O modelo Bruno Krupp matou um adolescente por atropelamento no início de agosto
Da Redação Publicado em 27/08/2022, às 08h58
A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro contra Bruno Krupp foi aceita pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O modelo, que atropelou e matou um adolescente de 26 anos no início de agosto, tornou-se réu no caso.
Os pedidos da defesa de Krupp para relaxamento da prisão preventiva, decretada em 3 de agosto, também foram negados pelo magistrado, que argumentou a existência de indícios concretos da gravidade da situação.
“A gravidade concreta dos fatos, tal como imputados pelo MP, é acentuada. Até porque, há indícios de que o Acusado teria como hábito dirigir de forma perigosa. Quanto ao dia dos fatos, vale pontuar que, conforme depoimento do Sr. Roger Boing, o Acusado estaria trafegando a mais de 150 km/h em via pública”, iniciou a decisão.
“Assim, considerando que as condições subjetivas são um dos fatores legais para aferição da cautelar pertinente (art. 282, inciso II do CPP), considerando, ainda, que há suposta prática de outros delitos, de naturezas diferentes, tenho que a prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública, acautelando-se o meio social contra possível reiteração delitiva”, justificou a prisão preventiva do jovem de 25 anos.
O juiz ainda refutou as defesas do advogado de Krupp para o abrandamento da prisão, que alegaram que o estado de saúde dele havia piorado.
“Por fim, destaco que, conforme informado pela SEAP, quanto ao estado de saúde, o Acusado está 'melhor que no início da internação'. Assim, nada indica risco de vida que justifique a revogação da prisão. Por todos esses motivos, indefiro os pleitos libertários e mantenho a prisão preventiva”, finalizou.
Bruno, que não tem habilitação, pilotava uma moto sem identificação a 150 km/h na altura do Posto 3 da Barra da Tijuca, na capital carioca.
Os laudos realizados pela perícia apontam que Krupp não tentou frear a moto antes de atingir o adolescente, de acordo com reportagem do RJ1 exibida na última quarta-feira (24).
Os documentos contrariam a defesa do advogado do modelo, que afirmou que o acidente foi causado devido a uma pane no freio do veículo.
