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Caso Faustão: após cirurgia de transplante de rim pode ser necessário fazer hemodiálise?

O apresentador passou por uma cirurgia de transplante de rim e despertou dúvidas sobre o procedimento; saiba quando a hemodiálise é necessária

Marina Borges

por Marina Borges

mborges_colab@caras.com.br

Publicado em 27/06/2024, às 09h00

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Faustão passou por cirurgia de transplante de rim - Reprodução/Redes sociais
Faustão passou por cirurgia de transplante de rim - Reprodução/Redes sociais

No fim de fevereiro, Fausto Silva, popularmente conhecido como Faustão, passou por um transplante de rim, e a notícia gerou uma onda de curiosidade e preocupação entre seus fãs. Uma das perguntas mais frequentes é: após uma cirurgia detransplante de rim, pode ser necessário fazer hemodiálise? Esse tipo de procedimento é complexo e oferece uma nova chance de vida para pacientes com insuficiência renal crônica, mas a recuperação e os cuidados pós-operatórios são cruciais.

Para entender se a hemodiálise, uma terapia de substituição renal, pode ser necessária em alguns casos após o transplante, AnaMaria explora as principais informações acerca da cirurgia detransplante de rim, como os cuidados necessários após a cirurgia e as circunstâncias que podem levar à necessidade de hemodiálise, oferecendo uma visão sobre o que pacientes como Faustão podem enfrentar em seu caminho para a recuperação. Confira a seguir.

Após cirurgia de transplante de rim pode ser necessário fazer hemodiálise?

cirurgia de transplante de rim
Após um transplante de rim, pode ser necessário fazer hemodiálise - Foto: Freepik/pch.vector

Após uma cirurgia detransplante de rim, pode ser necessário fazer hemodiálise, embora isso não seja sempre o caso. O objetivo principal do procedimento é substituir a função renal de um paciente com insuficiência renal crônica, eliminando a necessidade de hemodiálise a longo prazo. No entanto, existem algumas situações em que a hemodiálise pode ser necessária após o transplante. Veja quais são elas:

1. Atraso na função do enxerto (DGF - Delayed Graft Function):

  • Após a cirurgia de transplante de rim, o novo órgão pode não começar a funcionar imediatamente. Este atraso é conhecido como Delayed Graft Function (DGF). Durante esse período, o paciente pode precisar de hemodiálise temporária até que o novo rim comece a funcionar corretamente;

  • O DGF é mais comum em rins de doadores falecidos em comparação com rins de doadores vivos. A hemodiálise ajuda a filtrar as toxinas do sangue até que o novo rim assuma plenamente suas funções.

2. Complicações cirúrgicas ou pós-operatórias:

  • Complicações, como rejeição aguda do enxerto, infecções ou problemas com a circulação sanguínea para o novo rim, podem comprometer a função renal. Nestes casos, a hemodiálise pode ser necessária para manter a função renal do paciente enquanto os médicos tratam essas complicações.

3. Rejeição do enxerto:

  • A rejeição do enxerto após a cirurgia de transplante de rim é uma resposta imunológica do corpo contra o novo órgão. Mesmo com imunossupressores, que são medicamentos que ajudam a prevenir a rejeição, alguns pacientes podem experimentar rejeição aguda ou crônica. Se a rejeição não puder ser controlada a tempo, a hemodiálise pode ser necessária novamente.

4. Necessidade de tempo para adaptação:

  • Após a cirurgia transplante de rim, o novo órgão pode precisar de algum tempo para adaptar-se e funcionar de maneira ideal. Durante essa fase de ajuste, hemodiálise pode ser um suporte temporário.

Então, a hemodiálise pós-transplante pode ser uma medida temporária que, quando necessária, é crucial para o suporte do paciente até que o novo rim comece a funcionar de maneira eficiente. A duração da necessidade do procedimento varia de paciente para paciente, dependendo de diversos fatores, como a saúde geral, a qualidade do novo órgão e a resposta do corpo ao transplante.

Caso Faustão: entenda como funciona a rejeição de órgãos transplantados

Recuperação e cuidados pós-transplante

cirurgia de transplante de rim
Transplante de rim oferece uma nova chance para pacientes com insuficiência renal crônica - Foto:
Freepik/ibrandify

Para que a recuperação após uma cirurgia de transplante de rim seja bem-sucedida, é fundamental seguir uma série de cuidados e orientações médicas. Primeiramente, a adesão rigorosa ao regime de medicamentos imunossupressores é essencial para evitar a rejeição do novo órgão. Esses medicamentos ajudam a suprimir o sistema imunológico, impedindo que ele ataque o rim transplantado como se fosse um corpo estranho.

Além disso, o monitoramento médico regular desempenha um papel vital na recuperação. Consultas frequentes com o nefrologista permitem que a função renal seja avaliada continuamente por meio de exames de sangue e outros testes. Isso ajuda a detectar qualquer sinal precoce de rejeição ou outras complicações, permitindo intervenções rápidas e eficazes. 

Somado a isso, o paciente deve se hidratar adequadamente, ter uma dieta balanceada, fazer atividade física moderada, ter cuidados com a incisão e gerenciar o estresse. Seguir essas orientações corretamente e manter uma comunicação aberta com a equipe médica são passos fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar a longo prazo.

Assim, a maioria dos pacientes pode esperar uma recuperação bem-sucedida e a eliminação da necessidade de hemodiálise a longo prazo. No entanto, o procedimento pode ser necessário em algumas situações após uma cirurgia de transplante de rim, mas geralmente é uma medida temporária até que o novo órgão funcione adequadamente.

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