Relógio era do século 17 e foi presente da corte francesa a Dom João VI
Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil - Brasília Publicado em 23/01/2023, às 21h55 - Atualizado em 24/01/2023, às 10h16
A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (23), Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, que invadiu o Palácio do Planalto e destruiu um relógio do século 17 em 8 de janeiro. Feito pelo francês Balthazar Martinot, o relógio foi dado de presente ao imperador Dom João VI pela corte francesa em 1808.
O homem foi filmado durante os atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. Ferreira foi preso em Uberlândia, Minas Gerais, e será encaminhado ao sistema prisional da cidade mineira. Ele mora em Catalão, cidade distante 260 quilômetros de Goiânia (GO).
A corporação investiga os atos, considerados crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As ações do homem foram flagradas por imagens do circuito interno do Planalto. Na ocasião, ele vestia uma camiseta preta estampada com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O homem surgiu quebrando e jogando ao chão o relógio Balthazar Martinot. Além disso, o acusado retirou os ponteiros e uma estátua de Netuno, que era fixada à obra de arte. A ação, gravada pelas câmeras de segurança, foi exibida pelo 'Fantástico', da TV Globo.
Matéria alterada às 21h08 para correção de informação no terceiro parágrafo. O preso permanecerá em Uberlândia.