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Família/Filhos / História

Dia das Mães: Inspirada pela filha prematura, mãe cria negócio de roupas especializadas

Neste Dia das Mães, conheça a história de Fabiane Pansolin, que se tornou empreendedora para resolver o problema da filha

Da Redação Publicado em 14/05/2023, às 15h00

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Fabiane Pansolin é mãe de Giovanna, a Gigi, atualmente com seis anos - Arquivo pessoal/Fabiane Pansolin
Fabiane Pansolin é mãe de Giovanna, a Gigi, atualmente com seis anos - Arquivo pessoal/Fabiane Pansolin

Neste Dia das Mães, AnaMaria Digital traz a história de Fabiane Pansolin, mãe da Giovanna que, inspirada pela filha única nascida prematura, decidiu criar um negócio de roupas especializadas para bebês menores.

Ao dar à luz à filha de apenas 35 semanas, Fabiane Pansolin enfrentou um problema: a falta de roupas disponíveis no mercado para bebês prematuros, ou seja, aqueles que nascem antes da 37ª semana de gravidez da mãe. Com isso, Gigi, como Giovanna é chamada carinhosamente, não possuía roupas que coubessem nela.

"Gigi nasceu com 35 semanas de gestação, pesando 1,6 quilos. Ela era bastante pequena, sabíamos disso, mas até as menores roupas que eu podia comprar, no tamanho ‘recém-nascido’, eram grandes demais para ela. Eu sentia que minha filha não estava confortável e até mesmo pegá-la no colo era desajeitado. Depois de rodar muitas lojas, minha mãe encontrou três macacões que serviam melhor na Gigi. Mas eles eram repetidos e sem graça, em pleno inverno intenso de Curitiba", revela a empresária.

Além disso, a médica que a acompanhou durante a gravidez informou, na época, sobre a necessidade do bebê ter roupas que servem, pois vestimentas mais largas podem gerar vários problemas: “Além da estética, roupas grandes podem dificultar a manutenção da temperatura corporal, gerar atrito e desconforto aos delicados bebês", lembra.

CRIAÇÃO DA APRESSADINHOS

Foi diante deste desafio pessoal que Fabiane Pansolin teve a ideia de criar a marca Apressadinhos, destinada a bebês prematuros. Ela nunca havia empreendido antes, tendo trabalhado como professora no ensino médio por 13 anos e em uma fábrica de caminhões pesados no Paraná.

"Foram anos incríveis, aprendi e cresci muito como profissional, mas com a pandemia global veio um plano de demissão voluntária e percebi que era hora de buscar outros desafios na vida. Foi daí que parti para o empreendedorismo", conta ela sobre sua nova trajetória.

O desafio pelo qual passou há seis anos, quando tinha 43 e Gigi nasceu, a inspirou a criar a marca de roupas. No começo, todo o estoque da Apressadinhos cabia em uma caixa dentro de um armário e Fabiane dependia do boca-a-boca e das redes sociais para conseguir vender.

Duas imagens de Giovanna quando era recém-nascida
Gigi nasceu de forma prematura, com 37 semanas- Arquivo Pessoal/Fabiane Pansolin

Depois, um amigo sugeriu que ela comprasse um domínio online, para realizar suas vendas a partir de um site. Apesar de ter seguido a sugestão, ela conta que deixou o projeto de lado durante algumas semanas. Mas com a necessidade de expandir sua rede de contatos, Pansolin passou a usar ativamente o domínio "apressadinhos.com" na plataforma GoDaddy, dedicada a empreendimentos online.

“Continuei usando as redes sociais, mas os produtos também eram exibidos e comercializados por meio do meu próprio site. Comecei a vender minhas peças em todo o Brasil e o estoque, que era uma caixa em um armário, logo ocupou o armário inteiro, e hoje há uma sala só para meus produtos em casa”, revela.

NOVA VIDA JUNTO DA FILHA

Sobre ter saído do mercado de trabalho com o objetivo de empreender, Fabiane Pansolin destaca que uma das principais vantagens é poder estar mais perto da filha e acompanhar sua rotina - apesar de consistir em um trabalho pesado e sem horário de expediente.

“Estou no caminho certo. Não quero uma loja física porque pretendo continuar cuidando da minha filha, buscando-a na escola e nas aulas de natação. Tenho meus próprios horários, trabalho muito, chego a responder mensagens à meia-noite, mas meu site continua funcionando 24 horas por dia”, conta.

Por fim, ela demonstra não se arrepender da decisão: "Quando deixei o mundo corporativo, onde tinha um ótimo salário e muitos benefícios, foi uma escolha de vida. Eu fiz isso pelas mães dos mais de 340 mil bebês prematuros que nascem todos os anos no Brasil [segundo dados da Fiocruz e da Organização Mundial de Saúde (OMS)]. Também ofereço apoio e conselho às minhas clientes neste momento muito especial de suas vidas. Passei por períodos difíceis e o que desejo transmitir a essas mães, muito mais do que roupas bonitas, é a mensagem de que tudo passará e ficará bem".