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Anestesista que estuprou paciente no parto passa hoje pela primeira audiência de seu julgamento

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra está preso e isolado no Complexo Penitenciário de Gericinó

Da Redação Publicado em 12/12/2022, às 13h21

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Começa hoje processo do médico anestesista que estuprou paciente em trabalho de parto - Reprodução Fantástico
Começa hoje processo do médico anestesista que estuprou paciente em trabalho de parto - Reprodução Fantástico

A fase de audiências do julgamento do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, se iniciou nesta segunda-feira (12). O homem de 31 anos foi preso em flagrante há cinco meses, após ter sido filmado sem saber enquanto estuprava uma paciente sedada durante o trabalho de parto. 

O processo pode durar cerca de 60 dias, e os primeiros a serem ouvidos serão a vítima e o marido. Depois disso, será a vez das oito testemunhas de acusação, seguidas das oito testemunhas de defesa. O acusado será o último a se pronunciar, o que será feito em videoconferência por questões de segurança. 

O CRIME

O crime aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Stuart, na Baixada Fluminense. O flagrante foi montado quando funcionários da unidade de saúde observaram as atividades suspeitas de Giovanni e esconderam um celular filmando um de seus atendimentos na sala de parto. 

Segundo a polícia, o vídeo de 1h e 36 minutos entregue à perícia mostra que o momento do estupro durou 10 minutos, que o anestesista aplicou sete vezes os sedativos na vítima e também obstruiu as vias aéreas da paciente. As provas levaram o Ministério Público a denunciar Quintella por estupro de vulnerável, e a Polícia Civil a investigar mais 40 possíveis casos de outras pacientes do médico

Após o indiciamento, Giovanni aguardou o julgamento preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo Bangu, em uma cela individual reservada a encarcerados com ensino superior. Outro motivo do isolamento foram as ameaças recebidas pela natureza do crime de Quintella. A defesa emitiu inúmeros pedidos para o acusado responder em liberdade e fazer testes psicológicos, que foram negados pela Justiça. 

Em entrevista ao Fantástico, a vítima falou sobre o pesadelo que se tornou o que deveria ter sido um dos dias mais importantes de sua vida e de seu bebê. “Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital. Escondida. Com vergonha. O que eu quero é que ele não possa mais tocar em mulher nenhuma dessa forma.”