Esfigmomanômetro, aparelho que faz a medição da pressão arterial - Antonio Corigliano/Pixabay
Coração

Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial: veja sintomas, riscos e tratamentos

Segundo Pesquisa Nacional da Saúde, pressão alta atinge 38 milhões de brasileiros

Sabrina Castro, com supervisão de Vivian Ortiz Publicado em 26/04/2021, às 15h31 - Atualizado às 16h13

No dia 25 de abril, trazemos em pauta um assunto importante: a hipertensão arterial. A doença atinge 38,1 milhões de brasileiros com mais de 18 anos, segundo Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em novembro de 2020. O número é maior que a última pesquisa, de 2013 (com acréscimo de 2,5 pontos percentuais). 

De certa forma, muitas pessoas encaram a doença como algo ‘normal’. Devido aos números altos, praticamente todo mundo conhece alguém com pressão alta. No entanto, o problema é mais complexo do que parece: segundo o cardiologista João Vicente, da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração (FMUSP), a hipertensão está associada, direta ou indiretamente, a metade das mortes por doenças cardiovasculares. Vale ressaltar que, no Brasil, essa é a maior causa de mortalidade (com exceção deste ano, em que está perdendo para a Covid-19, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais).

O QUE É A PRESSÃO ALTA?
Para chegar a cada parte do corpo, o sangue bombeado pelo coração precisa fazer uma ‘força’ contra as paredes das artérias. Os vasos, por outro lado, oferecem uma certa resistência. É isso que determina nossa pressão arterial.

Dois números fazem essa medição, usando como base milímetros em mercúrio (mmHg). O primeiro, a pressão sistólica, é registrado quando o coração libera o sangue; o valor ideal é 120mmHg. Já o segundo é a pressão diastólica: o ideal é que seja 80mmHg. Daí, surge o famoso ‘12 por 8’.

No período de climatério (que antecede a menopausa; acometendo as mulheres, em média, entre 45-55 anos), a pressão arterial costuma aumentar naturalmente - por isso, é ainda mais importante monitorá-la. Isso porque o corpo para de produzir estrogênio, e a ausência desse hormônio faz com que a camada interna dos vasos se contraia excessivamente e fique mais vulnerável a lesões.

De acordo com João Vicente, o indivíduo é considerado hipertenso caso sua pressão fique igual ou maior que 13 por 8 na maior parte do tempo. Porém, o contrário também não é muito melhor: caso os valores sejam menores que 10 por 6, temos a hipotensão arterial (que pode causar tonturas e um ‘liga e desliga’ - cair da própria altura de uma forma totalmente inesperada).

SINTOMAS E PREVENÇÃO
A hipertensão é considerada um ‘assassino silencioso’, visto que não costuma apresentar sintomas. Daí, a importância de fazer os exames de rotina, como o de sangue, urina, raio-X do tórax e eletrocardiograma. Outro bastante requerido é o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que faz medições por 24h, considerando variações como estar deitado ou de pé, relaxado ou em atividade, nervoso ou tranquilo (tudo isso altera, naturalmente, sua pressão).

“Em alguns casos, a hipertensão pode causar tonturas, palpitações, dor no peito e dor na nuca”, explica o cardiologista.

RISCOS
Segundo João Vicente, valores elevados na pressão arterial podem ser gatilhos para a manifestação de doenças como a angina [sensação de aperto e dor no peito], infarto do miocárdio, arritmias, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral isquêmico e/ou hemorrágico e aneurisma da aorta.

TRATAMENTO
Para driblar a hipertensão, o doutor indica uma mudança de estilo de vida, controlando fatores de riscos. Anote:

Caso as medidas acima não normalizem a pressão arterial, o único tratamento possível é feito com o uso de medicamentos, que devem ser prescritos pelo cardiologista.

Por isso, é importante fazer acompanhamento com médicos e não tomar (ou parar de tomar) medicações por conta própria. O tratamento é para a vida toda.

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