se manifestam em partes internas do
organismo, trazendo sérias complicações”, comenta Meller. O sistema nervoso, sistema ósseo e sistema vascular são alguns dos
locais que a sífilis pode danificar: cegueira, problemas nos nervos, articulações e outros problemas de saúde são alguns dos sintomas da sífilis terciária. “O tratamento ainda é eficaz nessa fase, mas pode haver sequelas”, alerta. Por isso, é muito importante procurar um médico imediatamente.

Tratamento
O tratamento para a sífilis, independentemente da fase em que ela se encontra, é feito com doses controladas de penicilina, um tipo de antibiótico. “A diferença é que quem descobre na primeira fase tem que tomar o antibiótico por menos tempo e em uma semana está livre da doença. Já quem descobre na segunda tem que tomar por mais semanas e demora mais para se curar”, explica o profissional. Aos alérgicos à penicilina, atenção: não deixe de procurar o tratamento! Outros antibióticos com efeito semelhante podem ser usados para a sífilis.

Prevenção
A prevenção tem nome: camisinha! “O uso de preservativos no ato sexual é a melhor forma de prevenção contra a doença”, garante Meller. Identificar os sintomas e iniciar o tratamento sem demora também é essencial: realize o autoexame sempre que possível para identificar a sífilis logo em sua fase primária. “Descuidou e não usou preservativo? Espere completar três semanas e examine a
área genital todos os dias durante uma semana. Assim, se houver alguma lesão, você logo fica sabendo e começa a tratar”, completa. Não dá para vacilar, hein?

Sífilis congênita
A sífilis também pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez! Chamada de sífilis congênita, os números da doença
impressionam: de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a sífilis afeta 1 milhão de gestantes por ano em todo o mundo,
levando a mais de 300 mil mortes fetais! “A doença é transmitida para o bebê por meio do sangue, e pode ser identificada nos  exames de rotina do pré-natal, daí também a importância de um acompanhamento adequado”, comenta o urologista. Identificada a doença, o tratamento é o mesmo: doses de penicilina para matar a bactéria. “Não é garantido que a criança vá nascer com sífilis, mas existe essa possibilidade. Lesões neurológicas no bebê e parto prematuro são alguns dos riscos quando a bactéria atinge o feto”, alerta o expert.