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Você e a garotada: Cuidado com o excesso de atividades extraescolares

Cuidado com o excesso de atividades extras. A prática pode resultar na perda de concentração, comprometer a saúde, rendimento escolar, desenvolver distúrbios de ansiedade, estresse e até depressão

Dra. Deborah Moss Publicado em 02/08/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você e a garotada: Compromissos em excesso - iStock
Você e a garotada: Compromissos em excesso - iStock
"Faz bem para a criança programar atividades extraescolares para ela desempenhar desde cedo?”

I.C., por e-mail

Esporte, dança, escola de línguas estrangeiras... Seja qual for a atividade, ela tem papel importante na formação e desenvolvimento das crianças. No entanto, os pais precisam tomar cuidado com o excesso de extras na rotina dos filhos. Outro ponto importante: incluir o pequeno no processo de escolha dessas atividades, visto que para se comprometer é preciso se identificar e sentir prazer nesta ocupação. Até a adolescência, meninos e meninas estão na fase de aprender e desenvolver habilidades. Sendo assim, não se deve priorizar o aperfeiçoamento ou rendimento técnico. Os chamados extras são um “a mais” no dia a dia da criançada, uma forma de ocupar o contraturno com opções de lazer que provocam diversão e, ao mesmo tempo, estimulam também o desenvolvimento global dos nossos filhos. Atualmente, estas atividades acabam sendo uma boa opção. Afinal, hoje os pais costumam trabalhar o dia inteiro. Além disso, as crianças não têm espaço físico suficiente para brincarem, já que a rua tornou-se um ambiente perigoso, e a única maneira de manter os filhos dentro de casa é fornecendo excesso de TV, internet e joguinhos eletrônicos. Quer mais um ponto positivo? Ter obrigações resulta em disciplina, auxílio na sociabilização e aprendizagem no tocante à organização do tempo. Desta forma, o compromisso diário com esporte, cultura, línguas, dança... abre uma enorme gama de possibilidades. Tais probabilidades, dosadas corretamente para o seu filho, têm tudo para ser uma experiência extremamente positiva para ele.

Até por volta dos 3, 4 anos, as crianças ainda tiram uma soneca, em geral, no período da tarde. Esse sono é importante para ela se manter bem disposta no restante do dia. Então, considere esse limite ao introduzir as atividades.


Dra. Deborah Moss Neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.

Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br