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Descubra qual é a melhor coleira para passear com seu cachorrinho

Alguns tipos de guias podem atrapalhar o passeio com seu cachorrinho

Marcela Barbieri Boro* - colunista da Revista AnaMaria Publicado em 06/08/2022, às 08h00

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Descubra qual é a melhor coleira para passear com seu cachorrinho - Pixabay/ToNic-Pics
Descubra qual é a melhor coleira para passear com seu cachorrinho - Pixabay/ToNic-Pics

A guia retrátil, aquela que estica e recolhe, é bastante usada pelos tutores com o objetivo de oferecer um passeio divertido e autônomo ao cão. A ideia é boa, porém ela gera limitações que podem prejudicar o passeio, como a perda da função de uma das mãos, já que a maioria delas faz com que o tutor precise passear com uma das mãos encaixada no dispositivo. Isso pode atrapalhar o passeio como um todo, principalmente para aqueles cães que precisam realizar algum treino para corrigir latidos, medos ou reatividade. 

Outra coisa é a segurança. Por ser uma guia muito fina, é mais fácil de arrebentar. Fora isso, ela é presa com um nó que, com o tempo, perde a estabilidade e pode facilmente ser desfeito. O problema é que, como fica dentro da caixinha da coleira, você não 'vê' a durabilidade desse nó. 

Mais uma questão: falta de habilidade do tutor. O dispositivo regula a guia com uma 'trava', que pode ser acionada quando o tutor não quer que o cachorro ande muito à frente. Pois é, várias vezes, ele não consegue acionar rapidamente a trava (ou ela acaba falhando), expondo o cachorro a um perigo iminente, como atravessar a rua ou se aproximar de algum cão agressivo. 

A quarta limitação: cães que não foram bem socializados e têm medo de passear. Esse tipo de guia não ajuda. Na hora de esticar e retrair a guia, normalmente, faz um barulho que assusta o animal. 

O que eu indico, então? A guia tradicional fixa de pelo menos 2 m e de uma boa marca. Com essa guia, é possível “ancorar” um dos lados no pulso e, assim, garantir maior proteção, além de ganhar a função da mão caso necessário. O mosquetão deve ter uma trava para ser acoplado ao peitoral e evitar fugas e acidentes. 

Mesmo assim, toda guia ou coleira é um instrumento passível de falha. O ideal é sempre treinar o animal para que ele não fuja de você se acontecer um imprevisto que ocasione a soltura. Para isso, procure por um adestrador que trabalhe com reforço positivo para ajudar a construir um passeio calmo e seguro com seu bichinho.

*Marcela Barbieri Boro - Zootecnista, médica veterinária e adestradora.