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Veja histórias inspiradoras sobre como ser pai mudou a vida desses homens

No Dia dos Pais, contamos como a maternidade mudou a vida desses homens

*Priscila Correia, do Aventuras Maternas, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 11/08/2023, às 10h29

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Daniel Oliveira, pai de Alice, deu seu depoimento sobre o Dia dos Pais. - Arquivo pessoal
Daniel Oliveira, pai de Alice, deu seu depoimento sobre o Dia dos Pais. - Arquivo pessoal

Seja biológico, por uma adoção cheia de amor, solo, parceiro da mãe ou padrasto. Não importa como se deu a paternidade, o importante é o elo que une pais e filhos. E, para celebrar o Dia dos Pais, que acontece no próximo domingo, pedimos a eles que se entregassem à emoção, dividindo com a gente o que é a paternidade pra eles.

Exatamente por isso, na coluna de hoje, vamos contar histórias de superação, de mudanças, de companheirismo e, principalmente, de amor, que representam a paternidade na prática.

Tiago Barbosa, chaveiro e pai de Isaac, de 5 anos, e Miguel, de 1 ano e 8 meses

Tiago Barbosa e a família
Crédito: Arquivo Pessoal.

“Eu posso afirmar que um filho muda a vida de qualquer pessoa. Antes do Isaac, eu não sabia que existia esse amor dentro mim. Fui aprendendo a ser pai no dia a dia. Com a chegada do Miguel, nem se fala! Apesar de já saber muitas coisas, foi completamente diferente viver tudo de novo. Existem muitos desafios, principalmente quando temos que dar conta de tanta coisa, como eu e minha esposa Amanda, mas, no fim, não há nada que pague.

Ser pai é poder saber que qualquer esforço que eu faça é por causa dos dois e vale a pena. Seja um dia de muito trabalho ou uma viagem, passeio, que geralmente fico mais cansado que o normal, no fim, construir memórias com eles é o que vale. Tem um porquê. Tem o prazer e recompensa de vê-los felizes. Desafios também não faltam, porque educação com amor e respeito é difícil com tudo o que vemos na sociedade. Precisamos ser exemplo para eles em todo tempo, mas graças a Deus e a nossa motivação de vê-los crescendo bem vale a pena.”

Roberto Duarte Albuquerque, jornalista e pai de Liz, de 2 anos, e Giovanna, de 7 anos

Roberto Albuquerque
Crédito: Arquivo Pessoal

“Sempre quis ser pai. Não fui criado com o meu, que só conheci aos 20 anos e, ainda assim, não tivemos uma relação intensa e próxima de pai e filho, por já ser adulto e independente. Por sempre ter almejado isso, me dedico para ser o melhor que eu posso ser. Desde o nascimento da minha primeira filha, Giovanna (7 anos), quando, pela negligência da equipe médica, eu tive a experiência fantástica de ajudar a trazê-la ao mundo. Demos entrada para indução, com 42 semanas, numa quarta pela manhã, mas a indução começou por volta das 16h.

Como ela nasceu apenas às 6h da sexta-feira, minha esposa já não aguentava mais e começamos a ter problemas com a equipe de plantão, que ou desaparecia ou soltava frases que, hoje, sabemos que foram uma grande violência obstétrica, como: é normal, tem que sentir dor mesmo, mas passa, etc. Fui controlando e contando as contrações, falando para ela empurrar e quando ela começou de fato a sair e eu puxando, resolvi gritar, com medo de machucar minha filha. Foi aí que, enfim um médico apareceu e ela terminou de empurrar. Giovanna nasceu empelicada e eu fui o primeiro a ver seu rostinho, a trocar e limpar. Nasceu uma conexão forte ali. Não é fácil ser pai, ainda mais pelos traumas e a falta de referências, mas a nossa geração tem tido um olhar mais atento a isso.

Quando Giovanna nasceu, eu trabalhava em uma empresa e me sentia sugado a ponto de desenvolver burnout posteriormente, o que me fez sair. Precisava de férias, recebi inúmeras propostas de emprego, mas queria férias com a minha família. Precisava. Após isso, pensando no que seria minha vida profissional, analisei e vi que fiquei durante o primeiro ano e meio da Giovanna trabalhando naquele lugar, perdendo momentos essenciais e que não queria mais isso, pois gostaria de viver tudo ao lado dela, ser o mais presente possível.

Foi aí que decidi empreender e abrir minha própria empresa. E, apesar de todo o cansaço, de viver um home office muito antes de existir uma pandemia, valia a pena curtir cada fase como é até hoje. Decidimos ter o segundo filho, e a gravidez aconteceu no início de 2020. Foi um momento delicado e apreensivo, por conta da gravidez de risco e da pandemia, mas que passamos ilesos. Liz nasceu em setembro daquele ano. Diferentemente da irmã, nossa Liz nasceu bem rápido.

Ser pai não é só educar ou pagar os "custos" de uma vida. É amar, ser parceiro, entender que é a maior responsabilidade que você pode ter, é saber que as memórias e momentos que você cria ficarão para sempre nas lembranças delas e que ajudarão na formação da personalidade (e também da sua, já que aprendemos com os erros). Não há perfeição, mas tentamos o máximo possível ensinar que o respeito, amor e apoio são fundamentais nessa jornada e que, um dia, nossos filhos podem ganhar o mundo que estaremos aqui apoiando ou até mesmo caso precisem de colo. É criar um conforto e relação de confiança.”

Paulo André Dias, programador e pai de Paulo Henrique, de 25 anos, e Paulo Vitor, de 18 anos

“A gente pensa que ser pai vai nos tornar ainda mais preocupados com condição financeira, segurança, carinho, educação e conforto, mas vai muito além disso. Eu percebi que, mais do que dar recursos materiais e afeto, a gente vai se tornar exemplo para alguém, provendo caráter, ética, empatia e respeito pelo próximo. E, pouco a pouco, outras preocupações vão crescendo: coerência entre o discurso e a prática, entre a autoimagem idealizada e a realidade, entre as convicções proferidas e as atitudes. A paternidade tem o potencial de nos modificar transformando-nos em seres humanos melhores.”

Nilson Pinto, mestre em churrasco e pai de Ingrid, de 27 anos

Nilson Pinto e a filha
Crédito: Arquivo Pessoal

“Sobre ser pai: a sensação é de você se torna uma divindade, para um ser frágil e indefeso. É a extensão de meu corpo e meu coração, pois tudo o que minha filha sente, eu sinto. É fazer a felicidade e a responsabilidade andarem juntas. Minha filha, Ingrid, representa tudo de bom que eu fui e me ajuda a projetar tudo de bom que não consegui ser. Ser pai é a forma de amar mais verdadeira, se transformando em um orgulho total, no meu eu melhorado em 1000.

No objetivo de meu esforço, dedicação, superação, resiliência. Hoje, além de tudo, minha filha é minha parceira no trabalho, no gosto por churrasco, nos hobbys, nos objetivos, nos eventos que fazemos sejam profissionais ou a passeio. No mundo que o que é meu é só meu, aqui nós vivemos o que é meu é mais dela. Sinto um orgulho enorme de vê-la trilhando seu caminho, com erros e acertos, e sempre com os olhos atentos para suavizar seus tombos, porque ser pai, para mim, é amar a vida, é a perpetuação da espécie de forma plena e natural."

Alexandre Simões Martins, publicitário e pai de Sofia, 4 anos, e Jorge, de 1 ano

“A expressão 'à flor da pele' nunca fez tanto sentido para mim após virar pai, mas, neste caso, seria 'amor à flor da pele'. Sem exagero ou romantismo, mas ser pai é -  sem dúvida - a melhor coisa do universo. Chegar em casa e ser recebido aos gritos de felicidade "papai, papai..." muda tudo, muda seu mundo.

Mas a paternidade também não é só alegria e brincadeiras, ela exige tudo de você, suor e sangue. Os filhos são uma bênção e só sendo um pai presente para saber o que é isso. Amo meus filhos mais do que tudo e faço tudo por eles. Não é só dar continuidade a próxima geração da família. Ser pai é saber criar, dar e tirar, amar, respeitar e ser parceiro da esposa na criação dos filhos. Sofia e Jorge são tudo para mim!”.

Carlos Gomes, dentista e pai de Paulo Roberto, de 12 anos

“Desde sempre, fui conhecido por ser aquela pessoa que não conseguia controlar o dinheiro. Parecia que minha carteira tinha um buraco negro que sugava todas as notas e moedas que eu recebia. Comprava impulsivamente coisas que nem precisava e, como resultado, acabava sempre no vermelho no final do mês. Mas tudo mudou quando me tornei pai. O impacto foi tão grande que pensei que estava prestes a ganhar um Nobel da responsabilidade financeira. De repente, eu tinha uma pequena pessoinha que dependia de mim para tudo, inclusive um futuro financeiro seguro. Foi quando a ficha caiu e comecei a encarar o orçamento doméstico com seriedade. Primeiro, fiz uma lista de todas as despesas essenciais para garantir que não ficássemos sem o básico.

Coloquei a lista na geladeira como lembrete constante. Em seguida, decidi criar um plano de economia. Eu costumava gastar dinheiro com coisas fúteis, como o último modelo de celular ou roupas que só usava uma vez. Agora, pensei em investir em algo maior e mais significativo: o futuro do meu filho. Claro, não foi fácil. Às vezes, ainda tinha recaídas e comprava algo impulsivamente, mas a cada vez que isso acontecia, me lembrava do sorriso do meu filho e de como era importante ser mais responsável. Outro ponto crucial foi aprender a dizer "não". Antes, me sentia culpado por negar qualquer coisa a mim mesmo ou aos outros, mas percebi que dizer 'não' às despesas supérfluas significava dizer 'sim' a um futuro financeiramente estável para minha família. Aprendi a pesquisar antes de comprar algo e a comparar preços.

Descobri que, muitas vezes, podia economizar comprando coisas em promoção ou em segunda mão. Além disso, comecei a estabelecer metas financeiras realistas. Traçar objetivos me ajudou a manter o foco e a motivação para economizar. Queria dar ao meu filho oportunidades que não tive, e isso se tornou minha maior motivação para mudar meus hábitos de gastos. Ao longo do tempo, percebi que não precisava de coisas materiais para ser feliz. Ver meu filho crescendo saudável e feliz, com um pai mais responsável, era a maior recompensa que eu poderia ter. Hoje, posso dizer que me tornei um pai mais responsável, mas não vou mentir, ainda tenho meus momentos de fraqueza. Às vezes, claro, compro coisas pra mim, mas agora sei que é tudo uma questão de equilíbrio. Acredite, a jornada pode ser difícil, mas os resultados valem a pena. E o melhor de tudo é que, no final do dia, você vai se sentir mais orgulhoso de si mesmo e poderá dar ao seu filho algo mais valioso do que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar: um exemplo de responsabilidade e amor”.

Ceian Muniz, cantor e pai de Laísa, de 24 anos, e Bárbara, de 23 anos

“Eu amo ser pai. Quando tinha 21 anos, recebi o presente mais incrível da vida: a paternidade. Me tornar pai da Bárbara e da Laísa foi uma bênção indescritível. O nascimento delas encheu meu coração de felicidade e emoção. No início, é natural sentir um certo receio diante das responsabilidades que a paternidade traz consigo. Mas esse medo é passageiro e logo se transforma em um amor incondicional, o mais puro e verdadeiro que já conheci. Ser pai não tem preço, é uma jornada de amor e aprendizado constante. Tenho a sorte de ser abençoado com duas filhas maravilhosas, que transbordam carinho e afeto. Elas me amam profundamente, assim como eu as amo.

Estamos sempre preocupados uns com os outros, compartilhando momentos especiais e construindo memórias que durarão para sempre. Ser pai é verdadeiramente a melhor experiência que alguém pode vivenciar. Aqueles que têm o privilégio e a oportunidade de serem pais entenderão a grandeza desse sentimento. É uma conexão profunda e única, difícil de descrever em palavras. Eu me considero um pai abençoado, grato por esse presente que Deus me deu. Minha simplicidade é parte do meu charme, mas meu amor pela minha família é algo que sempre me move. A paternidade me ensinou a valorizar os momentos mais simples da vida e a encontrar alegria nas coisas cotidianas. Ser pai é uma experiência que transcende qualquer descrição. É maravilhoso e transformador, e cada dia ao lado das minhas filhas é uma dádiva que eu não trocaria por nada neste mundo”.

André Carvalho, dentista e pai de Larissa, de 12 anos, e Clara, de 10 anos.

“No dia a dia como pai, sou constantemente surpreendido por muitos momentos mágicos e inesperados. Ser pai é uma jornada cheia de surpresas, que esquentam o coração e trazem sorrisos ao rosto. Uma das maiores surpresas é testemunhar o crescimento e desenvolvimento das minhas filhas. Cada dia traz novas descobertas e conquistas, desde as primeiras palavras até os primeiros passos. Ver o sorriso radiante ao aprender algo novo ou ao alcançar um marco importante é emoção que não tem palavras. As demonstrações de amor e carinho delas comigo também são surpresas que aquecem o coração. Aqueles abraços apertados e os "eu te amo, papai" inesperados são momentos preciosos que fazem tudo valer a pena.

Além disso, perguntas curiosas e a mente ávida por conhecimento delas também são fontes de surpresa e admiração. Suas perguntas muitas vezes me desafiam a buscar respostas e aprender junto com elas. Outra surpresa constante é capacidade delas de me ensinarem lições importantes sobre a vida. Com inocência e sinceridade, elas me lembram sobre apreciar as coisas simples, viver o presente e valorizar conexões humanas. Claro, também há surpresas menos fofas, como travessuras e birras inesperadas. Mas mesmo esses momentos, embora desafiadores, elas me ensinam a ter paciência, empatia e encontrar soluções criativas para lidar com situações do dia a dia. Vida como pai é cheia de surpresas e aprendizados. Cada dia traz novas experiências que nos fazem crescer e nos tornar melhores pais e seres humanos. E é nessa jornada de surpresas e descobertas que encontro uma das maiores alegrias da vida: ser pai e compartilhar momentos inesquecíveis com minhas filhas”.

Guilherme Rossoni, neurocirurgião e pai de Helena, que vai nascer em outubro.

“A doce espera da minha primeira filha, Helena, envolve uma felicidade indescritível. Até o momento de concretizar a gestação, eu não fazia ideia da dimensão que essa chegada afetaria meu rumo. Todo pensamento, prioridade, dedicação e planos são voltados, mais do que nunca, para a construção da nossa família. A contagem de cada semana da gravidez e a realização de consultas médicas se tornaram parte da rotina e é motivo de grande alegria imaginá-la em meus braços. Planejo brincadeiras com a Helena, na certeza de que nosso vínculo será muito forte e seremos grandes parceiros e cúmplices, juntamente com nossos cachorros. Daqui para frente, sei que a completude ganhou novo significado, nossa casa terá ainda mais amor e união com a sua chegada.

A perfeição divina da Criação e a complexidade da vida se manifestam no lindo ser humano que Ele enviou para o nosso lar. Sou grato a Deus pelo privilégio de exercer a paternidade e pela minha descendência. Comprometo-me a ser o melhor pai do mundo, aquele que ama, cuida, protege, ensina e diverte. Meu desejo é estar presente na vida da minha filha em todas as horas, boas ou ruins, sempre atento e disposto. Quero ser um pai amigo, sincero, que proporciona segurança, apoio e sabedoria. Ao lado da mamãe, Bárbara, estamos animados para desvendar o universo de experiências e descobertas. Sabemos do desafio que é cuidar de um filho, mas estamos certos de que o amor, a parceria e o carinho são os pilares dessa relação”.

Antônio Silva Pinto, artista plástico e pai de Lucas, de 10 anos

“Sempre sonhei em ser pai. Cresci sendo criado apenas por minha mãe, e isso me fez desejar profundamente ter um filho e ser o pai que nunca tive. Quando finalmente a paternidade bateu à minha porta e eu tive um filho homem, a emoção foi indescritível, mas também veio um desafio: eu não fazia ideia do que era ser pai. Meu coração estava repleto de amor e determinação, mas a falta de um exemplo paterno em minha vida me deixava inseguro. Eu não tinha um modelo a seguir, apenas o desejo ardente de dar ao meu filho o melhor de mim. Então, comecei uma jornada de superação e aprendizado.

A cada sorriso, olhar ou choro do meu filho, eu me apaixonava mais por ser pai. E foi com esse amor incondicional que aprendi a ser pai na prática, a cada passo, a cada obstáculo. Aprendi que não há um manual perfeito para ser pai, mas que o amor e a dedicação são os pilares fundamentais. Conversei com amigos, li livros, assisti a vídeos, busquei todo tipo de orientação possível, mas, no fundo, sabia que a experiência real viria da vivência ao lado do meu filho. Então, mergulhei de cabeça, cometendo erros, acertando, aprendendo e crescendo junto com ele. Aos poucos, entendi que ser pai não se trata apenas de dar ordens ou ser provedor, mas sim de estar presente, escutar, compreender e ser uma figura de amor e apoio. Descobri que ser pai é um aprendizado constante, uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento. Com o tempo, percebi que minha própria experiência de ser criado apenas por minha mãe me proporcionou uma visão única da paternidade.

Aprendi a valorizar ainda mais o papel das mães na criação dos filhos, mas também compreendi a importância crucial do pai na vida de uma criança. Superar o medo de não saber o que era ser pai foi um desafio diário, mas também foi uma oportunidade de crescimento e autodescoberta. A cada dia, meu filho me ensinava a ser um pai melhor, a ser mais presente, mais amoroso e mais compreensivo. Hoje, posso dizer que me tornei o pai que sempre sonhei ser. Meu filho é minha maior motivação, minha fonte de amor incondicional. A superação dessa ausência paterna na minha vida foi a chama que me impulsionou a ser um pai presente, afetuoso e comprometido.

A paternidade é uma jornada sem fim, cheia de desafios e aprendizados, mas é a jornada mais gratificante e significativa que já enfrentei. A cada abraço, cada conquista, cada momento compartilhado com meu filho, sinto uma profunda gratidão por ter a oportunidade de ser pai e de aprender a ser pai sem saber o que era ser pai. E se eu tivesse a chance de voltar no tempo e me dar conselhos como pai, eu diria a mim mesmo para não ter medo de errar, para se permitir aprender e crescer com cada desafio, e para nunca subestimar o poder do amor e da presença na vida de meu filho. A superação é um caminho que vale a pena percorrer, e eu sou grato por cada passo dado rumo a me tornar o pai que meu filho merece”.

Daniel Oliveira, advogado especialista em Direito de Família, pai de Alice, de 5 anos

Dr. Daniel Oliveira e a filha Alice Campos de Oliveira
Crédito: Arquivo Pessoal

“A paternidade nunca foi um sonho para mim. Desde o início do meu relacionamento, eu e Priscila sonhávamos em sermos independentes e com recursos financeiros suficientes para viajar sempre que fosse possível. Assim fomos por muito tempo, um casal aventureiro e despreocupado com a questão de ter filhos. Após mais de uma década juntos, chegamos no momento em que a idade de Priscila (na época, 36 anos), nos pressionava a tomar a importante decisão de ter ou não filhos. Por ser adotado, sempre disse para a Pri que, mesmo que passássemos da fase temporal de ela poder engravidar, adotaria uma criança com o maior prazer.

Mas ela acabou optando por tentar gerar um bebê e engravidou quatro meses depois. Hoje, não me vejo sem filhos. A nossa família libriana, de pai, mãe e filha, é o maior presente que eu poderia ter nesta vida. Será pela nossa filha Alice, e futuros filhos, que eu e a minha amada esposa vamos lutar e ensinar os valores da ajuda ao próximo, da liberdade de raça, gênero e classe social. Vale dizer que o desejo de adotar uma criança ainda permanece.

Gostaria muito de devolver ao universo este grande presente que recebi dos meus pais, e, ainda, poder proporcionar um amor de irmão para a nossa amada filha, mas tudo no seu devido lugar e tempo. Obrigado, minha filha Alice, por fazer de mim um ser humano muito melhor. Estarei ao seu lado nos momentos mais importantes e difíceis da sua longa jornada. Desejo que você se torne tudo aquilo que sempre sonhou.”