Não devemos nos conformar com rótulos, sejam eles positivos ou negativos - Banco de Imagem/Getty Images
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Conselho de Amiga: não acredite em tudo que falam de você

Se pendurar na interpretação de terceiros faz a corda da autoestima ficar frágil

Da Redação Publicado em 24/12/2019, às 18h00

Bonito, companheiro, charmoso e discreto. Fofoqueiro, maldoso, invejoso. Passamos a vida agradando e desagradando. Somos muitos em um, depende de quem nos enxerga, depende do momento

Às vezes, o mérito de ser amado ou odiado é nosso. Às vezes é apenas um palpite de quem só vê a superfície. Em tempos de excesso de exposição nas redes sociais, chovem elogios reconfortantes (nem sempre sinceros) na timeline. 

Amigos, gentis, solidários. Formamos um casal lindo com nossos partners. Será? Talvez a gente se contente com essas marcas registradas – e mal atribuídas – para sair por aí, desfilando uma boniteza fake, como quem usa uma roupa de grife emprestada: se sente tão bem naquela fantasia de pessoa admirável, que se esquece de praticar os atos que fariam jus ao título. 

Interpreta como verdade e fecha questão. E não pensa em resolver as olheiras com noites bem dormidas porque o filtro do celular corrige o problema e porque, afinal, você não é aquela do espelho, mas a da foto escolhida para a capa da sua conta no Instagram. 

Um ato solitário em prol de uma instituição filantrópica, amplificado no Facebook, não a transforma em Irmã Dulce da noite para o dia, por mais que seus seguidores, justificadamente, a parabenizem. 

Sua generosidade deve, sim, ser propagada – até para viralizar e inspirar outros – como consequência e não como principal razão de seu altruísmo. Podemos trabalhar para ser o que gostaríamos e esse é o caminho mais reto para um encontro saudável consigo mesmo. 

Em contrapartida, se pendurar na interpretação de terceiros faz a corda da autoestima ficar frágil, podendo ruir a qualquer momento. Não devemos nos conformar com rótulos, sejam eles positivos ou negativos. 

E isso vale também para quem tem fama de mau: somos capazes de varrer de dentro de nós o perverso e o egoísta, mesmo quando esses títulos se tornaram pseudônimos. Porque é a vontade de reinvenção que deve nos mover. Nunca somos. Sempre estaremos.

WAL REIS é jornalista e profissional de comunicação corporativa. Escreve sobre comportamento e coisas da vida: www.walreisemoutraspalavras.com.br/blog/

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