Patrocinadores da La Liga manifestaram apoio ao jogador brasileiro
Da redação Publicado em 23/05/2023, às 10h45
A Polícia da Espanha prendeu sete torcedores suspeitos de racismo contra o jogador brasileiro Vini Jr. nesta terça-feira (23). Três deles teriam ofendido o atleta durante a partida contra o Valencia, no último domingo (21), e outros quatro teriam pendurado um boneco do jogador em uma ponte de Madri em janeiro.
"A polícia prendeu três jovens hoje em Valência pelo comportamento racista ocorrido no domingo passado na partida entre Valencia CF e Real Madrid", informou a Polícia Nacional.
Na partida em questão, Vini reclamou de ter sido chamado de 'macaco' diversas vezes. Com as denuncias do jogador e do Real Madrid - time em que atua -, a Procuradoria abriu uma investigação por 'crime de ódio'. A categoria inclui crimes de racismo na Espanha.
Esta não foi a primeira vez que o craque brasileiro foi alvo de racismo. Desde que chegou à Espanha, em 2018, ele já enfrentou ao menos dez casos similares.
Os outros quatro detidos são suspeitos de terem pendurado um boneco com o uniforme do brasileiro em uma ponte de Madri no final de janeiro deste ano, simulando um enforcamento. Eles também foram presos pelo 'crime de ódio'.
Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno", afirma a nota da polícia. Eles foram "identificados durante partidas consideradas de alto risco dentro dos dispositivos de prevenção de violência no esporte, foram os supostos autores" do ataque.
Dois partrocinadores do Valencia e da LaLiga manifestaram apoio a Vini Jr. depois dos ataques sofridos no jogo do último domingo (21).
"Na Puma, não toleramos o racismo, condenamos a discriminação de qualquer forma e nos solidarizamos com Vinicius Junior e toda a comunidade do futebol", disse a marca em comunicado à agência Reuters.
O banco espanhol Santander - principal patrocinador da LaLiga - também declarou apoio ao jogador. "O Santander repudia veementemente qualquer manifestação preconceituosa ou racista”, disse em nota.
Ambos, no entanto, não mencionaram manutenção ou retirada do patrocínio do Valencia ou da LaLiga.
