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Lula critica postura de militares após pedidos de golpe: "Nenhum general se moveu"

Silêncio de militares sobre manifestações incomodou o presidente Lula

Lula discursou durante seu encontro com os governadores. - Ricardo Stuckert
Lula discursou durante seu encontro com os governadores. - Ricardo Stuckert

Em encontro com os 27 governadores do país no final da última segunda-feira (9), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou e criticou a postura adotada pelos militares durante as manifestações golpistas, no último domingo (8).

De acordo com Lula, o silêncio dos comandantes das Forças Armadas durante os atos deu a entender haverem apoiadores do golpe entre os militares. “E não foi feito nada por nenhum quartel. Nenhum general se moveu para dizer: ‘Não pode acontecer isso, é proibido pedir isso, não vamos fazer isso’. Parece que tinha gente que gostava de quando o povo estava pedindo golpe'', disse.

O petista também relembrou do ataque sofrido por parte de apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, no dia de sua diplomação, ainda em dezembro.

"A impressão que tenho é que o Exército em São Paulo ficou meses com as pessoas gritando. E lá tinha banheiro químico, tinha barraca, tinha almoço, tinha churrasco, como aqui em Brasília. Olha que nós não fizemos nada. Até que eles fizeram”, relembrou.

Lula ainda afirmou que as investigações vão descobrir quem foram os responsáveis por financiar as manifestações golpistas do último domingo (8). Segundo o presidente, a maioria dos votantes de Bolsonaro não concorda com os atos praticados pela minoria, que ele classifica como “vândalos e bandidos”.

MEMÓRIAS DA DITADURA

Ainda no encontro com os governadores, Lula relembrou os horrores da ditadura e se mostrou indignado com os pedidos da volta do modelo de governo autoritário.

''Nós sabemos que já teve gente que foi presa e torturada, outros que morreram na cadeia, porque ousaram falar em derrubar o governo. Todo mundo aqui sabe quanta gente foi torturada por não concordar com o regime militar. Agora as pessoas estão livremente reivindicando golpe na frente dos quartéis”, lamentou o presidente.