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Bebês felizes: presença, soninho regulado, amamentação e boa alimentação

O que oferecer aos pequenos nos primeiros 1000 dias?

*Priscila Correia, do Aventuras Maternas, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 30/09/2022, às 09h00

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Dicas para cuidar dos bebês nos primeiros anos de vida - Troy T/Unsplash
Dicas para cuidar dos bebês nos primeiros anos de vida - Troy T/Unsplash

O mês das crianças está começando, e vamos dar início às homenagens pensando nos bebês. Afinal, os pequeninos, recém saídos da barriga da mamãe, ainda não falam, não andam, não leem e não brincam tanto, mas já merecem muita presença, boas sonecas, aconchego, acolhimento, aleitamento materno, introdução alimentar saudável e muito mais.

Por isso, a coluna de hoje reúne algumas dicas para que os pequenos recebam tudo o que precisam nos primeiros 1000 dias de vida.

BEM ALIMENTADO DESDE A BARRIGA

Desde o momento em que o bebê nasce, é preciso pensar na alimentação que queremos oferecer para nossos filhos. Afinal, uma boa alimentação é a chave para ter saúde desde sempre. Entretanto, ela deve começar ainda durante a gestação, já que eles são alimentados de acordo com o que ingerimos.

Segundo a especialista em nutrição do Projeto Pigmeu Renata Riciati, a alimentação dos filhos tem grande influência em seu desenvolvimento. “É importante entender como a alimentação da mãe durante a gestação pode causar impactos positivos ou negativos tanto no desenvolvimento como no crescimento do bebê. Uma mãe bem nutrida é igual a um bebê bem nutrido, já uma mãe desnutrida vai fazer com que haja um déficit no crescimento e no desenvolvimento desse bebê”, explica.

No entanto, não existem regras extremamente definidas sobre a alimentação infantil. “Sou da opinião de que o básico bem-feito é sempre a melhor opção, então não existe uma ‘superalimentação’ para uma gestante. Se ela fizer o básico bem-feito, está ótimo, uma alimentação caseira, natural, o arroz com feijão de todo dia. Às vezes, na correria do dia a dia, acabamos por preferir desembalar do que descascar. A gestante optando sempre por uma gravidez mais natural e caseira será sempre a melhor opção”, relata a especialista.

Renata sugere, ainda, que a alimentação seja acompanhada desde os primeiros passos da gestação até depois do nascimento do bebê, para garantir o melhor desenvolvimento possível para a criança. “Hoje em dia é importante que a mãe faça um acompanhamento nutricional, desde a época que ela esteja tentando engravidar, continue esse acompanhamento durante a gestação e o mantenha no período de amamentação”, esclarece.

Ela alerta também que alguns alimentos devem ser evitados sempre que possível, pensando na saúde do bebê e da mãe, como carnes mal-passadas ou cruas, bebidas alcoólicas e cigarros, que devem ser evitados a todo custo. Além disso, existem alguns nutrientes que devem ser buscados pela gestante para otimizar o crescimento da criança.

“Do meu ponto de vista profissional, uma gestante deve ser suplementada com os principais nutrientes, como o ácido fólico, ferro, Ômega 3, vitaminas do complexo B, que são essenciais, e a vitamina C e o zinco que atuam diretamente na imunidade. Para saber ao certo o que cada uma precisa, é necessário fazer uma avaliação, exames laboratoriais, tanto de sangue quanto de urina, para avaliar o todo e saber o que é mais ideal”, diz a nutricionista.

MUITO MAIS QUE NUTRIÇÃO

Após o nascimento do bebê, os primeiros seis meses são essenciais e são diferentes dos demais, uma vez que, durante esse período, eles devem ser alimentados exclusivamente pelo leite materno, a não ser quando necessária a fórmula infantil. “Não é indicado fornecer água nem chá para essa criança nesse período. A água vai entrar junto com a introdução alimentar”, explica Renata.

Já para as mães que optam pela livre demanda, deixando o bebê mamar na hora que quiser, a nutricionista orienta a fazer o que seu coração mandar, pois não existe muita regra. “Cada mãe e seu filho funcionam de uma maneira, e devemos respeitar essa individualidade. Mas, se possível, é importante montar uma rotina para esses horários. Eles devem ser criados desde cedo, porém é necessário lembrar que deve haver um espaçamento de 2 a 3 horas entre essas mamadas”, complementa.

Outra questão que poucos lembram é a importância do leite materno para a saúde bucal da criança. Bruna Conde, cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal, explica que, dentre os inúmeros benefícios do aleitamento para a saúde do bebê, grande parte deles estão ligados diretamente à saúde bucal e toda a formação da estrutura bucal e facial do bebê.

Além disso, é o melhor alimento nutricional para o recém-nascido, por reforçar a imunidade contra doenças infecciosas e alérgicas, ter um importante papel na redução da mortalidade infantil, contribuir para o crescimento dos ossos e dos músculos, levando ao desenvolvimento harmônico da face, o posicionamento correto dos dentes e língua, e auxiliar a respiração e a fala.

Segundo Bruna, a sucção da mama possibilita o crescimento adequado do complexo craniofacial, o treinamento da estrutura bucal e melhora o posicionamento dos dentes, contribuindo para o exercício das funções de deglutição, respiração, mastigação e fala. O aleitamento materno também diminui as chances da criança adquirir hábitos como sugar o dedo ou a chupeta. “Vale ressaltar que o aleitamento materno, quando bem orientado, adia a ingestão de açúcar na dieta do bebê, diminuindo as chances do desenvolvimento de cáries nas crianças”, complementa a cirurgiã dentista.

A amamentação é o primeiro exercício da musculatura facial no qual estão envolvidos os lábios, a língua e bochechas do recém-nascido. “Costumamos dizer que a amamentação é uma preparação para todo o processo de fala do bebê, além do crescimento harmonioso da parte osteomuscular, das arcadas dentárias, da língua e do desenvolvimento da região e da respiração nasal, fator importante para evitar amigdalites, pneumonias e outras doenças respiratórias”, explica a fonoaudióloga e diretora do BabyKids Centro de Especialidades Daniella Brom.

Toda a musculatura facial é fortalecida durante o intervalo da sucção. Quando suga a mama, o bebê favorece o crescimento da mandíbula que prepara a face para as próximas etapas do desenvolvimento. “Aqui temos uma dinâmica da cadeia neuromuscular, das estruturas ligadas à respiração, mastigação, deglutição e fonação. Todas essas etapas dependem da amamentação, porque todos os sistemas são interligados. Ao mamar, aprendemos a respirar, mastigar e deglutir de maneira adequada. A posição da boca nos mamilos é que faz a estimulação dos pontos articulatórios responsáveis pela produção dos fonemas”, pontua Daniella.

Ela esclarece, ainda, que o bebê que mama no peito é mais tranquilo e tem menos chances de desenvolver problemas como atresia maxilar (parte superior da boca estreita), mordida aberta (que os dentes da frente não se tocam), retrusão mandibular (queixo pequeno) e apinhamento dental (falta de espaço entre os dentes). Por isso, inclusive, é aconselhável que a amamentação seja acompanhada por um fonoaudiólogo, a fim de orientar a melhor pega para a criança, melhor adequação postural e, assim, melhor sucção.

No entanto, Daniella faz um lembrete importante: para as mães que não conseguem amamentar, há formas de também estimular os filhos. “A mãe que não consegue realizar a amamentação pode utilizar outras táticas que fazem bom uso do vínculo da emoção e da nutrição da criança, como a translactação (com o uso de uma ‘sondinha’ que simula o aleitamento com o leite da própria mãe) e a relactação (fórmula, leite animal ou leite humano pasteurizado)”.

CARINHO EM FORMA DE COMIDINHAS

O período da introdução alimentar é extremamente importante para a criança, pois é nesse momento que ela vai passar a consumir os alimentos que a acompanharão pelo resto de sua vida. Porém, é preciso fazê-la com cautela. “A introdução aos alimentos começa a partir dos seis meses do bebê, e devemos ficar sempre atentas aos sinais de prontidão, como, por exemplo se já estiver sentando sozinho e pegando objetos sem ajuda. Esses sinais são parâmetros importantes para saber se o bebê está preparado para essa introdução alimentar, existem várias formas de fornecer essa alimentação”, entende Renata Riciati.

É preciso dizer que a iniciação nos alimentos também influencia no futuro dos pequenos de algumas maneiras, por isso muitas mães adiam dar doces ou qualquer “alimento” industrializado. “A introdução é muito importante, porque a má aceitação dos alimentos, lá na frente, vai depender dessa introdução alimentar. Se ela for feita sem as vitaminas e minerais necessárias na dieta da criança, ela terá dificuldades em seu crescimento e desenvolvimento, afetando seu peso, altura e capacidades cognitivas e sensoriais”, defende.

Mas, apesar dos pais serem responsáveis pelo que os filhos vão comer, é preciso que as crianças tenham alguma autonomia para escolher o que querem comer. Renata lembra que um dos maiores erros dos pais é querer impor uma condição deles aos filhos, como a quantidade de comida no prato, quando acabam oferecendo aos filhos a quantidade ideal para eles e não para a criança. O ideal é começar com uma colher de sopa para cada grupo alimentar, que seria uma colher de sopa de arroz, uma de feijão e assim vai progredindo de acordo com os desejos do pequeno.

A nutricionista Fernanda Larralde, parceira da Bio Mundo, rede de alimentos saudáveis e naturais, explica que há quatro maneiras de fazer essa introdução. Antes de falar mais sobre tais métodos, porém, a profissional ressalta que ela é um complemento do aleitamento. “O leite materno deve ser a única comida do bebê durante os primeiros seis meses, pois nele já contém todas as vitaminas, nutrientes e proteínas que ele necessita. Depois desse período, já é possível introduzir frutas amassadinhas e, somente a partir sétimo mês, aconselhamos oferecer sopinhas, legumes cozidos, carnes, grãos e cereais, mas ainda administrando o leite até os dois anos de idade”, pontua.

Papinha de carne

Abaixo, Fernanda fala um pouco mais sobre as formas de introduzir o alimento:

- Tradicional: Como o nome indica, este é o método mais comum para alimentar as crianças e consiste no oferecimento de comidas pastosas com uma colher. “É uma forma que faz menos sujeira, os pais conseguem controlar o quanto de comida a criança está ingerindo e, por se tratar de papinhas, não tem muito risco de engasgo”, explica Fernanda;

- BWL (Introdução Alimentar Guiada pelo Bebê): Não muito convencional, esse método condiz em oferecer alimentos em tiras e deixar que o bebê coma sozinho. Porém, “é preciso, primeiro, analisar se a criança já está apta a comer sozinha. Alguns sinais são já conseguir sentar, controlar os movimentos da cabeça, ter a coordenação motora de agarrar um alimento e levá-lo para a boca, dentre outros. Essa técnica é bacana, por conta da interação do bebê com a comida, o que aguça a curiosidade dele para provar novas comidas”, esclarece;

- Bliss: Seu princípio é o mesmo da BLW, porém, os alimentos oferecidos para a criança são orientados por profissionais para garantir que ela retenha todos os nutrientes necessários para se manter saudável. “É montada uma rotina alimentar baseada nas necessidades nutricionais do bebê onde intercalamos a comida com o leite materno”, comenta Fernanda;

- Participativa: Este método é a união do Tradicional com o BWL ou Bliss, onde, ao mesmo tempo que a criança interage com o alimento em tiras, o pai ou mãe complementa com uma papinha, servindo-a com uma colher. “Essa técnica é a mais indicada por conta do contato do bebê com a comida e garante que ele esteja realmente se alimentando, e não apenas brincando com o alimento”, conclui a nutricionista.

Mas atenção: não há um método certo ou errado, apenas o que funciona. Fernanda enfatiza, porém, que, neste momento, é necessário ter um acompanhamento mais próximo do pediatra e de um nutricionista, já que muitos bebês, após a introdução alimentar, perdem peso, o que pode gerar alterações nos níveis de vitaminas. “A escolha do método deve ser orientada por esta dupla multidisciplinar, analisando as capacidades motoras da criança e sua aceitação a diferentes texturas e sabores”.

COM DOR NINGUÉM É FELIZ

Considerando que a criança não tenha nenhuma enfermidade, um dos incômodos mais comuns nos bebês é a cólica, que os deixa aflitos e, obviamente, sentindo dores. Mas é possível controlar esse desconforto que causa tanto incômodo abdominal.

De acordo com Paulo Telles, pediatra e neonatologista da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a definição de cólica é “um choro por três ou mais horas ao dia, três ou mais dias por semana, por três ou mais semanas em um bebê saudável”. Intestino imaturo, falhas na qualidade do sono do bebê e alguns detalhes da alimentação da mãe que amamenta e no momento do bebê mamar interferem e podem ser gatilhos para as terríveis cólicas no bebê.

O médico costuma explicar para os pais que a cólica do recém-nascido não é sinônimo de dor de barriga, mas de um choro incontrolável, que costuma acontecer no final do dia, horário em que o bebê está mais cansado. Por isso, uma das dicas para enfrentar o problema é garantir sonecas de qualidade para o bebê, em um ambiente tranquilo e sem estímulos exagerado - esse período do dia em que todos os bebês choram já foi chamado de a hora das “bruxas”, como uma alusão a algo que os colocaria medo e por isso choram sem parar até ficarem exaustos.

Analisando qual seria o motivo da barriga só doer no final do dia, alguns chegam à conclusão de que o bebê, nesta fase inicial, precisa dormir muito, de 20 a 22h ao dia, e o seu sono precisa ser bom, ou seja, um repouso que permita que ele relaxe, descanse e não fique estressado ao final do dia. “Gosto sempre de levar as mães a se colocarem no lugar da criança. Digo: ‘quando você dormir, imagine se eu pegar sua cama e levar para sala, depois para assistir TV, almoçar, seguir a rotina da casa, será que você dormirá bem? Como será seu sono ao ficar passeando por todos estes lugares, com barulho, movimento, telefone, campainha etc.? Você conseguiria, realmente, descansar, ter um sono de qualidade e restaurador? Claro que não! Então, o seu filho também não’”, ensina o médico.

Uma situação comum (e que pode ser evitada) é que, no início da vida do bebê, logo após o nascimento, pais e cuidadores, frequentemente, estão inseguros. Por isso, querem o bebê sempre ao seu lado, esquecendo que cada pequeno barulho pode tornar o seu sono mais superficial, acordar e/ou incomodar, fazendo com que ele acumule sono e cansaço ao longo do dia, até chegar ao seu limite e começar a chorar sem parar por duas a três horas, antes de dormir, por exaustão.

“Tente deixar o bebê no local mais seguro, tranquilo, e sossegado da sua casa, que é no quarto, dentro do berço! Assim, as sonecas serão melhores e teremos mais chances de que ele chegue no final do dia menos cansado e incomodado, iniciando uma boa noite de sono sem choro e estresse”, orienta Paulo.

Outra causa bastante comum para as cólicas é o chamado intestino imaturo. Todo bebê tem intestino ainda não maduro, com imaturidade do peristaltismo, do controle do esfíncter, além de produzir mais gases pela flora intestinal característica e, muitas vezes, engolir mais ar. Para ajudar no combate a esse desconforto intestinal, o neonatologista da SBP explica que massagem, movimentos de bicicleta com as pernas e jogar água morna na região perineal ajudam a eliminar os gases. Além disso, alguns cuidados com a alimentação da mãe e no momento de amamentar podem fazer a diferença.

“Quanto melhor a pega e a posição durante a mamada e quanto menos o bebê chorar, menos ar engolirá ao longo do dia, isso pode ajudar a reduzir os gases também. E alguns alimentos consumidos pela mãe podem irritar e deixar o bebê mais agitado, sendo necessário evitar excesso de cafeína, chocolate, bebidas com estimulantes, álcool e pimenta. Nenhum estudo conseguiu associar outros alimentos a cólicas. Então, coma bem e sem restrições”, esclarece.

Jackeline Barbosa, médica e vice-presidente da área médico-científica da Herbarium, explica que manter a calma nos momentos de cólica do bebê é muito importante: “Após identificar a cólica, é necessário ficar calmo. O choro é, muitas vezes, inquietantemente, mas é preciso manter a tranquilidade. Com os ânimos controlados, você conseguirá passar bem-estar para o bebê. Além disso, um ambiente mais sereno, com pouco barulho e pessoas, pode ajudar a relaxar a criança”.

Ela sugere, ainda, que se acalme o bebê nos braços. “Com o recém-nascido em seu colo, utilize um cobertor para aconchegá-lo e deitá-lo de bruços. Aproveite para massagear o abdômen da criança, utilizando movimentos circulares. Outra posição que pode ajudar o bebê é deitando-o com a barriga virada para o abdômen do pai ou da mãe, em contato direto”, explica.

Mas atenção para um ponto bastante importante: “A melhor maneira de prevenir a cólica é entender que não existem medicações com eficácia comprovada. Por isso, não compre produtos que prometam resolver ou acalmar a cólica, porque não existe remédio mágico”, alerta Telles.

BEBÊS TAMBÉM PRECISAM DESCANSAR

Você certamente já ouviu a expressão “dormindo como um bebê” e já deve ter pensado que quem a inventou não tem a menor noção de como pode ser exaustivo criar uma rotina de sono para os pequenos. Uma noite bem dormida é importante para todos - se o bebê dorme bem, consequentemente, os adultos também. Mas como ensinar algo para um serzinho tão pequeno ainda?

Toda rotina precisa ser ensinada e, para os bebês, ela pode estar unicamente associada à previsibilidade e à segurança. Portanto, é imprescindível que a criança tenha um dia muito bem planejado e definido, com as tarefas sempre realizadas na mesma sequência e nos mesmos horários, dia após dia, de forma que ela consiga entender quando a hora de dormir estiver próxima.

Segundo Larissa Amorim, enfermeira obstetra, laser terapeuta e consultora de amamentação infantil, é durante o sono que os aprendizados do dia a dia são organizados. Os bebês necessitam desse descanso para consolidar as informações e desenvolver novas habilidades. “No decorrer de uma noite de sono, existe a consolidação do sistema imunológico, da memória, liberação de hormônios responsáveis pelo crescimento, fome, saciedade e muito mais. Por isso, o descanso é tão importante e dormir mal pode trazer malefícios para o desenvolvimento”, explica a especialista.

Para começar, é preciso ficar atento ao ambiente, já que esse é um dos pontos mais importantes para o sono do bebê, tanto na soneca diurna quanto no sono noturno. Existem diversas formas de deixar o ambiente mais favorável ao descanso. Invista em um espaço calmo, sem muitos estímulos (inclusive brinquedos, que costumam ter muitas cores). As luzes precisam estar apagadas ou, pelo menos, baixas, como uma penumbra. Mantenha a temperatura amena (se precisar de ar condicionado, muito cuidado, pois os bebês não sentem o calor que sentimos). Quanto aos sons, evite ruídos, cômodos próximos com muitas pessoas falando e afins (pode-se investir naquelas músicas que remetem ao barulho do mar ou da chuva, galhos balançando, etc).

Um detalhe importante é que bebês acima de 5 meses já começam a distinguir o dia da noite, por meio do ambiente, atividades e estímulos, além de já produzirem melatonina (hormônio que induz o sono), o que torna o processo mais tranquilo e natural.

Abaixo, Larissa Amorim dá cinco dicas que podem ajudar no estabelecimento de uma rotina para a família.

- Melhorar a qualidade do sono: Bebês precisam de um ambiente calmo e “clean”, que não tenha brinquedos que estimulem a interação. É recomendável que as luzes estejam apagadas, os ruídos sejam reduzidos, ter uma temperatura ambiente e agradável, um berço seguro, além do uso de óleos essenciais e de um ruído branco (barulho de chuva, por exemplo);

- Ensinar o que é dia e o que é noite: É importante mostrar ao bebê a diferença entre o dia e a noite. De dia, é interessante permitir que ele durma no claro, dar “bom dia” ao acordar, mostrar a luz para o bebê. À noite, manter a casa à meia-luz, sem muitos ruídos, mostrar que escuro é somente à noite, para que o bebê consiga associar os horários corretos;

- Sonecas diurnas: A necessidade de soneca deve ser avaliada de forma individual. Em geral, até os 5 anos, ainda há a necessidade de ao menos uma soneca. Isso porque a criança pode ter um aumento do cortisol, que é um hormônio do estresse e contrário ao sono;

- Conforto e segurança: Um berço seguro evita acidentes que podem ser fatais. Evite usar paninhos, kit-berço e mantenha distantes do bebê roupas e brinquedos. Além disso, o uso de cama compartilhada deve seguir as indicações de segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, que afirma que o ideal é que, se estiver no mesmo quarto que os pais, ainda assim, o bebê deve ter um berço próprio;

- Produtos que remetem à hora de dormir: Alguns itens podem ajudar o bebê a entender que chegou a hora de desacelerar. Panos, naninhas ou ursinhos podem ser considerados objetos de transição e é possível que ajudem ou atrapalhem, dependendo do caso. Por isso, vale observar o bebê. Só não se deve, em hipótese alguma, dar um objeto de transição deste tipo para uma criança com menos de seis meses.

AJUDINHA EXTRA

Por mais bem informadas e preparadas que estejamos, nunca é demais receber uma ajuda. Por isso, selecionamos cinco dicas que podem te auxiliar no dia a dia com os filhos (independentemente de ser um bebê ainda ou já mais crescidinho).

- Acolhimento e conhecimento para as famílias na hora da soneca: Estudos apontam que até os cinco anos de idade, a maioria das crianças precisa de, pelo menos, uma soneca ao longo do dia. A explicação para insistir nessa rotina saudável está no livro infantil ‘Soneca Boa’. Cheio de ilustrações para as crianças e muita informação para mães, pais e cuidadores, no lançamento da autora Carol Chaves é possível entender a importância de um sono de qualidade também durante o dia. Além dos desenhos coloridos que encantam os pequenos, a manhã do menino é contada de uma maneira lúdica e simples, prendendo a atenção dos leitores. No início e no fim do livro, Carol também explica como a soneca é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e neurológico.

Livro 'Soneca Boa'
‘Soneca Boa’, de Carol Chaves. Editora Much. R$ 49,90;

- Ajuda para diversificar as papinhas: Variar as papinhas dos bebês não é uma tarefa fácil. Ainda mais quando se busca oferecer a eles uma alimentação variada e rica em nutrientes. Para ajudar os papais, vovôs, titios e cuidadores de plantão, a Tramontina apresenta sugestões que vão conquistar os bebês por meio de receitas que estão disponíveis no aplicativo do GURU, cooktop conectado da marca, que garante o preparo correto através do controle de tempo, peso e temperatura, além da condução passo a passo por meio de texto, voz e vídeo, auxiliando do início ao fim da receita;

- A importância dos primeiros mil dias de um bebê: Com a missão de gerar conhecimento e conscientização sobre a importância dos primeiros mil dias de um bebê, a Danone Nutricia, em parceria com a agência Loures, lançou o terceiro episódio da websérie ‘Primeiros Mil Dias do Bebê’.

Neste episódio de 6 minutos, a Danone Nutricia convidou a influenciadora Gabi Arandela para falar de assuntos relacionados às crianças de 4 a 8 meses de idade, como a evolução motora e introdução alimentar, entre outros desafios e oportunidades para garantir o pleno desenvolvimento do bebê Para ajudá-la neste processo, a websérie contou com a participação da nutricionista Renata Guirau, especializada em saúde da criança e do adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e a pediatra Flávia Oliveira, formada pela Universidade de Medicina ABC e com residência em pediatria e neonatologia na USP. O terceiro episódio da websérie ‘Primeiros Mil Dias’ está no site e canal no YouTube da Danone Nutricia. Outros episódios serão lançados nos dias 16/10 e 28/10;

Websérie ‘Primeiros Mil Dias’
Divulgação

- Cursos voltados aos cuidados dos bebês: Com o objetivo de fazer parte da vida das famílias, em forma de rede de apoio para todas as pessoas que estão envolvidas nos cuidados dos bebês, a NUK, marca alemã presente no mercado há mais de 60 anos, lança a plataforma NUK Care. Neste canal específico sobre o tema, que conta com cursos conduzidos por diversos médicos especialistas, haverá conteúdo de valor para auxiliar papais, mamães, cuidadores e toda a família nesta experiência desafiadora e surpreendente que é a parentalidade.

O primeiro curso disponível na plataforma tem como tema “Gestantes e os primeiros cuidados com o bebê”, desenvolvido em parceria com a Clínica Pediátrica Crescer. Ele abordará assuntos como a alimentação da gestante, exames e consultas pré-natal, preparação pré-parto, amamentação, os primeiros cuidados do pós-parto, os primeiros 1000 dias de vida dos bebês, rede de apoio, entre outros.

A dinâmica para acompanhar a plataforma de desenvolvimento, que apresenta um conteúdo robusto, funciona de forma simples, onde basta se cadastrar para ter acesso. O primeiro módulo, por exemplo, tratará da “Alimentação materna durante a gestação e amamentação: mitos e verdades”. Os demais auxiliarão os participantes a compreenderem mais sobre o pré-natal, esclarecimentos sobre o parto e dicas de amamentação. Já na segunda etapa, as aulas terão como temas a chegada do bebê em casa, depressão pós-parto, entre outros. Novas temporadas já estão em desenvolvimento. A plataforma NUK Care pode ser acessada de forma totalmente gratuita;

*PRISCILA CORREIA é jornalista, especializada no segmento materno-infantil. Entusiasta do empreendedorismo materno e da parentalidade positiva, é criadora do Aventuras Maternas, com conteúdo sobre educação infantil, responsabilidade social, saúde na infância, entre outros temas. Instagram:@aventurasmaternas