Cuidado com o excesso de atividades extras. A prática pode resultar na perda de concentração, comprometer a saúde, rendimento escolar, desenvolver distúrbios de ansiedade, estresse e até depressão
"Faz bem para a criança
programar atividades
extraescolares para ela
desempenhar desde cedo?”
I.C., por e-mail
Esporte, dança, escola de línguas
estrangeiras... Seja qual for a
atividade, ela tem papel importante
na formação e desenvolvimento
das crianças. No entanto, os pais
precisam tomar cuidado com o
excesso de extras na rotina dos
filhos. Outro ponto importante:
incluir o pequeno no processo
de escolha dessas atividades, visto
que para se comprometer é preciso
se identificar e sentir prazer nesta
ocupação. Até a adolescência,
meninos e meninas estão na
fase de aprender e desenvolver
habilidades. Sendo assim, não
se deve priorizar o aperfeiçoamento
ou rendimento técnico. Os chamados
extras são um “a mais” no dia a dia
da criançada, uma forma de ocupar
o contraturno com opções de
lazer que provocam diversão e, ao
mesmo tempo, estimulam também
o desenvolvimento global dos nossos
filhos. Atualmente, estas atividades
acabam sendo uma boa opção. Afinal,
hoje os pais costumam trabalhar
o dia inteiro. Além disso, as crianças
não têm espaço físico suficiente para
brincarem, já que a rua tornou-se um
ambiente perigoso, e a única maneira
de manter os filhos dentro de casa é
fornecendo excesso de TV, internet e
joguinhos eletrônicos. Quer mais um
ponto positivo? Ter obrigações resulta
em disciplina, auxílio na sociabilização
e aprendizagem no tocante à
organização do tempo. Desta forma,
o compromisso diário com esporte,
cultura, línguas, dança... abre uma
enorme gama de possibilidades.
Tais probabilidades, dosadas
corretamente para o seu filho,
têm tudo para ser uma experiência
extremamente positiva para ele.
Até por volta
dos 3, 4 anos,
as crianças
ainda tiram
uma soneca,
em geral,
no período
da tarde.
Esse sono é
importante
para ela se
manter bem
disposta no
restante do
dia. Então,
considere
esse limite ao
introduzir as
atividades.
Dra. Deborah Moss
Neuropsicóloga especialista em
comportamento e desenvolvimento
infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de
São Paulo (USP). Consultora do sono
certificada pelo International Maternity
and Parenting Institute, no Canadá.
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dra. Deborah Moss pelo
e-mail anamaria@maisleitor.com.br