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Últimas Notícias / Hino da vacina

MC Fioti grava novo vídeo de ‘'Bum Bum Tam Tam'’ na sede do Instituto Butantan

"É o funk unido à medicina", disse o funkeiro, dono do hit conhecido como ‘hino da vacina’

Da Redação Publicado em 15/01/2021, às 17h19 - Atualizado às 17h25

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MC Fioti - Instagram/@mcfioti
MC Fioti - Instagram/@mcfioti

O funkeiro MC Fioti gravou, nesta sexta-feira (15), uma nova versão do sucesso ‘Bum Bum Tam Tam’, nos corredores da sede do Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo. Os detalhes foram revelados em entrevista por videoconferência à BBC News Brasil.

A letra foi atualizada para a nova gravação: "A vacina envolvente que mexe com a mente / de quem tá presente. A vacina saliente / vai curar muita vida e salvar muita gente. Vem cá vacina, tam / Vem cá vacina tam tam tam".

No vídeo original, o MC está em uma espécie de hárem. Lá, surge um gênio da lâmpada, que o concede desejos. Agora, o contexto dos pedidos também mudou: "Na nova versão, o gênio dá três desejos: a gente vai pedir paz e saúde para a população e a cura para o coronavírus", revelou Fioti.

HIT
Lançado em 2017, o vídeo clipe da música está entre os 30 vídeos mais vistos no YouTube mundial, com 1,5 bilhão de visualizações. Desde a época, o nome da música fez com que ela fosse relacionada ao bairro e estação de metrô Butantã, região que abriga o Instituto.

Com o avanço nos testes da CoronaVac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac que está sendo desenvolvida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, a música voltou com tudo, especialmente por meio de memes na internet. A procura da canção teve um salto de 284% na plataforma de streaming Spotify.

"O nosso funk está se agregando à medicina e isso nunca aconteceu na história", diz o músico. 

"Fico muito feliz porque de alguma forma estou podendo ajudar através da música, com alegria, e incentivando as pessoas a tomar a vacina. Tem muita gente aqui no Brasil que fica em cima do muro, que não quer tomar a vacina e tal", completou.


Divulgação


INSPIRAÇÕES E O FUNK NO BRASIL
A flauta que conduz a música é um trecho alterado da ‘Partita em Lá menor para flauta solo’, composta pelo alemão Johann Sebastian Bach."Escuto muitos estilos de música para ter ideias e samplear. Foi através do (rapper norte-americano) Dr. Dre que conheci o Bach. Ele já sampleou Sebastian Bach”, começou o artista.

“Eu falei: caramba, quem é Sebastian Bach? Peguei o nome dele e pesquisei no YouTube e comecei a ver as partituras. E foi aí que achei a de 'Lá menor'. Achei a flauta, tive a ideia, baixei o arquivo, sampleei e criei a letra. Foi de momento. E essa flauta mudou minha vida”, relembrou.

E a mudança foi grande. Fioti, que nasceu em Itapecerica da Serra e foi criado nos arredores do Capão Redondo, pôde se apresentar em 14 países europeus. 

“Eu vim da periferia. Minha mãe cuidou de mim e dos meus irmãos sozinha. Ela sempre trabalhou de empregada doméstica, sempre sofreu. Também sofria agressão doméstica pelo pai dos meus irmãos. Então eu consegui mudar a história da minha mãe e da minha família", declarou, também à BBC News Brasil.

O funkeiro também deu um recado para os críticos do funk. "Muitas vezes as pessoas não conhecem a história, não convivem com o estilo e querem falar pelo passado. Eu peço que parem de criticar, porque mudou a nossa vida e está mudando muitas vidas de jovens na periferia. Quantas pessoas trabalham com o funk hoje e levam o alimento para dentro de casa? Isso é errado? Isso salva vidas, tira do crime, tira moleque da rua", disse.