Neymar Jr. voltou ao banco dos réus do país para prestar depoimentos sobre transferência em 2013
da Redação Publicado em 18/10/2022, às 11h53
Acusado do crime de corrupção empresarial, Neymar Jr. voltou à Espanha para prestar depoimentos sobre sua polêmica transferência do Santos para o Barcelona, em 2013.
Além do pagamento de 10 milhões de euros em multa, o Ministério Público espanhol também pede dois anos de prisão para o jogador, que se defendeu afirmando “assinar o que o pai pede”.
"Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede", disse Neymar durante o depoimento.
Neymar da Silva, o Neymar Pai, também prestou depoimento e confirmou a versão do filho. Segundo ele, o atleta não participava de negociações.
Além de Neymar, também são réus do processo os pais do atacante do PSG, Neymar da Silva e Nadine Gonçalves, o ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, os ex-presidentes do Barcelona, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, os dois clubes e a empresa N&N Consultoria, da família Neymar. A promotoria pede 5 anos de prisão para Sandro Rosell, presidente do clube espanhol na época.
O jogador e as outras oito partes são acusados de fraude e corrupção pela empresa DIS, detentora de 40% do passe de Neymar Jr no período. Para a DIS, o custo real da transação entre Santos e Barcelona sobre a transferência do atacante chegou a 82 milhões de euros. Na época, o Barcelona oficializou em um primeiro momento que Neymar custou 57,1 milhões de euros aos cofres do clube, sendo 40mi para a família e 17,1mi para o clube brasileiro.
A empresa que adquiriu parte dos direitos econômicos do atleta considera que foi duplamente prejudicada, já que, além de não ter recebido sua parte na transferência, também foi lesada com um possível contrato de exclusividade assinado entre Barcelona e Neymar, impedindo que outros clubes dispustassem a contratação do atacante.
Neymar Pai nega o contrato de exclusividade. Para o empresário do astro, se tratava de um contrato de prioridade, não de exclusividade. “Não teve uma compra. Foi um acordo de prioridade para que, se o Neymar saísse livre em 2014, sem multa no contrato, ele poderia assinar como agente livre”, afirmou.
O julgamento está previsto para ocorrer entre hoje e o próximo dia 31.
