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Dúvidas sobre gravidez que toda mulher já teve

Sabrina Sato demorou a perceber que esperava um bebê porque confundiu um sangramento com menstruação. Você sabe a diferença? Uma especialista esclarece as dúvidas

Ana Bardella Publicado em 20/05/2018, às 08h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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O casal está à espera de uma menina! - Revista CARAS
O casal está à espera de uma menina! - Revista CARAS

Primeiro a notícia boa: por meio de um vídeo, Sabrina Sato contou, ao lado do noivo, Duda Nagle, que a família estava aumentando. Ela, que nunca escondeu a vontade de ter um filho, comentou em entrevistas que havia tirado o DIU – método contraceptivo implantado no útero – poucos meses antes para começar as tentativas. Mesmo assim, foi pega de surpresa. Por quê? Quando descobriu sobre a criança, Sabrina pensou que estava menstruada... A confusão está relacionada à outra notícia, não tão boa: a gestação da moça é considerada de risco. Entenda o caso! 

Sangramento de implantação

De acordo com Maria Elisa Noriler, ginecologista e obstetra do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha, é possível acontecer um sangramento durante a gravidez conhecido como “de implantação”. Mas, diferentemente do ciclo menstrual, ele não tem fluxo e é bem discreto. Acontece entre a quarta e sexta semana de gestação, quando o zigoto (óvulo fecundado) se implanta no útero. Pode ou não vir acompanhado de uma leve cólica. Mas não ocorre com todas as mulheres e a principal diferença está na coloração: é um sangue vivo. No caso de Sabrina, o quadro foi agravado por um hematoma subcoriônico – problema que, de acordo com a médica, acontece com até oito em cada 100 mulheres. Trata-se de um acúmulo de sangue entre o útero e o saco gestacional, e eleva o risco de abortamento, principalmente quando o hematoma é grande. “Para preservar a vida do bebê, indica-se que a grávida faça repouso e em alguns casos o médico pode receitar a administração de hormônios”, completa. Foi o que aconteceu com a apresentadora, que passou mais de 20 dias internada e, agora que recebeu alta, está pegando leve com as gravações.

A retirada do DIU

De acordo com a especialista, após a retirada do DIU, o tempo de adaptação do corpo para voltar à fertilidade é curto. Se tiver relações sexuais sem preservativo dias depois de tirar o DIU de cobre, já pode engravidar. “Em compensação, se tiver ação hormonal, o natural é que o organismo volte à fertilidade no intervalo de um a três meses”, ressalta. Ou seja, se não está planejando a chegada de um filho, é necessária a camisinha nesse período – mesmo se achar que está menstruada. Isso porque os ciclos podem se tornar irregulares, deixando dúvidas sobre quando é o período fértil.

Outros fatores de risco para a gravidez

Conversamos com a médica para saber que outras situações devem ser evitadas por quem não está planejando aumentar a família:

COITO INTERROMPIDO

Pausar a penetração antes de o homem ejacular é um método perigoso, principalmente no meio do ciclo menstrual, quando as chances de engravidar são maiores. Isso porque o líquido que precede a ejaculação, também chamado de seminal, pode conter espermatozoides. Se um deles fecundar o óvulo, já é gravidez.

EJACULAÇÃO PERTO DA VULVA

Mesmo que a ejaculação não aconteça dentro do canal vaginal (e sim nas proximidades), é melhor não arriscar. Dependendo das posições, o líquido pode escorrer e as chances de uma gestação não estão descartadas. O mesmo vale para as situações em que o casal pratica sexo anal sem preservativo –  hábito que a médica não incentiva, pois facilita inflamações e transmissão de doenças. Se um dos dois estiver com as mãos sujas de esperma, a introdução dos dedos no canal vaginal também pode resultar na fecundação do óvulo (apesar de os riscos serem bem menores do que no sexo tradicional).

TRANSAR MENSTRUADA

É difícil uma mulher engravidar no período em que está menstruada, mas pode acontecer em situações específicas. Principalmente para aquelas que têm ciclo curto (de aproximadamente 21 dias), o ideal é evitar as relações sexuais sem preservativo nos dias finais de sangramento. Isso porque espermatozoides são capazes de fecundar o óvulo por até 36 horas. Ou seja: ainda que o dia da ovulação não coincida com o da menstruação, se ela ocorrer no dia seguinte, ainda há chances de engravidar.

O que não engravida?

Compartilhar lençol, toalha, sabonete ou somente entrar em contato com o pênis antes da ejaculação (sem que haja penetração) não é o suficiente para engravidar.