Confira sinais do corpo para alertar sobre o burnout causado pelo trabalho
Da redação Publicado em 28/10/2023, às 08h00
Você já ouviu falar de burnout? Segundo o Ministério da Saúde, esta condição acontece quando o profissional se depara com situações no trabalho em que a pessoa possa achar, por algum motivo, que não tem capacidades suficientes para os cumprir. Essa síndrome pode resultar em outras doenças mais graves e, por isso, é essencial entender e se cuidar logo no surgimento dos primeiros sintomas.
Pensando isso, a médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, falou à AnaMaria Digital dos sinais que o corpo pode dar quando a mente está à beira de uma grande exaustão e pode chegar ao burnout no trabalho. Saiba deles a seguir!
Acontece quando a pessoa se sente, quase 100% do tempo, cansada - mesmo que nos horários em que não esteja trabalhando.
Mesmo nas tarefas mais simples de serem executadas, que até então eram feitas de maneira tranquila, a concentração não aparece e a pessoa sente que não consegue manter o foco.
Aquela sensação de que não vai conseguir cumprir as tarefas e prazos e se atrapalha na hora de compreender suas prioridades.
Quando até no lazer, naquelas coisas que a pessoa mais gostava de fazer, não oferecem mais prazer. A vontade se limita apenas a dormir ou a não fazer absolutamente nada.
O excesso de sono ou a insônia são também sinais de exaustão e burnout do trabalho. Pessoas que não dorme mais a mesma quantidade precisam prestar atenção nas noites de sono, que podem não ser mais reparadoras.
Irritação com colegas de trabalho, com chefe, em casa e até com amigos são sinais de que a exaustão mental passou dos limites do trabalho e está afetando a vida pessoal.
Quando a cabeça não para, o corpo emite sinais. Alguns dos mais prováveis são dores físicas na região da coluna cervical como ombros, pescoço ou costas como um todo.
Aquelas dores de cabeça diárias, que antes poderiam ser apenas no final de um dia exaustivo, aparecem desde a hora que acorda, por exemplo, e ainda são frequentes.
É quando mesmo em locais que antes traziam paz, a pessoa ainda continua agitada pela inércia de tanto trabalhar e sente que precisaria estar fazendo algo naquele momento e não relaxa.
Para entender os limites entre o cansaço comum e o burnout, Dra. Jéssica dá um exemplo bem prático. “Quando mesmo depois de uma final de semana de descanso, o trabalhador continua se sentindo cansado e não revigora as energias, é sinal que o burnout pode estar batendo à porta. Nestes casos, é preciso se ausentar das tarefas por determinado período e buscar ajuda profissional para tratar da maneira adequada, já que o burnout pode se estender para depressão, crises de ansiedade e síndrome do pânico”, finaliza a especialista.
