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Para Jair Bolsonaro, decisão de Moraes bloquear o Telegram é 'inadmissível'

Presidente Jair Bolsonaro tem mais de 1 milhão de seguidores no Telegram, sendo diretamente prejudicado

Da Redação Publicado em 19/03/2022, às 11h37

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Jair Bolsonaro criticou decisão de bloquear Telegram. - Instagram/@jairmessiasbolsonaro
Jair Bolsonaro criticou decisão de bloquear Telegram. - Instagram/@jairmessiasbolsonaro

Jair Bolsonaro (PL) chamou de "inadmissível" a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender de forma "completa e integral" o aplicativo Telegram no Brasil. Para o atual Presidente da República, o despacho do magistrado pode até mesmo provocar mortes.

De acordo com o jornal “O Estado de S.Paulo”, ele ressaltou que a “decisão monocrática” do ministro pode ter consequências, durante um encontro estadual de pastores e líderes da "Fé e Cidadania" das Assembleias de Deus, em Rio Branco (AC), na última sexta-feira (18).

“É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que, na cabeça dele, deveriam ser banidas do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo causar óbitos pela falta do contato paciente-médico", alegou.

Na visão do político, a liberdade é o que está em jogo no país. "Um bem maior que a nossa própria vida porque um homem e uma mulher sem liberdade não têm vida", ressaltou.

Na decisão, o ministro determinou que as operadoras de telefonia realizem o corte no funcionamento da plataforma. Em caso de descumprimento será aplicada multa diária de R$ 100 mil.

PRINCIPAL ALVO

Apesar das reclamações, a decisão de Alexandre de Moraes atinge diretamente Bolsonaro e seus apoiadores, por conta do canal com 1.086 milhão de seguidores que ele tem no aplicativo. Sem contar os perfis administrados por seus filhos, o senador Flávio (PL-RJ), o deputado Eduardo (União Brasil-SP) e o vereador Carlos (Republicanos-RJ).

A decisão do ministro foi justificada com base no descumprimento de medidas judiciais anteriores, que exigiam ações como o bloqueio de perfis ligados ao blogueiro bolsonarista Allan do Santos, assim como a suspensão da monetização de conteúdos produzidos por essas contas.

Em fevereiro, Moraes havia determinado que o aplicativo de mensagens fizesse o bloqueio de perfis acusados de disseminar desinformação, no entanto, o STF não conseguiu intimar a representação no Brasil da empresa responsável pelo aplicativo.

Em outra frente, no início do mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também tenta localizar os representantes da empresa, por meio do escritório de advocacia no Brasil. Um ofício foi endereçado ao diretor-executivo do serviço de mensagens, Pavel Durov.