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Pets / QUATRO PATAS

Ansiedade Canina: é possível aliviar os sintomas do estresse em nossos pets?

Conheça os sinais que indicam ansiedade canina e saiba como reduzir o estresse de seu amigo de quatro patas

Quais sinais indicam ansiedade canina e como reduzir o estresse de seu amigo - Ryan Stone│Unsplash
Quais sinais indicam ansiedade canina e como reduzir o estresse de seu amigo - Ryan Stone│Unsplash

Não são apenas seres humanos que desenvolvem ansiedade. Os pets, que ocupam um espaço cada vez mais presente nas famílias, também podem sofrer com esse transtorno. Alguns traços no comportamento dos nossos amigos peludos indicam que eles podem estar passando por momentos difíceis. 

Durante o lockdown causado pela pandemia de Covid-19, os tutores passaram a ficar mais tempo em casa ao lado dos pets. A mudança na rotina familiar afetou a saúde emocional desses animais, agravando os casos de ansiedade de separação.

Comportamento agitado, agressividade, mudança nos hábitos alimentares, destruição de objetos: esses sinais podem indicar ansiedade canina — ou felina. No entanto, com a correria do dia a dia, podemos não perceber algum aspecto que indique que nossos pets estão com algum desconforto. 

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade em nossos pets, entre eles, a falta de socialização, separação prolongada dos donos, experiências traumáticas passadas e até mesmo predisposição genética.

Ansiedade Canina

AnaMaria conversou com o especialista em comportamento animal Wagner Brandão, que trouxe dicas de como aliviar a ansiedade canina e os sintomas do estresse. 

COMO IDENTIFICAR A ANSIEDADE CANINA? 

Em um passado não muito distante, os tutores acreditavam que seus pets precisavam apenas de alimentação, água, proteção e um ambiente limpo. Hoje em dia, conforme os animais ganham espaço na configuração familiar, quem tem cachorro ou gato em casa reconhece que os cuidados vão além do básico. 

Brandão ressalta que se negligenciada, a ansiedade pode ter sequelas a longo prazo. “Os animais precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, traumas psicológicos e síndromes comportamentais. Se prolongada, a ansiedade pode causar outras doenças. Por isso é primordial o olhar atento do tutor e um diagnóstico precoce.”

Além dos sinais observados no comportamento, outros sintomas podem indicar que o peludo está em sofrimento, como a respiração acelerada, o aumento na queda de pelos, problemas dermatológicos não identificados clinicamente, pressão alta, diabete e automutilação — como lesionar com lambedura excessivas partes do próprio corpo, como patas e rabo.

E OS GATOS? 

A ansiedade de separação acontece tanto em cães, quanto em gatos, e os sintomas são bem parecidos. Ambos sofrem e fazem um verdadeiro caos em casa quando estão em um estado de estresse muito elevado.

A diferença está no alvo onde os animais descarregam a ansiedade. Os cachorros destroem batentes de portas, rodapés, sapatos, roupas do varal etc. Já os felinos, derrubam enfeites das estantes, arranham móveis, destroem cortinas, persianas, viram objetos e abrem armários. 

No caso dos gatos, a dica é investir em enriquecimento ambiental. Em espaços pequenos, instale prateleiras onde os bichanos possam subir e ter uma ‘rota de fuga’ vertical, caso se sintam inseguros ou acuados. Os gatos também gostam de tocas e camas fechadas.

ansiedade-canina

Vale destacar, que ao contrário da crença popular de que os felinos domésticos precisam explorar a rua, os gatos não devem passear pelos telhados da vizinhança. Fora de casa eles ficam expostos a perigos que não estão acostumados na segurança de seus lares, como doenças, brigas com outros animais, atropelamento e envenenamento.  

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COMO ALIVIAR OS SINTOMAS DA ANSIEDADE CANINA?

Em primeiro lugar, é indispensável conhecer o seu cãozinho! Isso porque aquilo que pode acalmar ou estimular um animal, pode não ter o mesmo efeito em outro. Assim como os seres humanos, os pets têm personalidades e necessidades individuais.    

“O tutor deve compreender as particularidades do seu pet, adaptar o ambiente, a rotina e as interações para melhor atender às necessidades físicas e emocionais dele. Mas no geral,  as atividades estimulam, e podem fazer uma grande diferença no bem-estar emocional do animal e fortalecer o vínculo entre tutor e pet”, explica o especialista. 

Confira a seguir as dicas de Wagner para amenizar os sintomas da ansiedade canina:

Ambiente seguro e tranquilo

Imagine o seguinte cenário: você está com visitas na sala, depois de um dia exaustivo no trabalho, e daria tudo para estar na cama relaxando. Com os pets não é diferente. Assim como nós, eles precisam de um lugar tranquilo caso se sintam sobrecarregados. Garanta que seu pet tenha uma cama confortável em um local tranquilo da casa.

Mantenha a rotina

Os animais de estimação precisam de rotina e previsibilidade. Manter horários regulares para alimentação, passeios e brincadeiras pode ajudar a trazer uma sensação de mais segurança e estabilidade para o pet. 

Esconde-esconde

Para manter a saúde emocional e física do pet, é fundamental que ele se exercite. O enriquecimento ambiental fará com que ele gaste energia de maneira pontual. Espalhe petiscos ou brinquedos pela casa e encoraje o animal de estimação a procurá-los.

Esse tipo de atividade estimula a mente do animal e também proporciona uma sensação de realização que pode ajudar a reduzir a ansiedade canina e felina. 

Passeios regulares

Os passeios devem fazer parte da rotina de todos os cachorros. “Além do exercício físico, o passeio é benéfico para socialização e estimulação mental do pet. A interação com humanos e outros animais durante os passeios vai satisfazer suas necessidades sociais e reduzir o estresse relacionado ao isolamento”.

Ansiedade Canina

Sessões de massagem

O especialista destaca a importância de tirar alguns minutos do dia para acariciar gentilmente seu amigo de quatro patas. Fazer carinho no pet vai estreitar os laços entre tutor e animal e também deixar o cãozinho — ou gatinho — mais relaxado.

Treinamento de obediência básica

Pratique treinamentos básicos: ‘senta’, ‘fica’ e ‘vem’. Esses comandos podem ajudar a fornecer estrutura e segurança ao seu animal de estimação. Além disso, eles estimulam a mente do cachorro, reduzindo assim os sentimentos de ansiedade.

Conte com um profissional!

Por fim, existem situações que pedem um reforço, como em casos de agressividade severa. Nesses casos, a ajuda profissional em comportamento animal, com um adestrador de confiança, é essencial para que o pet alcance uma qualidade de vida melhor e mais saudável. 

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