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Idade é relativo! Os idosos e o calor

O organismo dos mais velhos é mais afetado pelas variações do clima

Dr. Paulo Camiz Publicado em 06/03/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Idade é relativo! Os idosos e o calor - Shutterstock
Idade é relativo! Os idosos e o calor - Shutterstock
"Quais cuidados temos de tomar agora, com as altas temperaturas?”

B.K., por e-mail

O organismo dos idosos é mais afetado pelas variações do clima. E é verdade que os mais velhos sentem menos sede, o que favorece a desidratação. Se eles ainda apresentarem alguma doença que afete a comunicação ou o próprio acesso à água, como
sequela de derrame cerebral ou Alzheimer, as chances aumentam. Tudo começa com uma leve indisposição, que pode ir se
acentuando e culminar em confusão mental e até em coma. Falta de apetite e tontura também são comuns. Não é raro que esses sinais sejam menosprezados e confundidos com o próprio envelhecimento pela família, o que dificulta o tratamento. O perigo do calor não se restringe apenas à desidratação. No verão, há ainda mais dificuldade para os idosos regularem a temperatura do corpo,
já que eles suam menos, e é por meio da transpiração que a gente faz essa troca de temperatura. Sem transpiração é como se a pessoa ficasse “cozinhando” por dentro. Se hidratar e evitar ambientes muito quentes são as melhores saídas. O uso de ventilador e, se o bolso permitir, de ar-condicionado, deve ser incentivado. Protetor solar também faz a diferença. Quando o tempo estiver mais seco, o que piora a situação, pois as vias aéreas ficam comprometidas, recomendo o uso de umidificadores de ar ou de sprays nasais contendo soro fisiológico.


Os sintomas da desidratação se iniciam com uma leve indisposição, que pode ir se acentuando e culminar em confusão mental e até em coma. Falta de apetite e tontura também são comuns.


Outros cuidados que valem a pena:

Não use roupas pesadas, já que elas dificultam ainda mais a troca de calor com o meio ambiente.

Tome bastante líquido, ainda que não tenha sede! Recomenda-se, no mínimo, 2 litros por dia.

Não faça atividades que exijam esforço físico e não fique na rua nas horas mais quentes do dia.

Evite cafeína e bebidas alcoólicas, que favorecem a desidratação.

Nada de refeições pesadas.

Privilegie alimentos frescos.


Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br


Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br