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Feliz com o próprio corpo

Os distúrbios alimentares geralmente desenvolvem-se durante a adolescência ou início da idade adulta. Por isso, toda a dieta nessa fase precisa ser acompanhada de perto pelos pais e pelos profissionais de saúde

Dra. Deborah Moss Publicado em 31/10/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Feliz com o próprio corpo - Shutterstock
Feliz com o próprio corpo - Shutterstock
"Minha filha está sofrendo, pois não consegue emagrecer. Ela diz que ninguém quer ser amigo dela por isso. Como subir sua autoestima?”
R. D., por e-mail

A resposta poderia ser simples: vá ao nutricionista, estimule a prática de esportes, incentive-a a comer melhor e logo ela emagrece, se sentirá linda e feliz. Se para um adulto emagrecer não é fácil, no auge da adolescência a situação é ainda mais complicada. Esta é uma fase de grande vulnerabilidade. Sentir-se bem com o próprio corpo ajuda bastante no bem-estar das meninas, e a aprovação dos amigos e o olhar de admiração dos meninos têm a sua contribuição, mas não garantem que ela se sentirá feliz e realizada. Lembrando que nem toda menina magra está bem com seu corpo. Há muitas jovens deprimidas e anoréxicas. Por isso, focar apenas
na questão do emagrecimento como solução dos problemas da autoestima da sua filha pode não funcionar e, pior, gerar ainda mais frustrações. Outro ponto é que comida não é só alimento. Ela tem uma representação de afeto, de simbolismo, muitas vezes usada como válvula de escape para lidar com a ansiedade, angústias e outros sentimentos. É preciso muito mais do que jogar todas as fichas num regime. O melhor é ir fundo no autoconhecimento, reconhecendo e enfrentando diretamente sentimentos e conflitos internos. Se há sofrimento emocional, recomendo buscar ajuda psicológica, em grupo ou individual. Depois que ela estiver mais forte, encarando as questões com o próprio corpo, será o momento de buscar auxílio de profissionais especializados para dar suporte no processo de emagrecimento com foco na reeducação alimentar e incentivo à atividade física. Importante: tudo deve ser prazeroso e motivador!

■ Demonstre afeição e amor pela sua filha.
■ Faça elogios sempre que for possível e merecido.
■ Ajude-a a estabelecer metas para alcançar os seus objetivos.
■ Valide e acolha seus sentimentos.
■ Expresse o orgulho que você sente por ela.

Dra. Deborah Moss: neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do 
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.

Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br