Atriz disse que a arte e a liberdade de expressão são temas muito perigosos
Da Redação Publicado em 21/08/2020, às 14h27 - Atualizado às 14h31
Depois da reprise de ‘Fina Estampa’ receber críticas de Marco Pigossi e Adriana Birolli, que fizeram parte do elenco, agora foi a vez de Christiane Torloni defender a trama de Aguinaldo Silva.
Para ela, o autor foi muito corajoso de escrever a novela na época, principalmente ao criar personagens tão “incorretos” e chegar próximo da realidade: “É para isso que existe a ficção. A gente está falando de ficção, na ficção você pode e deve ser livre. Difícil é a liberdade que determina morte e vida das pessoas”, disse ela em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
A atriz ainda destacou que não concorda com Pigossi.
“Eu gosto da novela e adoro minha personagem. As pessoas têm o direito de se arrepender de ter feito tal personagem. Eu não me arrependo de jeito algum. Se tivesse que fazer, faria de novo e me divertiria tanto quanto ou mais, porque acho que agora devo estar melhor como atriz do que há nove anos. Então, provavelmente, seria mais abusada ainda. Eu acho que ele fez muito bem o papel dele. Era difícil para caramba. É um bom ator”, pontuou.
Torloni ainda relembrou de quando interpretou uma cleptomaníaca em ‘América’: “É terrível, é verdade, existem pessoas que têm essa doença. Aí você faz o quê? Tranca num quarto e finge que não existe? O ser humano precisa do espelho da arte. Isso o liberta. Ele chora, ri, reflete”, opinou.
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