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Vacina não foi causa da parada cardíaca em criança, diz governo de SP

Segundo o estado, não há relação entre vacina e quadro clínico

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo Publicado em 20/01/2022, às 16h40

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Vacina não causa paradas cardíacas - José Cruz/Agência Brasil
Vacina não causa paradas cardíacas - José Cruz/Agência Brasil

O governo do estado de São Paulo informou na tarde de hoje (20) que o Centro de Vigilância Epidemiológica concluiu não haver relação entre a vacinação contra a covid-19 e a parada cardíaca que sofreu uma criança de 10 anos após ser imunizada na cidade de Lençóis Paulista (SP).

De acordo com o governo, a análise realizada por mais de dez especialistas apontou que a criança tem uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico.

“O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde informa que concluiu nesta quinta-feira (20) a investigação que descartou o evento adverso pós-vacinação na criança de dez anos do município de Lençóis Paulista. Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado”, diz a nota do governo.

A Secretaria de Estado da Saúde reforçou a importância da vacinação e reafirmou que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguros e eficazes.

Ontem, a prefeitura municipal de Lençóis Paulista (SP) divulgou nota oficial no início da noite informando que havia suspendido por sete dias a vacinação infantil em razão de a criança de dez anos ter sofrido uma parada cardíaca 12 horas após ser vacinada contra a covid-19 na cidade. Segundo a família, a criança está estável e consciente.

Em decisão unânime, a Anvisa aprovou a aplicação da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos. O anúncio aconteceu nesta quinta-feira (20).

O intervalo das doses nas crianças será de 28 dias, mesmo tempo dos adultos. Inclusive, o imunizante, produzido pelo Instituto Butantã em São Paulo em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, terá a mesma formulação da vacina aplicada nos adultos, sem alterações. A outra vacina liberada para o público infantil, a Pfizer, tem uma adaptação pediátrica, e a aplicação já começou.

O Butantã, inicialmente, pediu permissão para aplicação em crianças de 3 a 11 anos, mas, até que se tenham mais estudos, a Anvisa permitiu a vacinação com o imunizante a partir de 6 anos. Mais de 10 estudos foram entregues à Agência de Vigilância Sanitária até a aprovação da Coronavac.

Vale destacar que, ao redor do mundo, a Coronavac já está sendo aplicada nos pequenos. O Camboja, iniciou esse processo em dezembro, Chile, aprovou em setembro de 2021 a aplicação a partir de 3 anos, China, já iniciou a vacinação das crianças, assim como a Colômbia e a Indonésia.

O perfil oficial do Instituto Butantã, no Instagram, compartilhou as boas novas. "Vai ter Coronavac para as crianças, Brasil!", escreveram na legenda. Confira:

INTERNAÇÕES DE CRIANÇAS

O número de hospitalizações de crianças e adolescentes subiu 61% em São Paulo. O governador, João Dória, anunciou o fato em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (19).

Nos últimos dois meses, a quantidade de menores de 18 anos internados na UTI no estado saltou de 109, em novembro de 2021, para 171, em janeiro deste ano.

A média móvel de menores de 18 anos também cresceu em 49%. A média foi de 113, em 15 de novembro, para 169 na última segunda-feira (17).