Céline Dion - Reprodução Prime Vídeo

Filme sobre Céline Dion é um grande pedido de desculpas aos fãs

Superestrela revelou, em “Eu sou: Céline Dion”, do Prime Vídeo, que começou a sentir os sintomas de sua rara doença neurológica há 17 anos

Renan Pereira, colunista de Ana Maria Digital Publicado em 29/06/2024, às 10h24

“Meu sonho é ser uma estrela internacional e cantar pelo resto da minha vida”. Esta é a primeira declaração que aparece no documentário “Eu sou: Céline Dion”, que estreou no último dia 25/6, no Prime Vídeo, e que narra a luta da cantora canadense contra uma doença neurológica rara chamada Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), que atinge uma a cada um milhão de pessoas no mundo todo. No longa, Céline afirma que começou a sentir os sintomas há 17 anos e que tentou, por muito tempo, esconder sua condição de seus fãs. 

Esta primeira frase do filme, sobre cantar pelo resto da vida, é de quando Céline ainda era apenas uma garota cheia de sonhos e não a artista consagrada que é hoje. E, dentro do contexto da obra, tem o sentido de mostrar que a vida humana é um labirinto sem fim, cheio de surpresas e armadilhas. 

Isto porque a doença que acomete Céline faz com que ela perca o controle sobre sua musculatura, impedindo, consequentemente, que ela consiga realizar aquilo que a transformou em uma das pessoas mais famosas e célebres do planeta: a ato de cantar.  

Desse modo, este é justamente o dilema que vemos em todo o documentário: uma artista poderosa, de apenas 56 anos, que não consegue mais exercer sua profissão devido a uma síndrome assustadoramente incapacitante.  

Como cenário para este drama pessoal da artista, temos a mansão luxuosa de Céline, sua coleção de sapatos e figurinos assinados pelas maiores grifes do mundo, que diante de sua doença parecem apenas pequenos assessórios de um passado distante. Uma época de ouro a qual Céline Dion sabe que não voltará mais.  

Em um dos momentos comoventes, ela chega a afirmar “eu viajei o mundo todo por várias vezes, mas não conheci os lugares. É o preço que costumamos pagar...” se referindo possivelmente à prisão que vivem as pessoas com um nível de fama e relevância que ela adquiriu ao longo dos anos. Afinal, ela é dona da voz de músicas icônicas como “My Heart Will Go On”, do filme “Titanic” e “All by Mylself”, clássico da música mundial. 

O momento mais duro do documentário é quando Céline tem uma crise convulsiva devido a sua doença. Ela aparece com o corpo todo rígido em uma cama, após ficar feliz por ter conseguido cantar uma música no estúdio. A reação nos mostra que seu corpo e cérebro não conseguem mais lidar com fortes cargas de emoção. 

No entanto, a cena é apenas um sincero pedido de desculpas da cantora aos milhões de fãs, que infelizmente não poderão mais vê-la brilhando nos shows. De cortar o coração! 

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