Será que todos os tipos de peeling para o rosto são perigosos? Ao contrário do procedimento com fenol, alguns são inofensivos à pele - conheça!
O caso do peeling de fenol, que resultou na morte de um homem de 27 anos no início de junho, foi um susto para todos os adeptos dos procedimentos estéticos para o rosto. Considerado um dos métodos mais agressivos, o tratamento é indicado para casos de envelhecimento severo da pele, mas não é o único tipo de peeling disponível no mercado.
Na tradução literal, o termo peeling vem do inglês, que significa "descascar" e essa é exatamente sua função: estimular a renovação das células da pele por meio da descamação. Os benefícios são vários e podem incluir a remoção de rugas finas, cicatrizes de acne, poros abertos, aumento na produção de colágeno e diminuir as manchas são causadas pelo sol e melasma.
Com os avanços atuais no universo da estética, temos diferentes tipos de peeling e são classificados entre duas categorias: a primeira vai de acordo com sua profundidade de ação, enquanto a segunda com o tipo de substância utilizada no procedimento, que depende da necessidade de cada paciente.
A dúvida quanto ao peeling vem justamente do nível de segurança que cada um possui. William Ortega, sócio e especialista da Academia da Face, e Kelly Pico, médica especialista em dermatologia estética explicam à AnaMaria como cada um é feito e quando são indicados.
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O sócio da Academia da Face explica que, para determinar qual o melhor tipo de peeling, é necessário passar por uma consulta com um profissional da área. "Pacientes que apenas querem fazer uma leve descamação anual para controle, vão fazer peelings físicos. Aqueles com necessidade de remoção de rugas, alta descamação e sulcos profundos, precisarão de peelings químicos", ele diz.
Mesmo feito da maneira correta, o peeling ainda não está livre de riscos. Cada um dos tipos de peeling apresenta consequências diferentes, mas os mais comuns são: efeito rebote, infecções e afinamento excessivo de pele.
"Aqueles com maior profundidade de ação podem ter riscos mais preocupantes, que podem causar problemas cardiotóxicos, hepatotóxicos e nefrotóxicos, no coração, rins e fígado", alerta William.
Também não é indicado, em nenhum grau, para pacientes com doença autoimune, gestantes ou lactantes e, em alguns peelings mais potentes, quem tem problema cardíaco, hepático ou renal também. "Fora isso, o peeling é indicado para todos que desejam uma renovação celular e uma pele bonita a longo prazo", o profissional destaca.
Para realizar qualquer um dos tipos de peeling, William afirma que os cuidados começam desde antes do procedimento por conta do efeito inflamatório atrelado a ele. Na semana anterior, ele diz que alguns dos pedidos são evitar o consumo de álcool e tabaco, manter uma alimentação saudável e tomar muita água.
No pós-operatório, os cuidados já são maiores e, em qualquer um dos tipos de peeling, a exposição ao sol, fontes excessivas de calor ou produtos químicos na pele devem ser evitados a todo custo. "Pedimos também que não passe nenhum produto homecare, a não ser um sabonete neutro", conta.
Alguns peelings mais agressivos, como o de fenol, exigem, além da camada protetora de filtro solar, o uso de barreiras físicas, como base, protetor solar com cor, boné, chapéu ou guarda-sol. "Toda vez que estiver exposto a qualquer fonte excessiva de calor ou à claridade e iluminação", finaliza o especialista.
Kelly adiciona que manter a pele bem hidratada ajuda na recuperação e melhora os resultados do peeling. "Seguir todas as orientações do profissional de saúde durante o período de recuperação, incluindo o uso de produtos recomendados e a realização de consultas de acompanhamento", ela conclui.
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