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Você sabe o que Yasmin Brunet e Fernanda Paes Leme têm em comum?

Especialistas explicam a síndrome do Intestino Irritável e elencam dicas valiosas para prevenir o quadro

Renata Rode, colunista de Ana Maria Digital Publicado em 06/03/2024, às 15h49

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Famosas já noticiaram sofrimento com síndrome mais comum do que se imagina - Reprodução / Instagram
Famosas já noticiaram sofrimento com síndrome mais comum do que se imagina - Reprodução / Instagram

Famosas como Yasmin Brunet e Fernanda Paes Leme já revelaram que sofrem da Síndrome do Intestino Irritável, distúrbio que acomete o estômago e os intestinos. “Trata-se de uma alteração do intestino na qual o mesmo se comporta com extremos oscilando entre prisão de ventre e diarreia, por exemplo. Esse cenário está principalmente relacionado ao estresse e a má alimentação”, explica o Dr. Adiney Ferreira Esteves, gastro colo-proctologista e coordenador da GastroD’OR Hospital Assunção de São Bernardo do Campo, na grande São Paulo.  O diagnóstico é feito por exclusão sendo que primeiro se descartam todas as outras causas através de uma breve entrevista com o paciente. “É algo comum no consultório, e tem aumentado bastante com as mudanças negativas nos hábitos de vida. Os sintomas variam entre dor abdominal, diarreia, intestino preso e vontade de ir no banheiro, sem evacuar”, detalha um dos especialistas ouvidos com exclusividade por Ana Maria.

Para o médico integrativo Dr. Enrique Lora, o intestino é ótimo termômetro para saber como está nosso organismo. “Ir ao banheiro é uma necessidade fisiológica diária, por isso, é preciso observar essa prática no nosso dia a dia. De maneira prática, alguns sinais de que esse funcionamento não está correto acontecem quando a pessoa vai ao banheiro dia sim, dia não, ou exageradamente e de forma lúdica como um cabrito. Ainda, a evacuação também precisa acontecer de forma rápida, sem a necessidade de muito tempo para isso”.

A nutricionista Karol Soares lembra que muitos desses problemas vêm da infância, quando é dito para a criança que ela não pode “fazer cocô” em determinados lugares. “Muitos dos meus pacientes relatam dificuldades que os acompanham desde pequenos. Então, a pessoa cresce com o intestino preso por conta desse controle colocado pelos pais e isso acaba se estendendo para outros setores e idades. Por exemplo, atendo casos em que a pessoa viaja e não faz número dois porque está com outras companhias por perto. O fato de compartilhar o banheiro pode ser um pesadelo para alguns e isso chega a ser um tabu, se transformando em um problema. O certo é, sentiu vontade, vá ao banheiro, onde der”, ressalta.

Lora explica que o contrário também está errado. “Ir ao banheiro três vezes ao dia também não é saudável porque isso indica que os alimentos não estão tendo a absorção que eles deveriam, ou seja, estão entrando e estão saindo”. O médico enfatiza a necessidade de observar e tratar o que está havendo, “já que tudo decorre de uma inflamação que o organismo está passando, seja por falta de T3, por falta de fibras, enfim, uma série de fatores”.

Para a nutri, a chave está em investir em um bom acompanhamento alimentar tendo em vista que proibições muito restritivas podem não levar ao quadro mais desejado e podem inclusive, gerar ainda mais ansiedade por parte do paciente. "A orientação ali in loco é essencial para que juntos possamos traçar um planejamento eficaz e de resultado, tranquilizando também o paciente, o que faz com que ele mantenha novos e bons hábitos por mais tempo".

De acordo com o gastro, nos casos mais intensos o tratamento é realizado com probióticos (reposição da flora intestinal) e medicamentos que inibem essa resposta “exacerbada” do intestino. Adiney reforça que é muito importante buscar um médico: “Pois devemos descartar outras doenças, tal como Doença de Crohn, câncer de intestino e outras, para, de uma maneira mais assertiva, fechar o diagnóstico. É claro que é preciso avaliar cada queixa com todo cuidado do mundo e é possível sim, por meio da conduta dos profissionais de saúde e do paciente, fazer com que a gente chegue em um denominador comum benéfico para todas as partes”, finaliza.

*RENATA RODE é escritora nata, desde os 11 anos (idade em que escreveu seu primeiro livro). Repórter, jornalista formada e curiosa, é também autora de livros sobre comportamento e ghost writer. Já foi repórter de celebridades na Record TV, colunista especial do UOL e aqui, na Revista AnaMaria vai falar sobre assuntos pertinentes ao Universo Feminino, sempre com um toque de irreverência. Instagram: @renata.escritora