Quando a intenção é boa, o ato de dar as mãos promove troca de energia - Banco de Imagem/Pixabay
COLUNA SINTA & LIGA

De mãos atadas: a tradução da linguagem mágica de nossos corpos e almas na ponta dos dedos

Mãos dadas são laços humanos, a verdadeira representação de que você não termina ali, na extremidade de suas digitais, mas continua no outro.

Wal Reis Publicado em 09/06/2020, às 08h20 - Atualizado em 25/06/2020, às 23h14

Dar as mãos – ritual não recomendado aleatoriamente durante a pandemia – é um dos gestos humanos mais simbólicos para materializar conexão. Mais do que beijos e abraços, do que olhares e carinhos diversos, as mãos dadas provam que fazemos parte, que continuamos no outro, formando um elo que lembra o símbolo do infinito. 

Mãos dadas não funcionam apenas para conduzir, ajudar a levantar ou prevenir quedas, apesar de trabalharem muito bem nessas funções. Quando a intenção é boa promovem troca de energia, uma verdadeira ligação direta de positividade. Atadas, evidenciam vínculos e nos mantêm ao lado, seguindo na mesma passada e na mesma direção, gerando retroalimentação, como em um moto-contínuo.

Damos as mãos com o objetivo de firmar acordos, parabenizar por feitos, demonstrar união, aquela que faz a força. É como se as mãos praticassem uma espécie de comunicação própria: em cumprimentos, por exemplo, temos as pegadas firmes e aquelas com falta de intensidade, passando pela mão que permanece estendida e humilhada ao não encontrar reciprocidade na saudação proposta. 

AMOR FEITO À MÃO
Para os casais, dedos entrelaçados em público guardam um simbolismo quase inocente, deixando claro o orgulho de pertencer a alguém por livre e espontânea vontade. Não por acaso, em um antigamente do qual a gente só ouve falar, era a mão a solicitada na formalização do pedido de casamento. 

Mãos são as primeiras que se encontram em um romance, daqueles que começam sem pressa, com tempo para tatear em busca do encaixe perfeito. Entre amores secretos não são menos necessárias: têm urgência de protagonismo, mas se conformam com esconderijos embaixo de mesas e cobertores. E são as primeiras a serem esquecidas quando o amor desanda.

O bonito da mão dada é que ela depende da outra para formar corrente, pois quando uma das duas afrouxa, a amarração vai desfazendo e ninguém consegue ir muito adiante segurando aquela mão que não faz mais questão de se manter enlaçada. Porque mão dada não é nó: desprende, prende de novo ou até solta de vez. Contudo, há quem não entenda esses sinais e, na ânsia de ter o que não pertence, faz os dedos virarem garras e aprisiona pelo pulso. Mas aí já deixou de ser laço, virou algema e perdeu toda a magia.

WAL REIS é jornalista, profissional de comunicação corporativa e escreve sobre comportamento e coisas da vida. Blog: www.walreisemoutraspalavras.com.br
 

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