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Pele livre de manchas

O melasma é a herança do verão na sua pele. Mas (oba!) o clima da nova estação é propício para livrar-se dessas marcas tão resistentes. Saiba como:

Izabel Duva Rapoport Publicado em 20/06/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Pele livre de manchas - iStock
Pele livre de manchas - iStock
Agora é a hora de reparar os danos causados pelo excesso de sol ao qual submeteu a sua pela na estação anterior. E, caso não tenha aplicado o filtro solar a cada duas horas, nem adianta mentir, pois o resultado pode estar estampado na sua cara... e tem nome:
melasma. Sim, as manchas que surgem no seu rosto denunciam o que você fez no verão passado. Mas, agora, com o clima mais ameno, dá para correr atrás do prejuízo e salvar a sua pele. Entenda melhor as causas dessas manchas e como livrar-se delas.

O que é
Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele. Elas, normalmente, aparecem no rosto, mas podem também surgir em outras regiões expostas ao sol, como braços e colo. “As marcas, geralmente, são simétricas e têm limites precisos, com aspecto de mapa”, informa Thais Sakuma, assessora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo a especialista, essa é a terceira causa de consultas dermatológicas no Brasil. Quem mais sofre com o problema são as mulheres em idade fértil.
Elas representam 90% dos casos.

Principais causas
Embora a razão exata do surgimento do melasma seja desconhecida, há fatores que podem aumentar o risco de aparecimento das manchas, como exposição solar, predisposição genética, gravidez e o uso de anticoncepcionais hormonais. “Entre as influências
estudadas, a radiação ultravioleta é a mais relevante, pois ativa os melanócitos, aumentando a pigmentação da pele”, diz a especialista. A maioria das pessoas afetadas possui histórico de exposição diária ou irregular ao sol, embora também haja suspeita de que o calor seja um fator subentendido. As mulheres com tons de pele mais escuros têm maior probabilidade de apresentar a doença.

Tratamentos
Infelizmente, não há cura. A boa notícia: tem controle. “Embora não seja grave, é uma alteração estética que repercute na
autoestima. Logo, indica-se que seja tratado”, afirma Thais. Os métodos variam, mas sempre incluem hábitos de proteção solar
e luz visível, presente em fontes artificiais, como a lâmpada fluorescente. “Nenhum tratamento funciona sem fotoproteção adequada”, diz a dermatologista. Além disso, o processo prevê um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. ”O dermatologista indicará o melhor princípio ativo para cada tipo de pele”, indica. Confira os caminhos possíveis:

Fotoproteção
O ponto de partida para o tratamento ter os efeitos esperados é a proteção contra os raios solares. Então, invista em filtro solar, com FPS mínimo de 30, nas regiões expostas do corpo. Aposte em produtos com ação capaz de combater os raios ultravioleta A (UVA)
e ultravioleta B (UVB).

Cremes
Para ajudar na remoção das manchas, cremes despigmentantes podem ser indicados pelo médico. Os mais usados são à base de hidroquinona, arbutin e vitamina C, além de ácidos glicólico, kojico e azelaico. Sinais de melhora surgem, em média, após dois meses de uso. Porém, a aplicação deve ser contínua.

Peelings
O método pode clarear a pele de forma gradual e mais rapidamente do que os cremes conseguem. Existem diversos tipos de procedimentos, sendo alguns mais superficiais e outros mais profundos. Um especialista deve avaliar o seu caso antes de decidir
qual trará melhor resultado para você.

Laser e luz intensa pulsada
Há formas de energia luminosa que clareiam o melasma. Atenção: essa modalidade de tratamento deve ser realizada por um
profissional habituado à técnica e às fontes de energia luminosa. A aplicação incorreta pode agravar o quadro.

Microagulhamento
Realizada com o auxílio de um cilindro cheio de agulhas muito fininhas, a técnica busca estimular a pele causando o mínimo
possível de trauma na camada superficial. Por meio dessas pequenas perfurações, consegue-se reduzir as manchas, especialmente as escuras, como o melasma.

Prevenção
O uso do protetor solar todos os dias, de janeiro a dezembro, é indicado a todo mundo – e sempre! No entanto, pessoas com tendências a adquirir melasmas ou que se enquadram nos fatores de risco, devem redobrar esses cuidados. “O filtro deve ser
usado em quantidade adequada e de maneira uniforme. Além disso, a aplicação deve ocorrer várias vezes ao dia”, afirma Thais. Ainda têm mais recomendações a serem seguidas: a exposição direta ao sol deve ser evitada. Vai se expor em alguma situação? “Medidas complementares, como o uso de chapéu de abas grandes, tecidos que diminuam a passagem de radiação ultravioleta e barracas na praia são muito bem-vindas”, avisa a especialista.

Mito
Muitas pessoas relacionam o surgimento de manchas na pele ao uso de algum creme específico, depilação com cera ou acidentes domésticos com calor. Segundo Thais, nada disso é comprovado.